quarta-feira, 13 de março de 2024

Pois é, e durante os últimos 8 anos?

Vem agora Costa, Medina e Santos Silva, pressionar o PSD para "acordos de regime" nalgumas áreas da governação.
Curioso não é!



Esta estratégia só tem um objetivo, embalar a maralha para manutenção no aparelho de Estado dos “boys” socialista que tudo ocuparam nos últimos 8 anos. Nunca a metáfora do José Afonso se aplicou com tanta propriedade:
“eles comeram tudo e não deixaram nada...” e, agora, ai que temos os tachos em risco, vamos lá a ver se amenizamos isto!
Espero, sinceramente, que o novo governo “dessocialize”, de uma vez por todas, o aparelho de estado, que está que é uma vergonha, ocupado por gente, que a única competência que se lhes conhece, é terem “cartão” do PS, ou serem amigos de quem o tem. Espero, também, que resistam à tentação de uma substituição, pura e simples, por “boys” da sua área política.
Se forem capaz de o fazer num horizonte próximo, só por isso, já terá valido a mudança.

quinta-feira, 7 de março de 2024

Um dia “bonito” com chuva ...

Impreterivelmente, como quase todos os dias, levantei-me pelas 5 horas e 45 minutos para a minha caminhada diária. Assim que pus os pés no chão, e depois de fazer os meus poucos exercícios de mobilização das articulações e esticar dos músculos, como um gato ou qualquer ou outro felino quando se levanta, ouvi que chovia como o caraças. Pensei, ainda bem, desde que não haja vento. Um pequeno impermeável e o guarda chuva, e venha ela, que cá em baixo é que faz falta, como diz o povo, ao que eu acrescento aquela máxima da tropa “chuva civil não molha militares”, e eu, embora já sem farda, ainda não me esqueci desses tempos.

Pouco passava das 6 horas, cai uma mensagem no telemóvel: “Hoje não vou”! Era o meu amigo Artur, companheiro de lide há 4 meses consecutivos quase sem falhas, e que, neste inverno chuvoso, atrevo-me a dizer um dos mais abundantes dos últimos 20 anos,  aparece sempre, pontualmente ás 6h e 30m, sem guarda chuva e em calções, indiferente à quantidade da dita ou ao frio que também tem estado. Mau, pensei que passará? Será que afinal andava a enganar-me e não é tão valente, às intempéries, como eu pensava! Respondi com um “Ok”, e espero que seja isso, que não seja nada pior, porque isso tem remédio.

Pouco depois, já equipado, metia os pés ao caminho, com a tal chuva certinha, bem caída e, tal como eu desejara, sem vento. O plano era o circuito rural do costume, mas não sei bem porquê, indo sozinho, resolvi variar e meter por um circuitos urbano, pelas ruas da cidade branca do alto Alentejo, cercada de oliveiras e sobreiros..., se a intensidade da tal bendita chuva aumentasse, sempre podia abrigar-me debaixo de uma qualquer varanda, e ver a cidade acordar.

Descia a denominada rua do comércio e, reparei que caminhando à minha frente com 50 metros de dianteira, seguia uma “figura” inconfundível que, rapidamente, identifiquei como sendo o meu colega de profissão e amigo Zé Rui. Caminhava com o seu estilo bamboleante inconfundível de mochila às costas, capuz na cabeça do seu “kispo” e guarda chuva fechado, pendurado no braço, apesar de chover com intensidade.

Aumentei um pouco a minha passada e, rapidamente, o alcancei. Cumprimentámo-nos com alguma “distância”, que o Zé Rui não é de grandes efusividades, e eu também não, e lá fomos durante algum espaço e tempo, conversando sobre coisas nossas, até que cada um seguisse no seu azimute.

Desde o tempo de estudantes de enfermagem que conheço o Zé Rui, embora a convivência dos últimos 40 anos não seja muito efetiva, embora procure seguir, à distância, o seu percurso de vida. O Zé é uma daquelas pessoas de quem é impossível não gostar, desde que respeitemos a sua diferença, e eu sempre o tentei. Talvez, por isso, me considere seu amigo, muito para lá daquilo que talvez eu mereça.

 Do nosso encontro de hoje vou reter as suas palavras simples, mas penso que honestas, da nossa despedida e que certamente não irei esquecer tão depressa:

“Bugalhão obrigado por estes 5 minutos, acredita que já ganhei o dia!”

Não lhe respondi, mas o Zé sabe o que eu penso, mesmo num dia de chuva...

 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Eu quero morrer no meu cantinho – Se possível, velhinho, independente e junto daqueles que gostam de mim!

Um dos maiores problemas das “urgências hospitalares” e que urge resolver com urgência

Há dias, quando da visita do ministro da saúde ao concelho de Marvão, o presidente da Câmara, assumindo que tinha algumas dificuldades em perceber/dominar as dinâmicas dos serviços de saúde, pediu-me ajuda sobre algumas ideias/sugestões a apresentar ao ministro, com vista a melhorar os cuidados de saúde aos habitantes do concelho.

Dividi esse apoio em 2 Capítulos :

1 – Um pequeno diagnóstico de situação;

2 – Algumas ideias/sugestões que elenquei para a melhoria da prestação de cuidados, nomeadamente: o que deveriam ser as responsabilidades dos serviços de saúde e que contributos poderia dar município.

Uma das ideias que sugeri, que parece que agradou ao senhor ministro, verbalizando até, que era apenas a segunda vez que lhe falavam disso, diz respeito à forma como se vive a fase terminal da vida, morre e onde se morre em Portugal.

