Gosto de
Fernando Santos, mas não acredito em milagres. Foi um dos meus mestres na arte de tentar ser treinador
de futebol distrital, tendo por isso, na perspectiva de melhorar e actualizar
os meus conhecimentos, acompanhado, “in vivo” e quase na íntegra, os Estágios
que realizou com o Estrela da Amadora em Castelo de Vide no início da década de
90.
Não me
parecendo na altura a fina flor da arte, sobretudo no que tocava às metodologias
do treino, parecia ser um modelo mais à antiga quase tipo escola militar. O que mais recordo dessa observação era o seu pragmatismo de simplicidade de
métodos e o seu cunho disciplinador, tão
ao meu gosto, de homem de barba rija, e que não brincava em serviço.
Relembro aqui,
hoje, um episódio com o então rebelde guarda redes Paulo Santos (um tal que na
Escócia, num jogo da selecção de “sub 17 ou 19”, numa final de campeonato da
Europa, despiu os calções e mostrou o cu aos escoceses que o apupavam), e que
viria a brilhar mais tarde, sobretudo no Braga. Quando da sua apresentação num
desses estágios no Estrela da Amadora, vindo dispensado do Benfica,
possivelmente contrariado, chegou a Castelo de Vide, com mania de vedeta e
engraçadinho.
Iniciado o
treino técnico-táctico (como agora se diz), na altura treino de conjunto, logo
que lhe passaram a primeira bola, imediatamente o dito, a pontapeou para a
estrada nacional adjacente, o que levou Fernando Santos a corrigi-lo, dizendo:
- Paulo não quero isso, quero a bola a sair a jogar cá de trás. Mas o zagalo
Paulo assobiou para o lado. Pouco depois passaram-lhe outra bola e, o Paulo,
dessa vez fez diferente, mas utilizando a mesma atitude espetou com ela no
cemitério que ficava no lado oposto à estrada.
Essa atitude fez
o bom do Santos (Fernando) ficar possesso como o Santos “diabo”, e dirigindo-se
ao seu homónimo Paulo, pegou-o pelo sítio onde se usam os colarinhos,
dizendo-lhe: - Amigo, aqui, fazes o que eu digo, e se voltas a fazer outra
dessas, levas 2 murros nos c*****, e vais recambiado para onde vieste.
Foi assim, mais
ou menos, pois eu estava a cerca 50 metros! Foi a partir daí que, o Paulo, se
tornou um razoável ou mesmo bom guarda redes em Portugal, e, admitindo até que
nunca tenha chegado a “santo”, espero que pelo menos, tenha passado a ser um
homenzinho e deixar-se de andar a mostrar o cu. É que às vezes...
Depois, Fernando
Santos, seguiu a sua carreira de treinador. Sporting, Benfica, Porto e Grécia.
Em minha opinião, os resultados obtidos, nem sequer foram muito famosos.
Campeão duas vezes no Porto? Mas isso até eu, que não passei de um mero
admirador do Fernando! Ah, na Grécia levou a selecção aos oitavos de final do
mundial? Sim, mas ainda há 10 anos, um qualquer alemão os tinha levado a
campeões da Europa. E por azar com uma vitória sobre Portugal.
Agora Fernando
Santos chega como um mago a Seleccionar Nacional. Total unanimidade dos
analistas e comentadores da praça, nem uma voz discordante, uma crítica (até o
Manuel José e o Rui Santos concordam). Pudera, ainda não disputou nenhum jogo!
Ou também conhecerão o episódio com o guarda redes mostra cus?
É que o homem
pode ser “Santo ou Santos” de nome, mas duvido que faça milagres! A mim estas
unanimidades antes das provas, dos jogos, ou dos campeonatos, fazem-me
comichão. E agora, os cus a domesticar são, pelo menos, mais "sensíveis"
e "poderosos": Ronaldo, Nani, Dani, Quaresma, R. Carvalho, Pepe,
Moutinho; Jorge Mendes...
Esperemos a
próxima bola, que é como quem diz, o próximo jogo.
Nota da actualidade: E passados
que são 7 anos sobre esta crónica, o Santos, ainda lá continua. E já foi
campeão da Europa!
- Na semana que terminou a 28 de
Março, como podemos observar no Quadro e Gráfico em baixo, registaram-se em
Portugal 2 877 novos testes positivos à covid 19; menos 396 do que há uma
semana. Desde o dia 25 de Janeiro que os valores vêm decrescendo, isto é, em 8
semanas consecutivas.
- Nos últimos 14 dias registaram-se
em Portugal 60 casos/100 000 habitantes; menos 13 casos do que há uma semana;
- A média da última semana foi de
411 casos/dia; praticamente, menos 57 casos/dia que na semana anterior.
- Os internamentos hospitalares
são ao dia 28 de Março 633; menos 132 internamentos do que há uma semana.
- Os internamentos em cuidados
intensivos são ao dia 28 de Março 142; menos 28 do que há uma semana. Convém
relembrar que, no inicio de Fevereiro, tivemos máximos de 900 doentes em UCI;
- Durante a última semana
registou-se um total de 69 óbitos associados à covid, menos 15 que na semana
anterior.
- Esta semana acrescento um novo
indicador: A Taxa de Positividade,
que mede a percentagem de testes positivos encontrados, em cada 100 testes
realizados. Na semana que agora termina, essa Taxa, foi de 0,9%; que quer dizer
que em cada 100 testes realizados, não chegou a 1 os testes positivos
encontrados. Na semana anterior essa Taxa tinha sido de 1,4%.
No Quadro que se se segue
apresento a evolução destes Indicadores desde o início do mês de Março 2021.
Do conjunto de indicadores selecionados
verificou-se uma diminuição em todos eles. Em minha opinião é de realçar o nº
de casos por 100 000 habitantes nos últimos 14 dias, que se cifrou em mínimos dos últimos 6 meses, não indo além
dos 60.
É de realçar
ainda, a baixa taxa de positividade observada, que já não chega a 1 caso por
cada 100 testes realizados; isto é, para encontrar um teste
positivo (e muitos deles são falsos) os contribuintes têm de pagar 10 000 euros,
já que cada teste PCR custa cerca de 100 euros. Por dia, Portugal, anda a
realizar cerca de 30 mil testes, o que
quer dizer que andamos a abrasar cerca de 3 milhões de euros em testes por dia.
E a estratégia é avançar para o aumento de testagem, a denominada “testagem
massiva”, constantemente anunciada. Eu sou a favor de uma estratégia de
testagem orientada.
