De acordo com os
comentadores do regime e os intoxicadores das redes sociais, dizer que a evolução da Dívida Pública
portuguesa dos últimos 3 anos nada tem a ver com a doidice em que se caiu desde
o ano 2000, é o mesmo que dizer que, quem o faça, e de acordo com a origem
do julgador, se possa preparar para umas 50 vergastadas se islâmico for, ser excomungado
pelos judaístas, ou ir parar à fogueira inquisidora dos católico antigos. No
fundo, o que esses julgadores e as respectivas claques dos macacos de imitação (“via
likes”) querem, é fazer crer aos incautos que tudo está igual ou pior, no que à
Divida Pública diz respeito. Ora só um cego pode acreditar nisso. Ou pior,
aqueles que não querem ver, que como dizia o outro, são os piores dos cegos.
O Gráfico é tão evidente que me abstenho de o comentar. Direi apenas que em 15 anos (desde 2000), 2014 foi o 3º ano em que a Dívida Pública portuguesa menos cresceu: 5, 3 mil milhões de euros. Só em 2000 e em 2007 se fez melhor.
Convém ainda acrescentar que, em 2012 e 2013, foram incluídos cerca de 15 mil milhões de euros de dívida que estava escondida (pelo brilhante governo de sócrates) nas empresas de transportes; e que, actualmente, existirão nos cofres do estado mais cerca de 15 mil milhões de euros que nos irão permitir pagar a dívida ao FMI, e para outras despesas.
Mas como isto de
um país pode parecer coisa muito complicada para a maioria dos cidadãos, peguemos no exemplo de
uma pequena família de 4 pessoas: pai, mãe e 2 filhotes.
Era uma vez:
No ano 2000 da
nossa era, esta família tinha uma vida e umas finanças equilibradas, apesar de já terem alguma dívida: os adultos
tinham o seu ordenado anual de 4 200 contos (150 contos por mês/cada), embora já
tivesse uma dívida de cerca de 2 200 contos de um empréstimo de habitação. A
partir daí (com o crédito fácil e “juros baratos” que lhes ofereceram depois da
entrada no “euro”), até ao ano de 2011, esta família, em média, todos os anos
aumentou a sua dívida (entre empréstimos e juros), 210 contos/ano (1 050 euros
em moeda actual), o que quer dizer que no início de 2012, a dívida já ascendia a 23 600 euros. Isto é, em 12 anos a sua dívida, se a moeda ainda fosse
o escudo, disparou dos 2 200 contos (ano 2000) para uma dívida de 4 720 contos
(final do ano de 2011).
Apesar dos 2
adultos em 2011, terem rendimentos que rodam os 22 500 euros anuais; enquanto
no ano 2000 deviam 50% desses rendimentos, no início de 2012 os seus
rendimentos anuais já não chegavam para pagarem a dívida, e precisavam ainda de lhe
acrescentar 1 100 euros.
Isto quer dizer
que, durante 12 anos esta família gastou todos os anos, em média, mais 1 050
euros do que recebia. Mas nos 3 últimos anos (2009 – 2011) o descalabro foi de
tal ordem que chegaram a gastar mais 2 500 euros/ano do que recebiam. Isto é, nesses
fatídicos 3 anos, esta família, devido aos seus compromissos precisava de 25 000
euros/ano para viver: Só tinham rendimentos de 22 500 e uma dívida acumulada de
23 600 euros!
Os “amigos”, já
ninguém lhes queria emprestar dinheiro, e os que arriscavam, era com juros de
12% ao ano. Um dos cônjuges estava à beira de ficar sem emprego, o que equivalia a menos 12 000 euros ao ano no orçamento familiar.
As perguntinhas
que se põem são muito simples:
- Como é que se pode por esta família a
viver da mesma maneira, mantendo o mesmo estilo de vida, mas com apenas com 22
500 euros (se o dito cônjuge não cair no desemprego!)?
- Como é que isso se pode fazer de um dia
para o outro?
- E quem é paga os compromissos em atraso e assumidos (dívida),
nomeadamente: ao Zé da mercearia, ao Chico do Talho, o casaquito para o
inverno, os livros em dívida dos putos, a prestação, gasolina e seguro do
carro, o tabaquito, as bejecas, etc.?
Nota Final:
Pelas minhas contas, em 2014 parece que esta família ainda não conseguiu começar a diminuir
a sua divida aos bancos, aos amigos, e aos familiares. Também não se peçam milagres. Roma e Pavia não se fizeram num dia, nem em 3 anos! Mas através do Gráfico que apresento em cima, e salvo a distância que vai de um país para uma família, em 2012, a família, já conseguiu viver com 24 500 euros (- 500 euro que o
ano anterior); em 2013 passou para 24 000 (- 1000 euros que em 2011); e em 2014
já se aguentou com 23 000 (menos 2000 que no ano de 2011, e apenas mais 500
euros do que os seus rendimentos anuais. Se isto não é evolução, que me
desculpem!
Mas quem sabe mesmo de milgres destes é o Costa, o Jerónimo, a Catarina, o Louçã, o Bagão, a Manuela, o
Mendes, o Marcelo, o Pacheco, ou ao grande economista do regime o Nicolau
(expresso) dos laços.
Eu por mim
gostava de saber como eles fariam, para ir programando o meu voto! É que só já faltam 7 messes
para as eleições, e eu gosto de programar com tempo...
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