A minha sugestão foi a seguinte:

“Criação de um projeto piloto de prestação de cuidados de saúde com as IPSS do concelho (sobretudo cuidados médicos), para diminuir ou evitar o recurso constante destes utentes aos serviços de urgência hospitalar, em situações clinicas que a maioria poderia ser resolvida no local com um pouco de bom senso, e, consequentemente, minimizar a situação degradante do acumular de pessoas em macas nos corredores hospitalares, a maioria em fase terminal de vida, ou mesmo para aí morrerem, quando se houvesse um profissional médico que assistisse estas situações, em articulação com as famílias, iria permitir alguma humanização na fase terminal da vida e da morte, com benefícios para todas as partes e diminuição de custos para todos.”

Quem já entrou numa urgência hospitalar, mesmo que seja por breves instantes, não pode ficar indiferente à quantidade macas nos corredores hospitalares, ocupadas por estas pessoas com idades superiores a 85 e 90 anos,  a maioria das quais, pouco ou nada se pode fazer em termos de cuidados de saúde hospitalares, que ali permanecem e, morrem, em condições desumanas, degradantes, longe dos seus familiares e do seu leito de abrigo (seja ele em casa ou na instituição residencial),  sujeitas a um encarniçamento de cuidados médicos de exames complementares inúteis que nada resolvem, tubos evasivos em todas as cavidades do corpo, que ocupam os profissionais de saúde da urgência  que deveriam ter o foco do seu trabalho no que, de facto, é urgente e não na prestação de cuidados paliativos para os quais não estão vocacionados, nem devem estar, porque não é essa a sua função no sistema de saúde.

Foi por isso, com agrado, sinal que há mais gente preocupada com este problema, que assisti ontem na RTP, à divulgação de um estudo sobre a esta temática – Onde se morre em Portugal, e a sua divergência com um conjunto de outros 32 países, como podem verificar no Gráfico em baixo:

Gráfico 1 – Onde se morre em Portugal (2012 – 2021)

         Fonte: Projeto EOL in Place

Como se pode verificar no Gráfico, em 10 anos, a divergência de Portugal em face desses países, passou de menos de 3%, (2010/2011), para 9% em 2020/2021). Com tendência para aumentar, se nada for feito e face às últimas estratégias medicocentristas e hospitalocentricas do SNS, e abandono dos cuidados de saúde primários (invadidos por profissionais de formação hospitalar, que nada percebem de cuidados primários de saúde), e cuidados paliativos.

Num breve exercício teórico e tendo em conta que em 2023, em Portugal, se registaram um total de 118 864 óbitos, inferindo que as percentagens se mantêm, quer dizer que apenas 27 576 óbitos se registaram nos domicílios; enquanto 91 288 óbitos ocorreram, certamente, nos hospitais.

Se estivéssemos ao nível das percentagens dos 32 países referidos no estudo, possivelmente, apenas 80 590 óbitos teriam ocorrido nos hospitais; o que daria uma diferença de cerca de 10 600 pessoas que morreriam no seu cantinho, possivelmente junto daqueles que lhes são mais queridos e que melhor os podem ajudar nessas horas difíceis. E quanto se pouparia em cuidados de saúde hospitalares que poderiam e deveriam ser dirigidos para outras áreas?

Este problema urge ser encarado pelo próximo governo. Os portugueses agradecem e deveriam exigir...


quarta-feira, 15 de novembro de 2023

39 anos depois

No passado dia 11 de Novembro, juntaram-se para um almoço de convívio, o grupo de Enfermeiros do Curso 1982/84, da então Escola de Enfermagem de Portalegre. O almoço realizou-se em Alpalhão no Restaurante a Regata.

Estiveram presentes 13 dos 24 alunos/enfermeiros que terminaram o Curso nesse longínquo ano de 1984. Para memória futura:

- Carlos Maia (Instituto Politécnico de C. Branco);

- Fátima Cardoso (Hospital de Abrantes);

- Fernanda Duarte (Aposentada);

- Filomena Garcêz (Hospital Pulido Valente);

- Hermínia Silvestre (Hospital de Abrantes);

- Graça Temudo (Hospital de Santa Maria)

- João Bugalhão (Aposentado);

- José Dimas ( Hospital de Portalegre);

- Manuela Gomes (Hospital de C. Branco);

- Manuela Pereira (Hospital de V. F. de Xira);

- Margarida Velez (Hospital de Portalegre);

- Silvina Azeitona (Hospital de Portalegre);

- Susana Tavares (Ministério da Saúde). 

A maior satisfação deste convívio foi ver pessoas que conviveram/viveram durante 3 anos, alguns em comunhão de casa e mesa, em que alguns, nunca mais se tinham visto. Em sentido oposto foi verificar como mudámos e, o que 4 décadas, fazem às pessoas, para o bem e o menos bem. Felizmente ainda estamos todos vivos.

Ficou desde já decidido que no próximo ano nos voltaremos a encontrar para comemorarmos  4 décadas de exercício da nossa profissão. Para organizar esse convívio, foram nomeados (à força e sem direito a reclamação), os colegas Manuela Gomes e Carlos Maia.

O único senão/lamento do evento foi a falta de 11 colegas, a maioria sedeados no distrito de Portalegre. Faço votos para que, para o ano, possamos estar a totalidade ou, pelo menos, a grande maioria. As oportunidades de estarmos todos, não serão muitas mais no futuro, pois a lei da vida não perdoa.

Obrigado a todos os que estiveram presentes e, um incentivo aos que não puderam estar este ano.

Por fim, um OBRIGADO muito grande a toda equipa do Restaurante a Regata, na pessoa do João Junceiro, pela forma 5* como nos trataram.   


A reportagem em imagens possível:


À direita: Hermínia, Fátima, Filomena Garcêz e Manuela Pereira



Da esquerda para a direita: João Bugalhão, Graça Temudo, Susana Tavares, Silvina, Magui e marido da Manuela Pereira.



