terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Exige-se um mínimo de rigor

As estatísticas são, por norma, uma excelente ferramenta para ajudarem nas tomada de decisão. Para tal, precisam pelo menos de ser credíveis e ter um mínimo de rigor. A não ser que ninguém lhes queira ligar, para não tomarem essas mesmas decisões. Mas quem fica a perder, quase sempre, são os cidadãos.

É por isso incompreensível o que está a suceder no distrito de Portalegre, no que toca à Taxa de Incidência de casos de covid 19. Mas não só, também a Taxa de Mortalidade não bate a bota com a perdigota, mas agora vamos à Incidência.

Numa população de cerca de 110 000 habitantes que tem o distrito, registam-se diferenças superiores a mais de 1 500 casos, entre os dados divulgados pela ULSNA e os dados divulgados pelas páginas oficiais dos municípios é, no mínimo, inadmissível.

Não sei de quem é a responsabilidade pela supervisão destes dados, mas era importante que se entendessem. Ter taxas de incidência de 40 ou 54 casos/1 000 habitantes não deveria ser de menos importância. É que algumas das decisões tomadas pela DGS têm por base, não sei é quais, estes dados.

Uma diferença de quase 400 casos, como é o caso de Elvas; 300 em Ponte de Sôr e Campo Maior, 90 em Monforte; ou quase 70 em Alter e Arronches; não tem qualquer justificação. Apenas descoordenação e que deixa os cidadãos a desconfiar sobre quem terá razão.

E a diferença não é maior porque os municípios de Portalegre, Castelo de Vide e Marvão, apenas divulgam os números da ULSNA. O que também não me parece uma boa estratégia, já que, sobretudo nos pequenos concelhos onde todos se conhecem, sabem que aqueles números não correspondem à verdade. Dou o exemplo de Marvão, onde nas últimas 3 semanas (desde 26 de Janeiro), apenas 7 novos casos foram registados e deu-se a recuperação de 4 casos! Alguém acredita nisto???

Coordenação exige-se.

                           * Municípios que usam os dados da ULSNA

 

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