Outra das
conclusões a tirar é que, apesar de já terem passado 2 semanas do início do
desconfinamento, isso não teve qualquer impacto, até à data, no achatamento da
curva epidemiológica, já que esta continuou a descer, como se pode ver no
Gráfico em baixo. O que quer dizer, que há mais de 1 mês que essas medidas
deveriam ter sido tomadas, e até mesmo alargadas, com abertura total das
escolas e do pequeno comércio para proporcionar o desenvolvimento económico do
país. Até já a conservadora e duvidosa OMS tem dúvidas, como tem sido noticiado,
sobre o impacto das medidas de confinamento no desenvolvimento da pandemia.
Muitos da minha população de amigos facebuquianos (ah,
pois, que eu sigo as regras do conselho, ou será conselha, económico e social,
vulgo ces), estão-me a desaparecer do gozo diário de quando os leio. Tempos
depois, aparecem, a dizer que estiveram ausentes por castigo de quem manda
naquela espelunca. Indigna-me e revolta-me!
Não, não é por
eles e elas terem sido castigados. Quem o faz, lá deve ter as suas razões e,
quem manda pode..., sempre assim foi, e assim será. Por mais que uma população de parvos ande para aí a
querer mudar a estória à luz do que agora pensa ser certo.
O que a mim me
custa é que essa tal população de
mandantes, cultivadores do tal mainstream,
não marrem comigo e me ponham também de castigo.
Não é justo,
ando mesmo inofensivo. E, a partir de agora, vou fazer tudo o que estiver ao
meu alcance para ver se também sou mandado para a população de castigados.
Tenho pena que a
originalidade do texto que se segue não seja minha. Mas olhem população de ditadorzecos, aprendizes de
censores, pidozecos de meia tigela, EU ASSINO POR BAIXO:
“... somos parados para dizer para onde
vamos. Não é aconselhável mentir, por isso façam como eu, que digo a verdade: senhor agente, vou apanhar no cu do
primeiro-ministro e do presidente; não me oprima, tenho o direito a ser feliz.
São nove e meia e ainda não há aleijados. Nunca
mais chove, é o que é...”
O Governo
português pela boca do primeiro ministro e o presidente da republica falam do
aumento de testagem há mais de 1 mês. No entanto, como sabemos, mas parece que
não sabemos, entre o que estes governantes anunciam e o que se faz, vai uma
diferença impossível de calcular.
Para já, quando
anunciam aumentos, nunca dizem de onde partem, para nunca se conseguir avaliar.
E assim vão entretendo o pagode e por isso, os estados de emergência, são tão
do seu agrado, pois podem fazer o que lhe apetece e o que lhes dá na real
(socialista) gana. A oposição, quase toda, aplaude. Só iremos fazer contas quando
nos começar a sair da pele e da carteira.
Por mim deixo
aqui mais uns dados sobre este anuncio governativo. Ninguém é obrigado a
acreditar no que escrevo, mas pelo menos procuro dados para saber que me
estão a enganar.
Então vamos lá
olhar para isto da Testagem:
- Durante o mês
de Janeiro, no auge da chamada 4ª vaga, fizeram-se em Portugal cerca de 2.000.000
de testes, numa média de cerca de 65 000
testes/dia. Destes 2 milhões de testes, 306.838 foram considerados
positivo. Obteve-se um a Taxa de Positividade de 15,3%. Isto é, de grosso modo,
por cada 100 testes realizados, 15 deram positivo;
- No mês de
Fevereiro, com a pandemia a abrandar, o total de testes realizados rondou os 1
000.000, metade dos realizados em Janeiro, numa média de cerca 36 000 testes/dia. Deste milhão de
testes realizados, 84.046 revelaram-se positivos. Observou-se então uma Taxa de
Positividade de 8,4%. Isto é, em cada 100 testes realizados cerca de 8
revelaram-se positivos;
- Nos primeiros 24
dias de Março, realizaram-se em Portugal cerca de 670 000 testes, numa
média de 28 000 testes/dia. Destes, 14 165 revelaram-se positivos.
Observou-se então uma Taxa de Positividade de 2,1%. Isto é, em cada 100 testes
realizados cerca de 2 revelaram-se positivos;
Conclusões:
- Desde Janeiro
não houve aumento de porra nenhuma na testagem. Em Março testa-se ¼ do que se
testava em Janeiro;
- A Taxa de
positividade em Março está quase nula. Por cada 100 testes que se fazem, apenas
2 se revelam positivos;
A pergunta que
se faz é, se a Taxa de positividade se mantiver assim, valerá mesmo a pena
enveredar pela testagem massiva? Ou para o governo “Testagem Massiva” é diminuir
ainda mais o nº de testes?
Notas Finais:
- Desde o inicio
da pandemia realizaram-se em Portugal 8.892.180 testes à covid 19, estamos à
beira de 1 teste/cada português. A taxa de positividade até 24 de Março foi 9,2%.
Portugal é na Europa dos que mais testa e segundo consta, os resultados não são
muito positivos.
- Consta que
cada teste PCR custa cerca de 100 euros;
- E será que “testagem
massiva” é sinónimo de melhores resultados? Olhemos para o Quadro em baixo os exemplos
de 15 países da Europa.
Como se pode observar no Quadro e Gráfico que publico em baixo, nunca, nos últimos anos, se morreu
tão pouco em Portugal (com exceção de 2017), como nos últimos dias.
No entanto, para
nossa comunicação social, parece tal não ser notícia (só o sangue lhes dá audiências). E para a zelosa Ordem dos Médicos também não parece encontrar aqui matéria para vir
reclamar que, apesar das consultas médicas terem diminuído drasticamente no
último ano, as consequências (pelo menos na mortalidade) e por enquanto, também
parecem não se estarem a sentir.
Durante este período atingiu-se mesmo um dos dias em que, nos últimos 15 anos, menos se morreu
em Portugal: No dia 11 de Março de 2021, apenas se registaram 265 óbitos.
Quando a média dos últimos anos ronda os 350 óbitos/dia.
Esta situação é
tanto mais perturbadora e intrigante, quando tal sucede no meio de uma Pandemia
que era anunciada em Março de 2020, como uma catástrofe que iria exterminar
meio mundo.
Isto põe-nos diversas questões que deverão ser analisadas,
nomeadamente:
- Porque razão se mantém um país confinado, a expirar todos
os dias, não pela mortalidade covid ou qualquer outra, mas a empobrecer e a
caminhar para a miséria?