Da esquerda para a direita: Fátima, Hermínia e Fernanda Duarte



Da esquerda para a direita: Manuela Gomes, Carlos Maia, marido da Fernanda Duarte e José Dimas (a espreitar o telemóvel)


Os próximos organizadores em 2024


Carlos Maia e Manuela Gomes

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Paradoxos da vida política marvanense


Hoje, por proposta do Partido Socialista, foi aprovado em reunião de câmara, por maioria (!), a isenção de IMI (imposto municipal sobre imóveis) para os imóveis (salvo a redundância) dentro da vila de Marvão.

Constatei que o vereador do Partido Socialista, Jorge Rosado, saiu da sala e não participou na discussão nem na votação! Pergunta óbvia e inocente: Porque terá sido?

Nota: Já agora, os restantes marvanenses nada têm a dizer? Não são os proprietários da vila os que mais beneficiam da valorização desse mesmos imóveis no concelho e benefícios do turismo? Não seria muito mais razoável baixar para todo o concelho 1 ponto ou 0,5 da atual Taxa de IMI para todo o concelho?

É que a vida custa a todos...



terça-feira, 10 de outubro de 2023

Com papas e bolos se enganam os tolos!

 

Hoje estive a ver a apresentação do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024 pelo nosso Fernando (fofinho) Medina.

As mentiras foram muitas, certamente nos próximos dias iremos ouvir falar delas, isto é: a farsa continua. Mas situemo-nos apenas numa por me parecer demasiado importante e com a qual somos continuamente bombardeados e, claro, aldrabados.

À pergunta de um senhor jornalista sobre “como é que com tanta redução de impostos a Carga Fiscal continuava a aumentar” todos os anos, inclusive em 2024, o senhor ministro Fernando fofinho, saiu-se com esta pérola que, suponho, faria chumbar qualquer aluno do 1º ano de economia.

Respondeu então o nosso Fernando, que tal se devia ao facto de, hoje, haver mais cerca de 1 milhão de pessoas a trabalhar do que em 2016 quando o “ganda” Costa tomou posse dos governos deste pobre país e, deste país cada vez mais pobre.

Dou de barato a mentira de gaiato de 10 anos, como se a Carga Fiscal tivesse apenas contribuições dos rendimentos do trabalho (IRS e Contribuições para a Segurança Social), esquecendo o IVA (imposto que mais contribui para a Carga Fiscal) e a outra catrefada de impostos indiretos. Por isso resolvi ir um pouco mais longe e desmascarar estes vendedores da “banha da cobra” de pacotilha.

Vejamos então, com números concretos de 2022, as últimas contas disponíveis (as de 2023 não serão muito diferentes e talvez mais favoráveis à minha tese):

No Quadro em baixo fica bem claro, em termos percentuais, qual o imposto que mais contribuiu para o aumento da Carga Fiscal. Claro que foi o IVA, que em 2016 representava apenas 23% do total das receitas, e em 2022 representava 25%. Quanto aos tais rendimentos do trabalho IRS e SS, eles mantêm-se praticamente na mesma: 18,5% e 32% respectivamente, do total da Carga Fiscal.

A pergunta que fica ao senhor ministro “fofinho”, que tanto gosta de comparações relativas (como sempre faz com a dívida pública), é que: se temos mais 1 milhão de pessoas a trabalhar porque é que o IRS e as Contribuições para a Segurança Social mantêm as mesmas percentagens?

Fica claro que não é à conta destas rubricas que a carga fiscal sobe, mas sim dos impostos indiretos. Mas a malta gosta.

Este “artista” dá uma bolota (IRS) e, a seguir, vem buscar um porco gordo (IVA)!



quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Medina ou pede a demissão ou pede o divórcio!...

 

1 - No princípio de 2022, a senhora engenhêra alexandra quinhentos mil reis, incompatibilizou-se com a chefona da tap. Madame medina é, por essa data, a responsável  jurídica dentro da administração da empresa;

2 - No início de Fevereiro de2022, é celebrado um acordo “jurídico” entre a tap e a senhora engenhêra alexandra quinhentos mil reis, para esta abandonar o seu cargo de administradora na empresa (onde é colega de madame medina na dita administração), a troco de uma indemnização de meio milhão de aéreos. É suposto, digo eu, que madame medina soubesse da coisa, senão o que estava lá a fazer?

3 - Em Março de 2022, medina fernando, toma posse como ministro das finanças (o melhor dos 3 de costa, diz sua excelência o prof. marcelo);

4 - Em final de Março desse mesmo ano, madame medina, pede a demissão de administradora jurídica da tap, com prejuízo da sua brilhante carreira, alegando incompatibilidade com o cargo do marido fernando, e para não o prejudicar no seu desempenho de ministro do dinheiro e, até quem sabe, de futuro “primeiro”, a que corresponderá a ela o cargo de primeira dama deste podre reino;

5 – Em 2 de Dezembro deste ano da graça de 2022, a senhora engenhêra alexandra quinhentos mil reis é nomeada secretária de estado (do tesouro que não existe) pelo medina fernando, excelso esposo da tal madame medina;

6 – É pouco crível que, madame medina, não soubesse da situação da engenhêra alexandra quinhentos mil reis, até porque quando as coisas se passaram ela era a responsável jurídica da tap e colega da alex.

7 – Não é crível também, a não ser no mundo dos pacóvios, que madame medina não soubesse que a nomeação, pelo marido, de uma pessoa com tal currículo, não viesse a prejudicar  ou quiçá por até em causa, o cargo do marido ministro e pelo qual, ela, até havia abandonado a sua brilhante carreira de jurista da tap, sem ao menos lhe “soprar”, nem que fosse muito baixinho: Fernando, vê lá com quem andas metido, olha a nossa vida!...

