Se deixaste de
ser minha, minha dor, não deixei de ser quem era, e tudo é novo, por morrer uma
andorinha, sem amor, não acaba a primavera, diz o povo. Como vês não estou
mudado, felizmente, e nem sequer descontente, ou derrotado, conservo o mesmo
presente, do passado, e guardo o mesmo passado, bem presente.
Eu já estava
habituado, a este fado, e a que não fosses sincera, em teu amor, por isso eu
não fico à espera, dos amores, de uma ilusão que eu não tinha, e nem renovo, se
deixaste de ser minha, minha dor, não deixei de ser quem era, e tudo é novo.
Vivo a vida como
dantes, (por aí...) a cantar, não tenho menos nem mais do que já tinha, e os dias passam
iguais, para não voltar, aos dias que vão distantes, de seres minha.
Horas, minutos,
instantes, desta vida, seguem a ordem austera, com rigor, ninguém se agarre à
quimera, sem valor, do que o destino encaminha, e não é novo, pois por morrer
uma andorinha, sem amor, não acaba a primavera, diz o povo....
1 comentário:
Ouvia Carlos do Carmo em casa dos meus pais, era o fadista de eleição do meu pai. Ainda hoje sei partes de algumas músicas.
Um abraço
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