- Porque razão se estará a morrer tão pouco em Portugal?
- Qual o verdadeiro impacto dos cuidados médicos (suspensos)
na mortalidade geral?
Fonte: DGS
Mortalidade Geral em Portugal entre 2009 e 2021 (Clicar sobre a imagem para ver melhor)
- Na semana que
terminou a 21 de Março, como podemos observar no Quadro e Gráfico em baixo,
registaram-se em Portugal 3 273 novos testes positivos à covid 19; menos 886 do
que há uma semana. Desde o dia 25 de Janeiro que os valores vêm decrescendo,
isto é, em 7 semanas consecutivas.
- Nos últimos 14
dias registaram-se em Portugal 73 casos/100 000 habitantes; menos 22 casos do
que há uma semana;
- A média da
última semana foi de 468 casos/dia; praticamente, menos 126 casos/dia que na
semana anterior.
- Os internamentos
hospitalares são ao dia 21 de Março 765; menos 211 internamentos do que há uma
semana.
- Os
internamentos em cuidados intensivos são ao dia 21 de Março 170; menos 72 do
que há uma semana. Convém relembrar que, no inicio de Fevereiro, tivemos
máximos de 900 doentes em UCI;
- Durante a última semana registou-se um total de 84 óbitos associados à covid, menos 60 que na semana anterior.
No Quadro que se
se segue apresento a evolução destes Indicadores durante o mês de Março 2021.
Fonte: DGS
No Gráfico em
baixo, podemos observar, a evolução da curva epidemiológica referente aos casos
semanais registados desde 14 de Setembro 2020 e as datas das medidas que foram
tomadas para fazer face à pandemia.
Podemos observar
que, apesar das medidas de desconfinamento (1ª fase) iniciadas em 15 de Março 2021,
a curva continuou a descer, registando-se na semana que agora terminou menos
886 testes positivos do que na semana anterior.
João Bugalhão: Em 2019, emigraram quase
tantos portugueses como os que nasceram. A culpa é do Passos Coelho!!!
João Bugalhão: E eu pensar que a emigração tinha acabado
com os governos da geringonça! Mas segundo dados da Pordata, afinal não. Para
além dos nº de cima referentes a 2019, nos 3 anos anteriores a coisa ainda foi
pior:
Quadro 1 - Total de portugueses que emigraram entre 2016 e 2018
Isto quer dizer
que, entre 2016 e 2019, no governo Kostov apoiado pelo PCP e BE, emigraram quase 340.000 portugueses|
Luís Bugalhão: Sempre são menos 10.000,
0,1% da população. Ó não? E que tal ires buscar os dados do tempo do “botinhas
júnior”? E publicar, não é só ler e dizer que é poesia. É mesmo porque seria
interessante e a publicação teria um pouco mais de credibilidade. Assim, é o
costume.
João Bugalhão: Queres também os do camaradas "socas"?
Não há dados! Só do último ano da brilhante governação da “banca rota”. O ano da governação pré "botinhas" (2011) e foram mais de 100 mil. Só mais 20 mil do
que no ano referido em cima (2019) do governo do ganda Kostov, apoiado pelo “partidozinho
do futuro”. Então aqui vão:
Quadro 2 - Dados sobre os portugueses que emigraram entre 2005 e 2011, publicados pela Pordata
Luís Bugalhão: Confortável, não haver
dados do “botinhas”... Assim a demagogia pode, como habitualmente, dominar o
teu discurso. Se calhar, não há dados porque eram tantos que lhe perderam o
conto. E não há muitos
a emigrar, há é poucos a nascer. É culpa do “socas” também. Ou então do Costa.
Ou até do Álvaro Cunhal! Do incompetente e do neoliberal de pacotilha do ”botinhas”
é que não é! Mas talvez fosse
bom ser. Sempre se abria uma oportunidade de abrires os olhos; ou, segundo as
palavras dele, fosse uma oportunidade para ele emigrar, já que nunca fez nada
de útil na sociedade. Mas não, ele e a múmia vêm aí outra vez, qual regresso
das assombrações. O tripeiro é que parece não andar muito contente com a coisa:
para incompetente já chega ele, não é preciso desenterrar ninguém.
João Bugalhão: Olha que não, olha que não..., percebeste mal.Dados do “botinhas”
há, do camarada Pinto de Sousa é que não.No meio de tudo isto salva-se o tal "partidozinho do futuro" e
das suas brilhantes propostas políticas e, claro, o apoio ao governo Kostov (ex
gerigoncico).
E a emigração de
cuba, existe? Ah, é só para os campeões do pulo!!!
Luís Bugalhão: Não mudas nada. Quando
falta o ARGUMENTO, lá vem a cartilha básica. Compreende-se, é a velhice. "Há
certos velhos que não conseguem aprender línguas..."
João Bugalhão: Mas qual foi o argumento
que trouxeste a esta discussão? Em resposta
ao teu “ditado” também há quem use, e também a propósito, outro: "olha filha, chama-lhe “substituta”,
antes que ela te chame a ti..."
Luís Bugalhão: O argumento é que só vês
o 'algueirinho' nos olhos dos outros; se for dos teus, nem as remelas lavas. O
argumento é as palas que tens nos olhos, que só te deixam ver palas nos outros.
O argumento é a tua raiva mesquinha por quem faz melhor que aqueles que
defendes. Mas vê lá: os que defendes podem voltar a fazer-te o que já te fizeram. Mas aí,
lá está, vais ficar caladinho que nem um rato. Ou não. Despeitado, és capaz de
começar a carregar novamente nos emigrantes cubanos, ou nos esbirros do KGB, ou
nos chineses em quem não se pode confiar. E assim aliviarás a bílis durante
mais uns tempos. O argumento, é ainda, a tua escandalosa independência, sempre
tão dependente de quem fala: do tal mensageiro. Vê lá se "evolóis" pá! Tu nunca foste “betinho”,
porque é que agora és tão dependente deles? Boa noite. E descansa. Não vás
pôr-te a ler estatísticas para ver em quem desancas amanhã, contando que não
seja laranjinha ou “chegófilo”.
João Bugalhão: Antes de me deitar fui
dar uma volta pela linda cidade de Portalegre e, com tantas bandeirinhas
vermelhas nas ruas a comemorar o 100º aniversário do “partidozinho do Futuro” fiquei tão
feliz que, por um instante, julguei-me na coreia, a do norte, para onde tinha
emigrado! Dormi lindamente e até sonhei com "betinhas" com cortes de
cabelo iguais (coisa linda!); que, sonhar com “betinhos” com olhos em bico nem pensar, deixo para
a rapaziada da esquerda!