8 – Vem agora, o medina fernando, ministro das finanças falidas (o melhor dos 3 de costa, diz sua excelência o prof. marcelo), dizer que não sabia de nada do passado da engenhêra alexandra quinhentos mil reis e que a culpa é do menino pedro nuno dos popós que nunca lhe disse nada!

Oh medina fernando ou pedes a demissão porque nos estás a enganar, ou pensas que andamos a comer gelados com a testa; ou pede o divórcio imediatamente, porque tens ao teu lado alguém que não anda a cumprir os seus elementares deveres segundo os mais sagrados princípios bíblicos.


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Meio Fórum, metade de Marvão, apenas um olhar socialista e uma oportunidade perdida.

(Uma comunidade acrítica, que só bate palmas e diz que sim; uma comunidade de uma só cor - nem que seja a cor de rosa, que só olha para o seu umbigo, que despreza o contraditório; é uma comunidade que está ou caminha para o declínio ou mesmo para a extinção. Eu não quero participar.)


Realizou-se no passado sábado dia 5/11/2022, aquilo a que a Mesa da Assembleia Municipal de Marvão (AM), denominou de Fórum Marvão. Tal como escrevi aqui antecipadamente, tratou-se de uma organização com uma metodologia duvidosa, pois não envolveu os 2 Grupos Municipais (GM) representados na AM, quer no planeamento quer na sua organização. A Mesa da Assembleia, constituída apenas  por membros do partido socialista, organizou e realizou um evento partidarizado, enviesado à esquerda (veja-se a quase totalidade dos convidados e participantes) e, por isso, quando muito, apenas se dirigiu e abrangeu metade dos marvanenses, os que se reveem nessa área política.

Também, tal como aqui foi divulgado, a não participação do GM Marvão à Frente PSD/CDS-PP, que representa cerca de 50% dos marvanenses, não se deveu a qualquer capricho de somenos importância ou de trica político-partidária; a sua não participação teve a ver com as condutas e métodos pouco democráticos usados pela Mesa da Assembleia (useira e vezeira em quase todas as suas organizações), constituída na sua totalidade por membros do partido socialista, que num ato de prepotência e de abuso do seu poder absoluto maioritário ignorou o outro GM, indo até ao desplante de os apontar de serem pouco dados a esses eventos e, até, de serem "pouco pensadores dos problemas do concelho” (Jaime Miranda na AM de 23/9/2022), chamando-os apenas, no final, para “colorir” uma organização que o partido socialista  monopolizou desde a sua génese.

Com todo o respeito e consideração por aqueles que participaram e não se revejam neste modus operandi, o resultado só poderia ser o que foi: um evento amputado ou mesmo zarolho, enviesado à esquerda, à moda do partido socialista. Isto é, por mais que o PS queira demonstrar o contrário, o que aconteceu foi - Meio Fórum, metade de Marvão, apenas um olhar socialista e, uma oportunidade perdida!

Não sou, no entanto, como alguns poderão pensar, completamente "cego" ou insensível ao acontecimento, nomeadamente, sobre alguns dos temas ali tratados e dos participantes que ali os levaram.

Mas, tão pouco vou dizer, que fiquei embevecido (apenas porque é cool ou fixe à boa maneira socialista) com a participação do Painel de Jovens e que, só por isso, teria valido a pena esta organização. Gostaria também de esclarecer os menos atentos ou ainda jovens que, sobre o meu contributo no trabalho com jovens no concelho, julgo ser insuspeito, já que lhes dediquei dezenas de anos de trabalho voluntário. Mas, como já disse, há uma grande diferença entre aqueles que, apesar de pensarem pouco, executam o que pensam e aqueles que só pensam!

Claro que fiquei agradado com a coragem e alguns conhecimentos dos jovens participantes e de ver que, na roda da vida, alguém nos virá substituir, pois sempre assim foi e assim será, com muita pena daqueles que, como eu, em princípio, estaremos mais próximos de deixar o mundo dos vivos. Mas nada mais do que isso. São jovens e têm sonhos. 

Todavia, esses sonhos carecem de ser concretizados com meios e com muito trabalho. Se nos ficarmos apenas pelo orgulho (como disse o moderador), algumas lágrimas, e por palmadinhas nas costas, daqui a 20 anos estaremos, como hoje, a questionarmo-nos sobre o que foi feito desses sonhos da Margarida, da Leonor, da Mafalda, da Isabel e do Tiago.

No entanto, porque metade do concelho não esteve representada, eu até acho que foram mais, ficaram por dizer muitas coisas, nomeadamente:

- Existe algum concelho do interior de Portugal, governado pelo partido socialista, em que não se verifique despovoamento?

Se os exemplos forem Crato, Nisa ou Gavião (todos governados pelo PS) estamos conversados.

- Como vivem/sobrevivem os idosos em Marvão, que são 35% da população do concelho? Sobretudo os não institucionalizados?

- Quando existem pelo menos 4 concelhos que têm menos habitantes que Marvão, porque é que o concelho é o único do distrito que não tem serviços de atendimento ao fim de semana?

- Porque é que no conjunto das 5 instalações de saúde que existem no concelho, apenas uma é propriedade do ministério da saúde?

- Porque é que o concelho espera há mais de 5 anos pela construção da Extensão de Saúde de SS da Aramenha e que, no princípio, até estava programado para ser um Centro de Saúde?

- Qual é responsabilidade do partido socialista na falta de legislação sobre a construção de muros e vedações no concelho durante 6 anos?

- Porque é que o concelho de Marvão é, há mais de 20 anos, um dos últimos em poder de compra per capita de todos os concelhos a sul do Tejo?

(55% da média nacional em 2002 quando os socialistas ainda governavam em Marvão; e 67% em 2021);

- Porque é que o concelho de Marvão é, há mais de 20 anos, o concelho com mais baixo salário médio dos trabalhadores por conta de outrem de todos os concelhos a sul do Tejo?

