As estatísticas são, por norma, uma
excelente ferramenta para ajudarem nas tomada de decisão. Para tal, precisam
pelo menos de ser credíveis e ter um mínimo de rigor. A não ser que ninguém
lhes queira ligar, para não tomarem essas mesmas decisões. Mas quem fica a
perder, quase sempre, são os cidadãos.
É por isso incompreensível o que está
a suceder no distrito de Portalegre, no que toca à Taxa de Incidência de casos
de covid 19. Mas não só, também a Taxa de Mortalidade não bate a bota com a
perdigota, mas agora vamos à Incidência.
Numa população de cerca de 110 000
habitantes que tem o distrito, registam-se diferenças superiores a mais de 1 500
casos, entre os dados divulgados pela ULSNA e os dados divulgados pelas páginas
oficiais dos municípios é, no mínimo, inadmissível.
Não sei de quem é a responsabilidade
pela supervisão destes dados, mas era importante que se entendessem. Ter taxas
de incidência de 40 ou 54 casos/1 000 habitantes não deveria ser de menos
importância. É que algumas das decisões tomadas pela DGS têm por base, não sei é
quais, estes dados.
Uma diferença de quase 400 casos,
como é o caso de Elvas; 300 em Ponte de Sôr e Campo Maior, 90 em Monforte; ou quase 70 em Alter e Arronches; não tem
qualquer justificação. Apenas descoordenação e que deixa os cidadãos a
desconfiar sobre quem terá razão.
E a diferença não é maior porque os
municípios de Portalegre, Castelo de Vide e Marvão, apenas divulgam os números
da ULSNA. O que também não me parece uma boa estratégia, já que, sobretudo nos
pequenos concelhos onde todos se conhecem, sabem que aqueles números não
correspondem à verdade. Dou o exemplo de Marvão, onde nas últimas 3 semanas
(desde 26 de Janeiro), apenas 7 novos casos foram registados e deu-se a
recuperação de 4 casos! Alguém acredita nisto???
Coordenação exige-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário