terça-feira, 10 de outubro de 2023

Com papas e bolos se enganam os tolos!

 

Hoje estive a ver a apresentação do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024 pelo nosso Fernando (fofinho) Medina.

As mentiras foram muitas, certamente nos próximos dias iremos ouvir falar delas, isto é: a farsa continua. Mas situemo-nos apenas numa por me parecer demasiado importante e com a qual somos continuamente bombardeados e, claro, aldrabados.

À pergunta de um senhor jornalista sobre “como é que com tanta redução de impostos a Carga Fiscal continuava a aumentar” todos os anos, inclusive em 2024, o senhor ministro Fernando fofinho, saiu-se com esta pérola que, suponho, faria chumbar qualquer aluno do 1º ano de economia.

Respondeu então o nosso Fernando, que tal se devia ao facto de, hoje, haver mais cerca de 1 milhão de pessoas a trabalhar do que em 2016 quando o “ganda” Costa tomou posse dos governos deste pobre país e, deste país cada vez mais pobre.

Dou de barato a mentira de gaiato de 10 anos, como se a Carga Fiscal tivesse apenas contribuições dos rendimentos do trabalho (IRS e Contribuições para a Segurança Social), esquecendo o IVA (imposto que mais contribui para a Carga Fiscal) e a outra catrefada de impostos indiretos. Por isso resolvi ir um pouco mais longe e desmascarar estes vendedores da “banha da cobra” de pacotilha.

Vejamos então, com números concretos de 2022, as últimas contas disponíveis (as de 2023 não serão muito diferentes e talvez mais favoráveis à minha tese):

No Quadro em baixo fica bem claro, em termos percentuais, qual o imposto que mais contribuiu para o aumento da Carga Fiscal. Claro que foi o IVA, que em 2016 representava apenas 23% do total das receitas, e em 2022 representava 25%. Quanto aos tais rendimentos do trabalho IRS e SS, eles mantêm-se praticamente na mesma: 18,5% e 32% respectivamente, do total da Carga Fiscal.

A pergunta que fica ao senhor ministro “fofinho”, que tanto gosta de comparações relativas (como sempre faz com a dívida pública), é que: se temos mais 1 milhão de pessoas a trabalhar porque é que o IRS e as Contribuições para a Segurança Social mantêm as mesmas percentagens?

Fica claro que não é à conta destas rubricas que a carga fiscal sobe, mas sim dos impostos indiretos. Mas a malta gosta.

Este “artista” dá uma bolota (IRS) e, a seguir, vem buscar um porco gordo (IVA)!