(550 euros em 2002 quando os socialistas ainda governavam em Marvão; e 850 euros em 2021);

- Como é que uma população nestas condições, ainda consegue suportar tantos jovens no ensino superior, como são o exemplo dos que ali estiveram? Em que condições vivem os seus pais e avós para que isso seja possível?

Como reconhecerá senhor presidente da AM, se os vossos convidados tinham as respostas, o facto é que poucas perguntas foram feitas, não só à atual governação, mas também ao partido socialista, pois quando terminou a governação da câmara em 2005 a situação já era esta, ou ainda pior!

Quanto ao resto, na minha modesta opinião, que já estou fora do mundo dos sonhos, houve algumas participações que me agradaram pelas ideias e conteúdos e que poderão acrescentar algo para o futuro de Marvão.

Sem querer menosprezar os outros participantes, aconselho os marvanenses, sobretudo aqueles que têm poder de decisão, a verem e ouvirem com muita atenção as palestras do presidente do IPP, Luís Loures; do Padre Marcelino e do presidente da CCDRA, Ceia da Silva. Penso que trouxeram algo de importante à causa e fica aqui o meu reconhecimento enquanto membro de uma Assembleia Municipal que, enquanto Órgão Municipal, não foi tida nem achada neste “meio” Fórum Marvão.

Por fim, gostava de expressar aqui, publicamente (para além de já o ter feito em local próprio), um apelo à Mesa da Assembleia para que, em futuras organizações que envolvam a AM de Marvão, contem com a totalidade dos seus membros, envolvam-nos no planeamento e organização. Senão, por muito que se esforcem, sairemos sempre amputados e com perspectivas enviesadas.

De acordo com o slogan que vos é tão apetecido, “Todos Juntos” talvez possamos fazer melhor.

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Democracia e pluralidade à moda do Partido Socialista de Marvão

(Em nome da transparência, do esclarecimento aos marvanenses, para memória futura e para ficar bem com a minha consciência, achei que deveria fazer esta comunicação, que apenas a mim responsabiliza, nada devendo ser associado à Coligação partidária que integro).


Em 2002, há 20 anos, com a finalidade de promover a candidatura a património mundial, o poder político de Marvão organizou, com pompa e circunstância, um evento a que chamou: Fórum Marvão – Património, turismo e despovoamento/descaracterização dos centros históricos.

Nessa data, governava a câmara municipal de Marvão o partido socialista, sob a presidência de Manuel Bugalho. Não admira por isso que, a quase totalidade das personalidades participantes, fosse ligada a essa área política, como se pode ver aqui. (Procurar em: Livro/Fórum Marvão/Atas)

De acordo com as atas desse evento, destaco: Domingos Bucho, Manuel Bugalho, Ana Paula Amendoeira, Nuno Teotónio Pereira, Catarina Bucho, Catarina Dias e um conjunto de outras personalidades, portuguesas e espanholas, que não me foi possível apurar as suas orientações políticas. Mas, a julgar pelo modus operandi desse partido, tanto no passado como no presente, não me custa a crer que, na sua maioria, por aí navegariam.

Personalidades ligadas à área política social democrata ou democrata cristã é que não consegui encontrar ninguém. Nem de Marvão, nem do resto do mundo!

No entanto, tal facto não pode deixar ninguém admirado, pois como disse o socialista marvanense Jaime Miranda na última assembleia municipal de 23/9, aquando do protesto do GM Marvão à Frente sobre a metodologia usada pela Mesa da Assembleia, na organização do presente Fórum, afirmou, com algum desdém, que: “os socialistas não têm culpa que o PSD não tenha um pensamento para discutir os problemas de Marvão”!

Convirá, no entanto, relembrar aos socialistas, que os partidos que dizem não ter um pensamento sobre os problemas de Marvão são maioritários e governaram Marvão em cerca de 30 dos 45 anos que levamos de poder autárquico deste regime! Possivelmente, os marvanenses, preferem aqueles que fazem o pouco que pensam, àqueles que muito pensam e prometem, mas pouco fazem, como é apanágio dos socialistas a todos os níveis.

A ideia da organização do atual “Fórum Marvão” foi dado a conhecer ao GM Marvão à Frente PSD-CDS/PP, pela primeira vez, em 11 de Janeiro de 2022, numa reunião de representantes dos Grupos Municipais, pelo membro da Mesa da Assembleia Tiago Pereira, referindo “que o Fórum seria uma reflexão sobre o estado e o futuro do concelho”. Se essa era a finalidade, este anúncio teve a anuência imediata do representante do GM Marvão à Frente Fernando Dias, mas, solicitando logo ali, por mais que uma vez, conforme ata dessa reunião, a premissa, que “tal evento não fosse politizado ou partidarizado”.

Desde aí, só em 21 de Setembro de 2022 é que o tema voltou a ser abordado, através de mail do presidente da Mesa da AM, Jorge Marques, dirigido ao membro do GM Marvão à Frente Fernando Dias e que referia:

“Serve o presente para convidar V. Ex.ª a participar como orador nos 20 anos do Fórum Marvão, no dia 5 de novembro de 2022, data em que a Assembleia Municipal promove a 2ª edição do fórum. Enviamos em anexo o programa provisório para que possa verificar os temas e oradores constantes no seu painel.”

Desde Janeiro a Setembro de 2022 nunca foi pedido ao GM Marvão à Frente, qualquer participação ou colaboração. Nem sobre temas, nem palestrantes, nem organização, toda a responsabilidade foi da Mesa da Assembleia que, por acaso, é constituída por 3 membros do partido socialista.

