A zero, a zero,
a zero, vai o jogo começar, já se sente o desespero, precisamos de empatar!
Azeda, azeda, azeda, a derrota é de amargar. “Zero a zero” é labareda, não
perdemos sem ganhar!
A zero a zero, grão a grão, de nada em nada, vais
erguendo a barricada que há um zero a defender: E são ferrolhos, tira-olhos,
tira-teimas, correrias, saltos queimas, quem mas dera perceber. Há zero ao meio,
zero ao lado, acima abaixo, jogo branco o berbicacho, zig-zag e volta atrás. Há
um vazio revirando, regelando, passa tempo, jogo brando, vezes zero, tanto faz.
Há zero a zero,
há cem a cem, com zero a zero, vai tudo bem!
Depois, depois,
depois, vai dar muito que falar, nulidades ou heróis, todos têm que zelar. A Zero,
a zero, a zero, há-de o jogo terminar, p´ra dizer sem exagero: - Foi a zero,
não há azar!
A zero a zero vou partindo, do ponto zero, já
não espero e acelero, quem se queda também cai. A zero à hora vou de roda e,
recupero, quero dar a volta ao zero, para ver aonde vai. Com dois acordes faço
a zero apologias, muitos zeros é mania, zero a zero é pequenez. Duas batatas
são as lógicas baratas dos empates, dos empatas. Empatamos outra vez (tinha piada)!
1 comentário:
Prefiro comentar o Paião, um génio a brincar com as palavras para construir uma estória. Infelizmente abalou cedo demais.
Mas gosto dos seus comentários.
Enviar um comentário