Depois ainda
sonhei que era o santos da silva, aquele que é ministro do Kostov e que gosta
de malhar nos “betinhos” da direita. Eu, prefiro “malhar” nos maduros da outra
"banda", aqueles que acham que o "futuro tem partido". Ás vezes, até acho que, esses sonham, com um tal josé de stalin, que matou bem mais que o bicho
de agora, e até que seu amigo alemão hitler, de seu nome, com quem fez vários
acordos, traindo os outros aliados que também eram contra o maldito alemão. Não consta
que nenhum dos acordos tenha sido sobre emigração, era mais sobre outras
partilhas, penso que saibas! Creio até, que esse tal de stalin, era contra a
emigração, não deixava sair os grandes cérebros da mãe Rússia. Por isso fez
umas coisas lá para os lados do Pólo, também a norte, na província da Sibéria,
chamavam-lhes "gulags". E, assim, arranjou emprego a toda essa gente
e travou a emigração! Isso sim que são boa espécie de líderes, embora em
extinção. Nem sei como terão futuro, quanto mais partido!!!
Abraço, saúde e sorte, que o pão compra-se! Que o tal deus dos cristãos não pode dar tudo, nem mesmo aos
militantes/simpatizantes do tal partidozinho...
Ah, até já me
esquecia. A bem de verdade, aqui vão os dados sobre emigração portuguesa, referentes aos
anos de governação do "betinho". Repara que no 1º
ano dessa governação (2012) a herança ainda era do tal camarada da esquerda de nome Pinto
de Sousa (quando diziam que não havia emigração ou não estava na ordem do dia), foram só 121 418 os que se piraram deste retângulo à beira mar plantado;
repara depois para os dados de 2016, último ano das "más" influencias
da política do "betinho". Parece que houve redução de cerca de 25 000 dos tais emigrantes a deixar o país, ou estarei a ver
mal?
Quadro 3 - Total de portugueses que emigraram entre 2012 e 2016
Luís Bugalhão: Então e a comparação com
os nascimentos nesses anos? Era curioso comparar, já que era esse o 'argumento'.
Ou não? E se era, porque é preciso um saca-rolhas para ele sair?
João Bugalhão: Muda de conversa Luís
Bugalhão. O argumento foi, desde o princípio, a EMIGRAÇÃO e a propalada mentira em que esquerdalha culpa o Passos Coelho, por ter sugerido aos portugueses a procurarem
vida em outras paragens enquanto durasse a crise, devido ao estado em que os teus companheiros de route deixaram o país
Luís Bugalhão: Não, o teu argumento não
era esse. Nem nunca seria. Lê lá o que publicaste outra vez, sff.
João Bugalhão: Continuas a interpretar
mal. O foco é a emigração (basta
olhar para a imagem que publiquei), os nascimentos só surgem por comparação.
Mas se tens curiosidade com nascimentos aqui te ficam alguns dados e
respectivos gráficos:
- Média de
nascimentos da governação Passos Coelho 2013/2016: 84 445/ano;
- Média de
nascimentos 2017/2019 da governação Kostov: 86 584/ano.
Quadro 4 - Total de nascimentos em Portugal entre 2013 e 2019.
Como vês, as
diferenças não são assim tão significativas. Em 2020 vai ser muito pior. Eu até
me atreveria a dizer que, a influência da governação nos nascimentos, às tantas,
é quase nula, outros valores se alevantam. Sendo que, o ano em que nasceram
mais crianças durante este período, foi o ano de 2016: 87.126 crianças, provavelmente, a maioria "feitas" em
2015. Curiosamente, o último ano de governação do "botinhas", como tu
lhe chamas.
Agora vou comer
os meus feijões frades com atum que é comida dos pobres e, os “cobres”, não
abundam (filosofia do botas e do botinhas)!!!
Luís Bugalhão: Como diria o RAP, “come
antes uma peça de fruta, Carlos Jorge, que te faz menos mal” e deixa-te de
tretas. Feijão frade, por acaso, é comida que eu detesto. Mas, se tirares os
feijões frades e colocares antes cebola picada e uma salada de tomate ao lado
já me convencem.
Odeio feijões frades,
mais ainda que “capitalistas betinhos” armados em independentes! Quanto aos
nascimentos, gostava que pusesses as coisas como puseste no início (no teu
primeiro comentário, ao teu próprio post, o que não deixa de ser
sintomático), comparação emigração/nascimentos. Mas não, que ainda te caía o
argumento. Se eu tiver paciência vou também fazer uma tabelinha de “excel” toda
gira e depois envio. Às tantas, vamos ver que o “kostov”, se não estivesse
dependente desses perigosos comunistas (ainda que quase extintos) seria igualzinho ao “botinhas”.
A propósito: e
as autárquicas por aí? Será que também vai ser o tripeiro a escolher quem
concorre em Marvão, ou para ele Marvão nem vem no mapa?
João Bugalhão: Aqui a resposta é fácil,
usando linguagem futeboleira: “Equipa que ganha não se mexe”. E o candidato do
tal "partido do futuro"? Desta vez serão os marvanenses a escolher?
Ou será o avô Jerolme que escolhe um qualquer comissário político desempregado
de lesboa ou arredores? Em Loures, esse bastião dos amanhãs que cantam, não hão-de faltar! É que em Beja e Évora,
agora, vai ser difícil encontrar. Já não devem chegar para consumo interno!!!
Luís Bugalhão: Ahh. Na CDU ainda não
tenho novidades..., quando descobrir digo. Mas há-de ser quem a direcção da
coligação decidir, depois de analisadas as possibilidades existentes no local.
A DOR de Portalegre já estará a tratar disso. Como sempre se fez, aliás: com a
participação activa da organização regional, serão eles a propor os nomes.
Depois, centralmente, valida-se, num processo de democracia que nunca
compreenderás, pois começa nas bases e chega até à direcção dos membros da coligação.
Não andamos à procura de nomes de caciques, como na tua 'casinha'. Ai na 'tua'
não, que tu és independente, já me esquecia.
João Bugalhão: "depois de
analisadas as possibilidades existentes no local. A DOR de Portalegre escolhe”! Dizes tu. Será a “DOR” ou a dor em Portalegre???
