quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Ah e tal, a responsabilidade é do Natal...

Uma mentira repetida muitas vezes pode torna-se verdade, diz o povo! Eu não partilho. Uma mentira há-de ser sempre uma mentira e, como todos também sabemos a dita…, tem perna curta.

Vem esta conversa, a propósito, de nos querem fazer acreditar, que a responsabilidade pelo aumento de casos de covid 19 em Janeiro de 2021, foram as festividades de Natal e os convívios familiares.

Ao princípio foram alguns técnicos, sobretudo "médicos intensivistas" ligados ao ambiente hospitalar, que outra coisa não veem se não máquinas e o que se passa dentro das paredes dessas instituições, aliados a uma comunicação social asquerosa sensacionalista, que rapidamente quiseram culpar o governo por ter permitido as festividades natalícias.

O governo primeiro quis contestar e dizer que a culpa não era sua, mas sim dos portugueses que são uns inconscientes e desrespeitaram os nobres conselhos governativos. Mas, rapidamente, preferiu admitir essa hipótese, a ser acusado de incompetência e irresponsabilidade por não ter previsto e planeado as respostas a algo que era mais que previsível (uma 3ª vaga violenta) e que qualquer pessoa, com um mínimo de conhecimento epidemiológico e bom senso, teria previsto. Avisos não faltaram por parte de alguns, poucos, epidemiologistas e políticos com alguma experiência de vida.

Os 12 exemplos que hoje aqui publico, de países tão diferentes de Portugal, espalhados por vários continentes, com culturas tão díspares (alguns nem o Natal festejam), que tomaram medidas completamente diferentes, demonstram que a pandemia teve essa evolução porque é assim que acontece nas infecções virais respiratórias, independentemente das medidas de minimização que tomem os governos.

Já no que toca às consequências (mortes e sequelas), aí sim, as diferenças podem ser abismais, e são, dependendo do planeamento e das capacidades dos serviços de saúde de cada país. E aí, Portugal, esteve entre os piores. Responsabilidades? Em primeiro lugar, não duvidemos, de quem governa e dos técnicos que se rodeiam para os aconselhar.

Comparem-se os Gráficos que apresento a seguir. Em comum têm, pelo menos, duas coisas:

- Um nº reduzido de casos no mês de Novembro;

- E uma subida exponencial no nº de casos durante o mês de Dezembro (mais semana menos semana), com pico pandémico no mês de Janeiro de 2021.

Países referidos: Portugal, Reino Unido, Espanha, R. Checa, Israel, Japão, Emirados Árabes Unidos, Letónia, Eslováquia, Palestina, Irlanda e Dinamarca. E outros há com curvas idênticas, mas com datas ligeiramente diferentes.

Não me digam que todos eles andaram a festejar o Natal!!!          








 

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