Como se pode ver aqui, no Programa Provisório que nos enviaram, a premissa de não politização e partidarização do evento era altamente duvidosa, já que a quase totalidade dos participantes era da área do partido socialista, como a seguir se descreve:

- Jorge Marques – Eleito local pelo PS em Marvão;

- Ceia da Silva governante regional do PS;

- Ana Paula Amendoeira governante regional do PS;

- Manuel Bugalho ex-presidente da câmara eleito pelo PS;

- Natércia Fernandes eleita local pelo PS em Marvão;

- José Pinto Leite do PS Portalegre;

- Tiago Pereira eleito local do PS em Marvão;

- O Painel de jovens marvanenses convidados para o Painel 3, a maioria deles, ou já fizeram parte das Listas do PS ou, publicamente, defendem essa área política;

Para a área política do Marvão à Frente eram apontados apenas 2 nomes:

- A participação, por inerência, do Presidente de Câmara Luís Vitorino;

- E Fernando Dias, enquanto representante do GM Marvão à Frente.

A este conjunto de participantes, ainda acrescentaram ao Programa, entre outros, os seguintes convidados:

- O Presidente da CIMAA, Hugo Hilário, membro do PS;

- A Presidente da Ass. Nacional de Municípios, Luísa Sagueiro, eleita pelo PS;

- Ministro da Cultura, Adão e Silva, governante central do PS;

Quase se pode concluir que, participantes independentes, só mesmo o Padre Marcelino Marques!

Perante este cenário, prontamente, o GM Marvão à Frente, deu conhecimento à Mesa da Assembleia que, nessas condições de desigualdade e de falta de respeito, não iria participar e iria contestar o uso (abuso) do nome da Assembleia Municipal para a organização desse Fórum, pois não nos revíamos na metodologia organizativa sem a nossa participação, tanto dos temas, como dos participantes quase todos ligados ao partido socialista.

A resposta foi imediata, pela boca do Presidente da Mesa, que verbalizou “que não se faria qualquer alteração e que, quer com a nossa participação ou sem ela, o Fórum se faria”.  Logo ali informámos que, a não haver alteração, não iriamos apadrinhar nem participar numa organização que mais parecia umas “jornadas do PS”, do que uma organização plural de toda a comunidade marvanense, em que se pretendia “fazer uma reflexão sobre o estado e o futuro do concelho”.

Posteriormente, em mais uma ação de prepotência e deselegância política, para tentar “colorir” uma organização acinzentada/rosa, veio a Mesa criar um novo Painel no Programa Final, que não estava previsto no programa provisório e, para o qual, foi convidar duas pessoas fora do concelho da área política do PSD: os presidentes das AM´s de Portalegre e Castelo de Vide, sem lhes dar, ao menos, conhecimento sobre as razões da não participação do GM Marvão à Frente no evento.

Desejo todo o sucesso à organização e fico à espera das conclusões e resultados objetivos obtidos. Mas não lhes chamem FÓRUM MARVÃO, porque ao participarem apenas personalidades ligadas à área política socialista, quando muito, teremos apenas a reflexão sobre o estado e o futuro do concelho na perspetiva  do PS.”

Para amenizar, termino, com um pensamento/poesia do grande poeta socialista Manuel Alegre e que deveria guiar os socialistas de Marvão:

“... mesmo na noite mais escura, em tempos de servidão, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não.”

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Contas à moda do Costa


Todos os cidadãos, pelo menos os de poucas posses, sabem as consequências de não cumprirem a Lei. Vejamos duas infrações de “pouca” montra: Se eu for agarrado pela GNR ou PSP a conduzir com telemóvel na mão, são 120 paus pagos imediatamente e um processo judicial para saber quantos dias vou ficar inibido de conduzir e quantos pontos me tiram na minha licença de condução; se eu me esquecer de liquidar o IRS ao Estado, terei de pagar a quantia com juros e, se o esquecimento perdurar, imediatamente esse mesmo Estado me penhora todos os “bens” que eu tenha.

Mas se for o Governo, a coisa muda de figura. E se não chegar o não cumprimento da Lei, nada de problemas, muda-se a Lei. Isto se o Governo for do PS, porque se for PSD a coisa também muda de figura e, no dia seguinte, teremos um milhão de “paus mandados” a protestar nas ruas e o PS, PCP e Bloco se encarregarão de meter isso, pelo menos, no Tribunal Constitucional.

Mas porquê toda esta retórica?

– Aqui há uma dúzia de anos, um Governo PS, aprovou uma Lei que pressupunha um aumento percentual nas Pensões equivalente à inflação em Outubro do ano anterior;

– Em 2022 estima-se que esse valor ronde os 8%. Logo os aumentos das pensões em 2023, cumprindo a Lei, teriam que aumentar nesse valor. Ponto final, ao quadrado.

Vamos então a 2 exemplos de Pensões se o Governo cumprisse a Lei: uma baixa e outra média:

1º – Uma Pensão de 600 euros/mês deveria aumentar em 2023 para 648 euros; ou seja, 9 072 euros anuais;

2º - Uma Pensão de 1 500 euros/mês deveria aumentar em 2023 para 1 620 euros; ou seja, 22 680 euros anuais;

Mas como temos um Governo “fora da lei”, que não cumpre e obriga os cidadãos a cumprir, vejamos o que vai acontecer:

No primeiro caso, para uma pensão de 600 euros, em Outubro de 2022 o Pensionista receberá 300 euros por conta do que teria de receber em 2023. Só que em 2023 o aumento será apenas de 4,4% (e não de 8%) e receberá 626 euros/mês, em vez dos 648 que deveria receber se a Lei fosse cumprida. Anualmente serão 8 764 euros, menos 308 euros do que se a lei fosse cumprida. Como já recebeu 300, fica a perder 8 euros.