Pois, andas um pouco desatualizado e não julgues os outros pelo que se passa na tua casa. Convém que
aprendas um pouco e que venhas ver, caso duvides, como se faz nas outras casinhas. Nas organizações partidárias
ou independentes em que tenho participado não é assim como dizes, nem nunca foi. Em Marvão, quem escolhe
os candidatos são as “dors” marvanenses, sempre foi assim. Os de Portalegre,
Lisboa ou Porto (tripeiros com tu lhe chamas), com dor ou sem dor, que escolham
os seus, nos seus concelhos.
Aposto que essa
tal DOR, vai escolher alguém que nunca pôs os pés no concelho de Marvão e que,
por cá (em Marvão), ninguém conhece. Tem sido sempre assim nesse “partidozinho do futuro”,
e da sua mãe de aluguer chamada CDU. E sabes porquê? Por uma coisa que chamam subvenções (esbulho aos contribuintes, como
diz o Jerolme quando se refere aos dividendos da direita) para concorrer em
todos os concelhos. Continuas a usar o mesmo argumento:
"vá filha chama-lhe «substituta»..., antes que ela te chame a ti...".
Luís Bugalhão: Demagogia, feita à
maneira! Bem dizia a Lena D'Água. Por aqui me fico neste post. Os comentários
já se afastaram do tema (e reconheço que fui eu a provocar o desvio).
- Na semana que
terminou a 14 de Março, como podemos observar no Gráfico em baixo,
registaram-se em Portugal 4 159 novos
testes positivos à covid 19; menos 1 373 do que há uma semana. Desde o dia
25 de Janeiro que os valores vêm decrescendo, isto é, em 6 semanas
consecutivas. Este valor é inferior, pela 1º vez nestes 6 meses, ao registado
na semana de 14 a 20 de Setembro de 2020, quando se inicia o presente Gráfico.
- Nos últimos 14
dias registaram-se em Portugal 95 casos/100
000 habitantes; menos 28 casos do que há uma semana; o que coloca Portugal,
de acordo com os critérios da DGS, como um país de Risco Moderado (≤ 239). Com
estes valores, eu diria mesmo de Baixo Risco.
- A média da
última semana foi de 594 casos/dia;
praticamente, menos 196/dia que na semana anterior. Valores idênticos aos
registados durante o Verão em Portugal.
- Os internamentos
hospitalares são ao dia 14 de Março 976;
menos 1 189 do que há uma semana. Reduziram para metade no espaço de uma
semana.
- Os
internamentos em cuidados intensivos são ao dia 14 de Março 242; menos 112 do que há uma semana.
Convém relembrar que, no inicio de Fevereiro, tivemos máximos de 900 doentes em
UCI, agora são 8 vezes menos.
O Comentário:
Desde 8 de
Fevereiro de 2021, Portugal registou 41 354
testes positivos, numa média de 8 270 casos/semanais, a que
correspondem pouco mais de 1 000
casos/dia.
As Taxas de
Internamento em enfermaria, quer em cuidados intensivos são baixíssimas, há
mais de 3 semanas.
Com estes dados,
manter o país confinado, pelo menos desde 8 de
Fevereiro, a definhar economicamente, roça o criminoso; por um governo irresponsável que só valida o seu taticismo
político e anda de mão estendida a ajudas exteriores, com a complacência de um presidente hipocondríaco que só olha para a
sua popularidade. Acresce uma oposição partidária que não critica porque tem
medo das sondagens.
Há mais de 1 mês
que o país devia estar a trabalhar em pleno e as crianças e jovens na escola.
Vamos agora
começar a desconfinar (a conta gotas, como diz o Costa) quando o aumento dos números de casos nos países
a nosso oriente, como já aqui publiquei, nos deveriam deixar apreensivos, e a partir
de agora, iniciarmos medidas restritivas.
Em minha opinião
tem sido “confinar” quando deveríamos “desconfinar” e, possivelmente,
desconfinamos quando deveríamos usar regras mais restritas. Foi assim em
Novembro; foi assim em Dezembro e Janeiro; assim foi a partir de 8 de Fevereiro, como podemos observar no Gráfico e, assim será agora. Isto é, nada se aprende com a história.
Preparem-se,
prevejo que a 4ª vaga esteja a chegar.
Evite locais
fechados com muita gente, mantenha sempre uma distância de 2 metros para outras
pessoas com quem não resida. Isto é da nossa responsabilidade. Só assim,
individualmente, poderemos contribuir para a não propagação da doença.
Possivelmente,
para a semana, não poderei estar aqui a dar boas notícias como hoje...
Com esta frase
mítica começa o livro de José Saramago, com o título deste pobre artigo. Não, a
dita ainda não suspendeu as suas actividades, mas que as diminuiu, diminuiu.
Quem sabe esteja de férias, ou pelo menos de fim de semana prolongado ou, quem
sabe, se tenha “enrolado” com um qualquer artista, como disse o mestre, que por aí tenha encontrado.
Depois de 3 meses
a matar que nenhuma magana (Dezembro, Janeiro e Fevereiro), atingindo valores nunca vistos, esteve a matar mais de
700 portugueses por dia durante uma semana (de 19 a 27 de Janeiro de 2021),
quando a média diária andaria pelos 300, eis que parece que voltámos ao normal,
talvez por cansaço, ou algumas ampolas nas mãos, da gaja da gadanha.
Como podemos ver
no Gráfico que apresento em baixo, desde meados de Fevereiro que o nº de óbitos
totais verificados em Portugal, entraram nos carris. Chegando até, na última
semana a ficar abaixo dos 300 óbitos/dia. Isto é, menos de metade do que andou
a acontecer nos 3 fatídicos meses.
Dirão alguns,
foi a covid. Eu respondo: sim, contribuiu, mas o excesso de mortalidade por
outras causas foi muito superior, como um dia havemos de falar.
Por agora
fiquemo-nos por esta intermitência,
e que a gadanha lhe seja pesada...
Como vimos no
Post anterior, Portugal e Israel, têm Taxas de Incidência por covid 19 muito
semelhantes: Portugal: 79 casos/1 000
habitantes; Israel: 84 casos/1 000 habitantes.
E ao contrário do que a
comunicação social nos anda a dizer, os casos de covid 19 em Israel, apesar da
alta taxa de vacinação da população, quando comparados com outros países, os
ditos, estão a decrescer menos do que Portugal e em muitos outros países. Ainda
hoje, Israel registou 1 331 casos, enquanto Portugal apenas 637. E no número
total de casos, apesar de terem menos 1 milhão habitantes, Israel ultrapassou hoje,
pela 1ª vez, Portugal.
