Uma mentira
repetida muitas vezes pode torna-se verdade, diz o povo! Eu não partilho. Uma
mentira há-de ser sempre uma mentira e, como todos também sabemos a dita…,
tem perna curta.
Vem esta
conversa, a propósito, de nos querem fazer acreditar, que a responsabilidade
pelo aumento de casos de covid 19 em Janeiro de 2021, foram as festividades de
Natal e os convívios familiares.
Ao princípio
foram alguns técnicos, sobretudo "médicos intensivistas" ligados ao ambiente hospitalar,
que outra coisa não veem se não máquinas e o que se passa dentro das paredes
dessas instituições, aliados a uma comunicação social asquerosa sensacionalista, que rapidamente quiseram culpar o governo por ter permitido
as festividades natalícias.
O governo primeiro quis contestar e dizer que a culpa não era sua, mas sim dos
portugueses que são uns inconscientes e desrespeitaram os nobres conselhos governativos. Mas, rapidamente, preferiu admitir essa hipótese, a ser acusado de incompetência e irresponsabilidade
por não ter previsto e planeado as respostas a algo que era mais que previsível
(uma 3ª vaga violenta) e que qualquer pessoa, com um mínimo de conhecimento
epidemiológico e bom senso, teria previsto. Avisos não faltaram por parte de
alguns, poucos, epidemiologistas e políticos com alguma experiência de vida.
Os 12 exemplos
que hoje aqui publico, de países tão diferentes de Portugal, espalhados por
vários continentes, com culturas tão díspares (alguns nem o Natal festejam), que
tomaram medidas completamente diferentes, demonstram que a pandemia teve essa
evolução porque é assim que acontece nas
infecções virais respiratórias, independentemente das medidas de
minimização que tomem os governos.
Já no que toca
às consequências (mortes e sequelas), aí sim, as diferenças podem ser abismais,
e são, dependendo do planeamento e das capacidades dos serviços de saúde de
cada país. E aí, Portugal, esteve entre os piores. Responsabilidades? Em
primeiro lugar, não duvidemos, de quem governa e dos técnicos que se rodeiam
para os aconselhar.
Comparem-se os
Gráficos que apresento a seguir. Em comum têm, pelo menos, duas coisas:
- Um nº reduzido
de casos no mês de Novembro;
- E uma subida exponencial
no nº de casos durante o mês de Dezembro (mais semana menos semana), com pico
pandémico no mês de Janeiro de 2021.
Países referidos: Portugal, Reino
Unido, Espanha, R. Checa, Israel, Japão, Emirados Árabes Unidos, Letónia, Eslováquia,
Palestina, Irlanda e Dinamarca. E outros há com curvas idênticas, mas com datas
ligeiramente diferentes.
Não me digam que todos eles andaram a festejar o Natal!!!
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