No segundo caso, em Outubro de 2022, o Pensionista receberá 750 euros por conta do que teria de receber em 2023. Só que em 2023 o aumento será apenas de 4% e receberá 1 560 euros/mês, em vez dos 1 620 que deveria receber se a Lei fosse cumprida. Anualmente serão 21 840 euros, menos 840 euros do que se a lei fosse cumprida. Como já recebeu 750, fica a perder 90 euros.

Mas o pior estará para suceder em 2024, isto se a Lei se mantiver e o Costa não se lembrar de mandá-la às urtigas, como anda a ameaçar. Estimando que a inflação no final de 2023 possa rondar os 3%.

No 1º caso o Pensionista passará para 645 euros. Mas se as contas não fossem à moda do Costa, deveria ser de 667 euros/mês. Menos 22 paus/mês.

No 2º caso o Pensionista passará para 1 606 euros, quando se as contas não fossem à moda do Costa, deveria ser de 1 669 euros/mês. Menos 63 paus/mês.

Agora façamos um suponhamos, que a média do saque em 2024 será de 40 paus/mês por cada Pensionista, isto dá a módica quantia de 560 paus/ano. Como temos cerca de 3 milhões e 700 mil pensionistas (mais ou menos), é só fazer as contas como dizia o outro socialista: 

- Em 2024  rondará os 2 mil milhões de euros;

- E em 2023, cerca de mil milhões.

E então o Passos Coelho é que era o malandro/ladrão por dizer que era necessário cortar 600 milhões/ano nas pensões, para manter a Segurança Social sustentável...

Mais uma vez é preciso batermos com a cabeça na parede para abrirmos os olhos e tomarmos medidas. Entretanto ficam "os galos".

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Notícias da doença que parou o mundo nos anos 20 do século XXI

  ... e da qual se dizia que iria praticamente exterminar a humanidade, não fossem as brilhantes medidas tomadas em muitos países e, claro, no nosso Portugal.

Foram agora divulgados, pelo Instituto Nacional de Estatística, os dados relativos à mortalidade em Portugal no trágico ano de 2020, ano em que um vírus malvado, denominado por SARVSCOV 2, quase parou o mundo.

E pasme-se, afinal neste país á beira-mar plantado, em cada 100 pessoas que morreram, a 6 foi associado a causa de morte por covid 19. Convém relembrar que, muitos destes casos, nada tiveram a ver com a doença, até a alguns atropelados e suicidas, desde que testassem positivo na morgue, lhe foi imputada a dita causa!


No entanto, e se a matemática e a estatística ainda forem disciplinas exatas, não podemos descurar que, também em cada 100 desses mortos, 94 ainda morreram sem nada ter a ver com a epidemia malvada. Por exemplo:

- 28 em cada 100, morreram de doenças do aparelho circulatório;

- 23 em cada 100 morreram de cancro. E estes a média de idade foi inferior a 74 anos;

-  E 9 em cada 100, morreram de outras doenças respiratórias (sem ser o diabólico covid).

Bem, mas destes, não reza a história, nem tão pouco estão na moda e a comunicação social, que tudo move, está-se, literalmente c*****o. Mas que morreram, morreram e, salvo melhor opinião, ainda continuam mortos.

Poderíamos ainda pensar que a perversa doença andou a ceifar o melhor da nossa população: jovens na flor da idade, daqueles que não podem deixar de frequentar as tais aulas de cidadania do nosso ensino secundário; ou caloiros de 30 anos de idade das nossas universidades! Mas não, vejam lá, a média de idades desses óbitos atribuídos à covid 19 em 2020, foi de quase 82 anos! Pessoas que, certamente, seriam eternas, não fosse a maldita doença roubar-lhes anos e anos de vida de excelsa qualidade que o estado socialista lhes proporciona.

E, não se esqueçam, que estes bons resultados só foram conseguidos pelas brilhantes medidas desse tal estado, tais como: estados de emergia, confinamentos totais de quase 2 meses, fecho das escolas e creches, uso obrigatório de máscara de proteção individual (nem que fosse onde só estava uma pessoa, não vá o diabo tecê-las), um cercear das mais elementares liberdades individuais e coletivas e, com o exemplo, sempre na linha da frente dos nossos governantes e dirigentes, etc. etc.

Se tiverem dúvidas, comparem com as estatísticas dos desgraçados dos suecos, a quem calhou ter a pouca sorte dum governos que se está nas tintas para proteger os nobres cidadãos, deixando-os à vontade e sorte! Morreram como tordos. Bem, não é bem assim, morreram, por enquanto, muito menos do que em Portugal, mas isso não interessa para nada, como diria a grande Tersa Guilherme.

Ficamos assim, à espera, dos dados sobre as avaliações de 2021 e 2022, após a inoculação das tais eficazes “vacinas”, que dizem eles:

"não reduzem a incidência, mas são pujantes na diminuição da mortalidade"!

Os resultados só poderão ser brilhantes, sobretudo se não os compararmos com porra nenhuma.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Como o Partido Socialista ganha eleições em Portugal

 O Partido Socialista na governação em Portugal usa uma tática primária para cativar o eleitorado com bases em duas rubricas de despesas da Administração Pública, que parece ninguém ter a arte de combater:

- Aumenta drasticamente as despesas com pessoal. E assim tem os funcionários públicos na mão e são muitos, comandados e controlados pelos seus “boys e girls”. Foi assim com Sócrates (para já não falar em Guterres), em que as despesas com pessoal aumentaram de 23 mil milhões de euros em 2005, para 24,5 mil milhões em 2011. E tem sido muito mais evidente e grave com Costa, que aumentou essas despesas entre 2016 e 2021, de 21 mil milhões para 25 mil milhões de euros.