No entanto, já
no que toca às consequências da doença, nomeadamente a mortalidade, os números
são assustadores. Por cada israelita que morre associado à covid, morrem em
Portugal 3 portugueses. Desde o início da pandemia que, os dados nos mostram
isto:
- Portugal: 21 óbitos/1 000 infectados;
- Israel: 7 óbitos/1 000 infectados;
A pergunta obvia é, porque será?
Mais intrigante
é quando vemos a nossa comunicação social tão preocupada com as mortes no
Brasil (de Bolsonaro), ou nos Estados Unidos (quando era do Trump, agora parece
que já não morre por lá ninguém. Ah, afinal, morrera 83 220 pessoas desde
o dia 1 de fevereiro!!), não ter um mínimo de preocupação com o que se passa,
objectivamente, em Portugal.
Mas voltando à
comparação entre Portugal, ainda poderíamos alegar que tal se deve aos efeitos
da vacinação, já que Israel sustenta que já vacinou mais de 80% da sua
população, mas se olharmos para o Gráfico que apresento em baixo, podemos
verificar que já durante o mês de Dezembro (antes de se ter começado a vacinar),
Israel já tinha um 1/3 das mortes registadas em Portugal.
Em minha opinião
adianto duas hipóteses:
- Ou eles estão
a usar algum tratamento que não dizem a ninguém;
- Ou, os nossos
serviços de saúde não estão a responder aos problemas postos pela doença.
Portugal e a
Suécia têm cerca de 10,2 milhões de habitantes; Israel cerca 9,2 milhões. De
grosso modo, podemos dizer que são 3 países idênticos no que toca ao nº de
habitantes.
As Taxas de Incidência
de testes positivos registados até final de Fevereiro também elas eram muito
parecidas:
- Portugal: 79 casos/1 000 habitantes
-Suécia: 66 casos/1 000 habitantes
- Israel: 84 casos/1 000 habitantes
Já nas Taxas de
Mortalidade as diferenças são bastante grandes
- Portugal: 1,6
óbitos/1 000 habitantes
-Suécia: 1,3
óbitos/1 000 habitantes
- Israel: 0,6
óbitos/1 000 habitantes
No Gráfico que
publico em baixo, podemos ver a evolução mensal de óbitos nestes 3 países. É fácil
de verificar as grandes diferenças de Israel, quando comparado com Portugal e
Suécia.
Mas o que mais
salta à vista na comparação destas 3 curvas, é o pico de mortalidade que se verificou em Portugal nos meses de
Janeiro e Fevereiro.
Apesar das Taxas de Incidência (casos/habitantes) serem
muito idênticas (Durante esse período Israel até teve mais casos/ 1 000 habitantes
do que Portugal), mas nestes 2 meses morreram em Portugal mais 4 500 pessoas
associadas à covid do que na Suécia, e mais 7 000 do que em Israel.
Isto é uma brutalidade, que nos devia
preocupar a todos e exigirmos explicações concretas aos nossos governantes.
Porque razão a doença teve um impacto desta dimensão em Portugal?
Eu só tenho uma
explicação: os nossos serviços de saúde, seja porque razão for, a partir de meados de Dezembro, não estiveram à
altura, nem em condições para responderem aos problemas que a doença lhes
colocou.
Não seria melhor
que a nossa comunicação social, subsidiada com o dinheiro dos contribuintes,
averiguasse as verdadeiras causas desta situação, em vez de se preocupar com o
Brasil ou Estados Unidos?
E a nossa
Oposição governamental, não deveria já estar a questionar e a exigir
explicações sérias ao governo?
Evolução mensal de óbitos associados à covid 19 entre Março
de 2020 e Fevereiro de 2021 em Portugal, Suécia e Israel.
- Existem no distrito de Portalegre 60 casos
activos de covid 19. Isto equivale a uma Taxa
de Prevalência de 51 casos/100 000 habitantes.
- Nos últimos 14
dias, registaram-se no distrito, 45 novos testes positivos o que equivale a uma
Taxa de Incidência de 40 novos casos/100
000 habitantes.
- Nesta data
encontram-se hospitalizados nos hospitais do distrito 3 doentes.
Com estes
números, manter um distrito com 111 400 habitantes confinado, com escolas
fechadas, pequeno comércio fechado, a definhar economicamente, a matar as poucas
empresas que ainda temos, por causa de 60 pessoas com 3 internadas, é mais ou menos criminoso.
O que fazem os
nossos representantes, nomeadamente, deputados, autarcas, sindicatos,
associações, etc., pois NADA!
Ficam os dados
sobre Incidência e Mortalidade por concelho. Tirem as vossas conclusões que, a
mim, já me vai faltando a paciência.
Gráficos de minha autoria. Fontes: Páginas oficiais dos municípios
Quando em 31 de
Dezembro escrevi na mina página do facebook “Às
tantas a 3ª vaga já começou e ninguém nos diz nada!”, nem todos os meus amigos
me entenderam, e acharam que estava a exagerar. Afinal já era a tarde, a dita,
como se veio a verificar, já havia começado praticamente há mais de 1 semana,
isto é, por volta do dia 22 de Dezembro.
Quero dizer que,
quando faço estas analises, não o faço por ser especialista em porra nenhuma,
embora, em tempos, me tenham diplomado com uma coisa que chamavam de Enfermagem
de Saúde Pública, mas já foi há muito tempo. Agora sou apenas um observador do
mundo e, como dessa vez parece que tinha razão, hoje vou-me arriscar, com o
título que escrevi em cima, a mais uma previsão, da qual, não gostaria de
acertar.
Numa altura em
que em Portugal se fala em “desconfinar” e aliviar medidas (já sabem o que eu
penso sobre essas medidas que, na sua maioria, nem adiantam nem atrasam), quando
algumas delas já deveriam ter desaparecido há 2 ou 3 semanas, nomeadamente, a
abertura de Creches e Escolas pelo menos até ao 2º ciclo. Eis que, de Leste,
não vêm boas notícias e, possivelmente, a 4ª vaga está-se a fazer anunciar.
Basta olhar para
a evolução do conjunto de Gráficos que publico em baixo, referentes a 12 países
da Europa, onde o nº de casos positivos está a aumentar nas últimas 2/3 semanas, nomeadamente: Itália,
Polónia, Ucrânia, R. Checa, Hungria, Bulgária, Sérvia, Suécia, Áustria, Roménia,
Holanda e França, entre outros.
