Há uma semana
comentava aqui aquando da avaliação da evolução da curva de testes positivos à
covid 19: “Quase me dá “medo” de comentar a evolução da curva pandêmica nesta
semana de 1 a 7 de Fevereiro, não vá a coisa dar azar!”. Hoje, passada que é
mais uma semana, estou mais seguro de que a curva parece estar consistente na
sua trajectória descendente, já que essa descida se faz há 3 semanas
consecutivas.
Desde a semana
que terminou a 24 de Janeiro que o nº de casos semanal baixou de 86 389 casos,
para no final desta semana se ter situado nos 17 837 casos. Isto é, uma
redução praticamente para 1/5. Valores semelhantes aos que se verificavam em
meados de Outubro de 2020. Possivelmente a 3ª Vaga pandémica chegou ao fim!
Na base desta
descida acentuada, não faltam vozes reclamando, sobretudo dos governantes, que
tal se deve às medidas tomadas, nomeadamente ao uso obrigatório de máscaras
(que vem desde o final de Outubro), ao confinamento (quase) total iniciado em
15 de Janeiro, ou ao encerramento das escolas a 22 de Janeiro. A todos
aconselhamos a olhar para o gráfico em baixo.
Sobre o impacto
de uso das máscaras, apesar do folclore que se avizinha com a exigência de já
não bastar uma, agora terem de ser duas, parece-me estarmos conversados; quanto
ao fecho das escolas, quando tal se efectivou, já a curva iniciava a sua
trajectória descendente. Quanto ao confinamento, só com muito boa vontade
poderemos divisar a sua influencia na curva, a julgar pelo que vejo e oiço diariamente sobre o seu cumprimento, embora aceite alguma influência,
sobretudo na diminuição de convívios de “promiscuidade” (não respeito pelo
distanciamento) em festas, festinhas e festanças. No entanto, apesar de muitos
portugueses se encontrarem em prisão domiciliária, convém ter em conta que,
será duvidosa a existência de alguma casa portuguesa, onde a maioria dos seus
membros, não saem à rua regularmente e diariamente pelas mais diversas razões e permissões da
lei.
Razões então
para o fenómeno? Pois, a minha resposta é sempre a mesma: Evolução da história natural da doença: 4 a 5 semanas de ascensão,
pico, e descida para valores residuais, até ao próximo ataque. Foi assim em
Março/Abril, em Outubro/Novembro; e agora em Dezembro/Janeiro. Já em 1917/18 a
história assim tinha sido.
Como diz o Professor Jorge Torgal, sempre que se faça avaliação da pandemia, convém sempre olhar para o lado e para trás.
Apesar de ser
sobre Mortalidade, não me custa aceitar que o gráfico de Incidência também terá
sido parecido no seu perfil. Aqui fica o Gráfico sobre a mortalidade da
Pandemia de 1917/1919 no Reino Unido. Em Portugal terá sido muito parecido.
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