- E fazem o mesmo com aumento das despesas com as transferências correntes: Pensões + Apoios Sociais + Autarquias locais, e assim têm mais 3,5 milhões de eleitores na mão. Sócrates entre 2005 e 2011 aumentou essas despesas de 31 mil milhões para 40 mil milhões; e Costa entre 2016 e 2021 elevou essas mesmas despesas de 41 mil milhões para cerca de 51 mil milhões de euros.

No Gráfico e no Quadro que se seguem podemos observar esta realidade.

Gráfico 1 - Evolução das despesas com pessoal e transferências correntes na administração pública em Portugal entre 2005 e 2021 


Quadro 1 - Evolução das despesas com pessoal e transferências correntes na administração pública em Portugal entre 2005 e 2021 

Toda esta evolução de despesas seria perfeitamente aceitável, se o crescimento da economia portuguesa suportasse tal aumento. Quem pode ser contra o aumento de salários, do emprego e dos apoios sociais? Claro que ninguém, só quem não esteja no seu perfeito juízo.

No entanto, tal só seria possível, se a tal economia gerasse receitas para suportar esse aumento brutal das despesas. E o facto é que parece que não suporta. Então como pode o governos socialistas permitir-se a tal situação?

A resposta é muito simples, sobretudo através de duas receitas nocivas:

- O saque de impostos sobre os cidadãos: Quadro 2;

- O aumento da dívida pública: Gráfico 2.

O resultado final será o do costume: Mais uma Banca Rota!

Alguém irá pagar e ter de tomar medidas drásticas. Nesse dia, os socialistas e seus amigos do PCP e Bloco, terão fugido mais uma vez do governo e acusarão quem vier pela crise.

Isto é que "história explica" camarada Costa... 


Quadro 2 - Evolução da cobrança de impostos em Portugal entre 2015 e 2019




Gráfico 2 - Evolução da Dívida Pública em Portugal entre 2005 e 2021



terça-feira, 11 de janeiro de 2022

A herança socialista na economia em Portugal

 A arte socialista de levar um país à falência constantemente

Após 7 anos com saldo positivo da balança de transações correntes, entre 2013 e 2019,  Portugal registou em 2020, novamente um saldo negativo de quase cerca de 2 500 milhões de euros.

Não faltarão aqueles que, rapidamente, se apressarão a culpar a pandemia, mas o que é um facto é que desde 2018 o saldo tem vindo a diminuir e nesses 2 anos não havia pandemia.

Outro facto histórico é que cada vez que esta situação se verifica, o resultado é a insolvência, ou a chamada “banca rota”, a última foi em 2010/2011, como se pode observar no Quadro e Gráfico que em baixo publico.

Curioso é que esta situação começa a ser recorrente, e sempre com Governos socialistas. A última foi com Sócrates e, agora, para lá caminhamos com Costa. 

Depois fogem e só regressam quando as “vacas” engordarem um bocadinho. Esta é a história do socialismo em Portugal!

Dia 30 de Janeiro insista...



Fonte: https://www.pordata.pt/Portugal/Balan%c3%a7a+corrente-2816


A balança corrente regista as exportações e as importações de:

- Bens e de serviços (balança comercial);

- Os rendimentos de quem trabalha ou investe (rendimentos primários);

 - E as transferências correntes como remessas de emigrantes (rendimentos secundários) que o país recebe e paga ao resto do mundo.

O saldo da balança corrente mostra se o país está a conseguir reduzir o endividamento face ao exterior (saldo positivo ou excedente corrente) ou se está a agravar o endividamento externo (saldo negativo ou défice corrente).

domingo, 9 de janeiro de 2022

Imunidade natural e mortalidade associada à covid 19

Os “covideiros-mor”, que acusam todos aqueles que questionem o status quo instituído de “negacionistas”, recusam-se a discutir qualquer outra visão que não seja a sua, sendo eles a portarem-se como verdadeiros negacionistas.

Em minha opinião, tal como defendi no Postal anterior, é abusivo defender que a atual baixa na mortalidade e internamentos associados à covid, se deverá, quase e só, exclusivamente à vacinação.

Se assim fosse, como se explica que populações de países vizinhos com taxas de vacinação semelhantes, como por exemplo Portugal e Espanha, ou Alemanha e Suécia, tivessem, nos últimos 2 meses, mortalidades tão diferentes?

Por outro lado, como poderemos falar de imunidade e dos efeitos positivos conferidos pelas “vacinas”, e ignorar o efeito da chamada “imunidade natural” conferida pela doença, nessa mesma população?

Em Portugal, se é verdade que em 31 de Outubro de 2021, 86% da população tinhas 2 doses da vacina; também é verdade que, nessa mesma data, 11% (1 200 000 pessoas) da população seria portadora da chamada “imunidade natural”, quando nessa data em 2020 não chegavam a 2% (150 000 pessoas).

Será que mais de 1 milhão de pessoas imunizadas por essa via não influenciam a mortalidade atual e respetivos internamentos?

A minha resposta é claramente que sim. E essa correlação está bem evidente no Quadro 1 que publico em baixo. Assim, é claramente visível que nos últimos 2 meses, neste conjunto de países da Europa Ocidental mais Israel, aqueles que têm maior taxa de população com “imunidade natural”, são aqueles que têm menor mortalidade. 

Quadro 1 – Nº de mortes associadas à covid 19, nos últimos 2 meses, em diversos países da Europa ocidental e Israel, face às taxas de pessoas portadoras de imunidade natural.



Como vimos no Postal que publiquei anteriormente, o mesmos não se pode dizer à imunidade conferida pela vacinação, como se pode ver no Quadro 2, para o mesmo conjunto de países.

  

     Quadro 1 – Nº de mortes associadas à covid 19, nos últimos 2 meses, em diversos países da Europa        ocidental e Israel, face às taxas de pessoas portadoras de imunidade natural.