Seria por isso
importante, que juntamente com o tal “Plano de Desconfinamento” anunciado pelo (des)governo
da nação, e que tanto custa a parir, se pensasse nas medidas a tomar aos
primeiros sinais de anuncio dessa 4ª vaga cá no burgo. Para não suceder a
desgraça de Janeiro e Fevereiro, da qual, ninguém quer assumir
responsabilidades. Pero que las hay, las
hay..., como dizem os espanhóis sobre as bruxas e, um dia, terão de ser
apuradas.
Ontem,
pelas 21 horas, fiquei estupefacto com uma reportagem da SIC Notícias,que pode ver aqui, sobre a situação da covid 19 e
respectiva vacinação em Israel, realizada pelo sr. Henrique Cymerman.
Aí
se teciam os maiores elogios às estratégias seguidas nesse país e aos
excelentes resultados obtidos na diminuição de testes positivos. Para além de me parecer uma reportagem com algum tempo de atraso na sua exibição, pois referia que Israel teria 55% da população vacinada, quando nesta 2ª semana de Março, os responsáveis do país já noticiam cerca de 80%.
Sem
nunca mentir, quase sempre faltou à verdade. Pois se é verdade que os casos
estão diminuir em Israel, a verdade é que, quando comparamos com outros países, nomeadamente Portugal (com apenas 6% da população vacinada), os casos diminuíram
muito menos. Só nas ultimas 2 semanas Portugal registou 5 vezes menos testes
positivos que Israel.
Uma
das conclusões avançadas foi a seguinte:
"Israel é o país mais avançado do
mundo no processo de vacinação. As boas notícias são que, segundo as
investigações israelitas, as vacinas têm ótimos resultados com uma alta redução
no número de testes positivos e doentes de covid-19. Até agora, mais da metade
da população, quase cinco milhões de pessoas, já foram vacinadas com a vacina
da Pfizer."
Vejamos
então:
De facto, Israel, parece ser o país mundial
com maior taxa de vacinação, os seus governantes já referem cerca de 80% da
população. No entanto, não consigo ver os óptimos resultados das vacinas,
sobretudo no que toca à prevenção de casos, como aí é referido.
No
Gráfico que apresento em baixo, podemos observar a evolução semanal de casos de
covid 19 em Israel e Portugal desde o princípio de Novembro 2020.
-
Na última semana Israel registou 2 869 casos/milhão de habitantes;
enquanto em Portugal apenas se registaram 546 casos/milhão de habitantes;
-
Se formos para os últimos 14 dias, Israel registou 6 002 casos/milhão de
habitantes; enquanto Portugal apenas registou 1 282, isto é, 5 vezes
menos;
-
Durante o mês de Fevereiro Israel registou 14 388 casos/milhão de
habitantes; enquanto Portugal registou apenas 8 240 casos/milhão de
habitantes, isto é, praticamente metade durante 1 mês;
-
Desde o início da pandemia Israel registou 87 980 casos/milhão de
habitantes; enquanto Portugal registou 79 354 casos/milhão de habitantes.
Não
se percebe assim essa reportagem e as conclusões tiradas, sem nunca abordar a
pergunta fulcral e que deveria estar a ser feita por todo o mundo, perante
estes dados:
- A ser verdade que Israel vacinou 80% da população, qual a eficácia da vacina na
prevenção de novos casos?
Para não ser
acusado de patriota (que nos dias que correm é quase tão grave como o seu
contrário), apresento a seguir um Gráfico comparativo, não apenas entre Portugal
e Israel, mas com mais 3 países: Reino Unido, Espanha e Suécia.
Com nenhum
deles Israel, apesar das suas altas taxas de vacinação, parece levar vantagem
no nº de casos positivos de covid 19.
- Na semana que
agora terminou a 7 de Março, como podemos observar no Gráfico em baixo, registaram-se em Portugal 5 532 novos testes
positivos à covid 19; menos 1 705 do que há uma semana. Desde o dia
25 de Janeiro que os valores vêm decrescendo, isto é, em 6 semanas consecutivas.
Este valor é inferior ao registado na 1ª semana de Outubro de 2020, quando o
país ainda era semi livre e respirava.
- Nos últimos 14
dias registaram-se em Portugal 123 casos/100 000 habitantes; menos 49 casosdo que há uma
semana; o que coloca Portugal, de acordo com os critérios da DGS, como
um país de Risco Moderado (≤ 239). Com estes valores, eu diria mesmo de Baixo
Risco.
- A média da
última semana foi de 790 casos/dia; praticamente,menos 200/dia que na semana anterior.
Valores idênticos aos registados durante o Verão em Portugal.
- Os
internamentos hospitalares são ao dia 7 de Março 1 414; menos 781 do que há uma semana. Praticamente 1/4 dos máximos
registados no início de Fevereiro.
- Os
internamentos em cuidados intensivos são ao dia 7 de Março 354; menos 110 do que há
uma semana. Convém relembrar que, no inicio de Fevereiro, tivemos
máximos de 900 doentes em UCI, agora são pouco mais de 1/3.
O Comentário a
estes dados é o mesmo que já fiz há uma semana:
“Com estes dados, é difícil perceber, porque
é que o Governo diz, que só daqui a 1 semana, irá apresentar um plano de
descofinamento! Como é possível estar a sujeitar o país à miséria futura, a
gastar o que não tem, a viver de empréstimos e, do mais que tenho pejo em
questionar. Como podem os portugueses calar-se e aceitar, de cabeça metida na
areia, esta estratégia estupidificante?
Quem são estes governantes e para onde nos
estão a levar?”
Estes gajos,
decididamente, querem gozar conosco a toda a força.
Desde o início de
Fevereiro, reconhecido por todas as entidades, Portugal diminuiu drasticamente
o nº de testes da covid 19.
Pelas minhas
contas, no mês de Fevereiro, foram efectuados menos de metade dos Testes dos
que efectuados em Janeiro. O que se compreende, eu que não sou
pela testagem massiva e sem rei nem roque, já que o mês de Janeiro foi o pior
desde o inicio da Pandemia.
Mesmo assim, e
mais uma vez pelas minhas contas, que não hão-de falhar muito, nos últimos 14
dias (entre 16/2 e 2/3), realizaram-se em Portugal cerca de 250 000 testes, numa média de 17 800
testes/dia. Desse total, 18 517 viriam a revelar-se positivos, isto é,
cerca de 7,4% de positividade.
