sexta-feira, 12 de março de 2021

As intermitências da morte...

“E no dia seguinte ninguém morreu!”.

Com esta frase mítica começa o livro de José Saramago, com o título deste pobre artigo. Não, a dita ainda não suspendeu as suas actividades, mas que as diminuiu, diminuiu. Quem sabe esteja de férias, ou pelo menos de fim de semana prolongado ou, quem sabe, se tenha “enrolado” com um qualquer artista, como disse o mestre, que por aí tenha encontrado.

Depois de 3 meses a matar que nenhuma magana (Dezembro, Janeiro e Fevereiro), atingindo  valores nunca vistos, esteve a matar mais de 700 portugueses por dia durante uma semana (de 19 a 27 de Janeiro de 2021), quando a média diária andaria pelos 300, eis que parece que voltámos ao normal, talvez por cansaço, ou algumas ampolas nas mãos, da gaja da gadanha.

Como podemos ver no Gráfico que apresento em baixo, desde meados de Fevereiro que o nº de óbitos totais verificados em Portugal, entraram nos carris. Chegando até, na última semana a ficar abaixo dos 300 óbitos/dia. Isto é, menos de metade do que andou a acontecer nos 3 fatídicos meses.

Dirão alguns, foi a covid. Eu respondo: sim, contribuiu, mas o excesso de mortalidade por outras causas foi muito superior, como um dia havemos de falar.

Por agora fiquemo-nos por esta intermitência, e que a gadanha lhe seja pesada...



 Fonte: https://evm.min-saude.pt/#shiny-tab-a_total

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