Vêm agora estes
propagandistas prometer 400 000 em 14 dias, quando já andamos a realizar
250 000! Isto é mais 150 000 (10 000 dia), e chamam-lhe CAMPANHA MASSIVA!
Às vezes convém olhar para o passado para
enfrentarmos o futuro.
Quando, em meados do século XIV, a peste
invadiu a Europa, a primeira reação foi de fuga: fuga rápida, para o mais
distante possível, sem pressa em regressar, tal como, quase dois mil anos
antes, havia aconselhado Hipócrates. Sem reconhecer diferenças sociais, a peste
tanto podia dizimar criados quanto reis, como demonstra o caso de D. Duarte,
que, em 1438, fugindo da peste de Lisboa, procurou refúgio em Évora, Avis e
Ponte de Sor, acabando por sucumbir à doença que o foi encontrar em Tomar
(Tavares 1987, 17-32).
Nos dias de hoje:
“Portugal é o
país do mundo mais afectado pela pandemia covid 19”
“A culpa da 3ª
vaga foi das festividades do natal e do governo que permitiu”
“A culpa do descontrolo da covid é dos portugueses que não se sabem comportar”
“A culpa do
aumento de casos em Janeiro foi da variante inglesa”
“A culpa do
aumento de casos em Janeiro foi da vaga de frio que afectou Portugal”
Etc., etc.
Em contradição com todas estas culpabilizações
paranoicas, retenho uma frase sábia do Professor Jorge Torgal: “Sempre que quisermos fazer uma avaliação
séria da pandemia, devemos olhar para trás e para o lado”. Por isso, neste
balanço parcial de 1 ano da pandemia, proponho-vos que olhemos para o lado,
para os nosso vizinhos, ver como eles foram afectados e se somos, afinal, assim tão diferentes.
São países da
Europa, logo numa situação geográfica idêntica, mas todos eles têm
características próprias muito diferentes, nomeadamente, sociais, culturais,
económicas e religiosas e de organização dos serviços de saúde.
O Reino Unido é
muito diferente da Bulgária; Portugal muito diferente da Hungria; A Suécia
muito diferente de Itália; A Bélgica muito diferente da Eslovénia; A Espanha muito diferente da Bósnia; e por aí
adiante.
No entanto,
quando analisamos o Quadro em baixo, os Resultados
(e é isso que interessa avaliar, deixemo-nos de avaliação de processos), eles
são muito idênticos, sobretudo, nas Taxas de Mortalidade.
Se verificarmos bem,
16 dos 22 países referenciados, estão separados por pouco mais 0,5 pontos: Os
mais afectados República Checa e Bélgica com 1,9 óbitos/1 000 habitantes; até à
Polónia e Suíça com 1,2 óbitos/1 000 habitantes.
Assim, e em
minha opinião, a maioria das razões apresentadas para a situação em que se encontra
Portugal não faz qualquer sentido. O vírus, indiferente às fronteiras físicas,
faz o seu trabalho e, no fim, os resultados serão muito idênticos no continente
europeu. É muito “democrático” este bicho.
Quando muito, o que me parece que mais tenha
influenciado, são a organização dos serviços de saúde e a capacidade económica
dos países para os suportarem e assim, podemos ver no fundo do Quadro, os que
tiveram, até à data, menores Taxas de Mortalidade: Alemanha, Irlanda, Holanda e Áustria; por curiosidade, os tais apelidados de frugais!
Ah, e Portugal não é o pior. Até os nossos amigos arrogantes
ingleses têm piores resultados, mas ainda nos impõem regras a nós!
Passou 1 ano
sobre o início da pandemia de covid 19 em Portugal. Hoje, é possível olhar para
o fenómeno com um olhar diferente e mais objectivo, daquele que em cada momento
utilizámos.
Apesar de todas
as consequências, muitas delas, quiçá as piores, ainda estarão para vir, mas o
apocalipse para a humanidade, anunciado em Março de 2020, cultivado pela
comunicação social e alguns governantes do sistema, não aconteceu.
Não sendo ainda
possível ter uma avaliação sobre as sequelas causadas pela doença em termos da saúde individual, são os indicadores de mortalidade, sempre os mais fiáveis,
que nos podem transmitir o impacto da doença na comunidade portuguesa.
Quando olhamos
para o Gráfico em baixo de evolução da doença durante os 12 meses e para os dados sobre
a mortalidade imputada à covid (cor tijolo), só com muito boa vontade, conseguiremos classificar a actual pandemia de muito danosa no que toca à
mortalidade, até quando comparada com outras doenças que nos afectam todos os dias.
Até 28 de
Fevereiro foram imputadas à covid 16 317
óbitos, isto representa uma Taxa de Mortalidade de 1,6 óbitos/1 000 habitantes.
Claro que
qualquer morte é sempre uma perda, mas também é um facto que todos teremos esse
fim. E se relativizarmos um pouco e tivermos em conta a realidade, teremos que
concluir que outras doenças (sem terem nada a ver com infecções respiratórias)
matam tanto ou muito mais que a covid, deixo alguns exemplos:
- Doenças do
aparelho circulatório: 33 000 pessoas/ano
- Cancro:
27 500 pessoas/ano
- Diabetes: 5 000
pessoas/ano
- Doenças do
aparelho digestivo: 4 800 pessoas/ano
No que toca
ainda à mortalidade, há ainda outros indicadores que deveremos ter em conta,
nomeadamente: a idade média da
ocorrência do óbito e, consequentemente, os anos de vida perdidos. E aqui, encontramos
mais um dado que nos pode relativizar os danos desta pandemia já que, 70% dos
óbitos ocorreram em pessoas com mais de 80 anos, e mais 15% tinham entre 70 e
80 anos. O que quer dizer que apenas 15% dos óbitos ocorreram em pessoas com
menos de 70 anos (cerca de 2 500 pessoas). Pelo que, com relatividade, os
anos de vida perdidos são certamente muito menores quando comparados com as
mortes provocadas pelas doenças do aparelho circulatório e cancro, que ceifam
vidas em idades bem mais precoces.
Por tudo isto,
teremos que começar a olhar para esta doença com a relatividade que ela merece,
e deixarmos o sensacionalismo, a histeria e voyeurismo bacocos de lado.
Se não o
problema não vai ser morrermos da doença! Vai ser, morrermos da “pseudo cura”...