Eu sempre o considerei um dos maiores
responsáveis pela situação financeira a que chegámos, como aqui escrevi em Maio
de 2011, o todo-poderoso Victor Constâncio, mas vê-lo dito por um seu “camarada”,
e comparado com a figura funesta do “osama”, “arre porra” que é muito forte:
“O responsável número um da nossa desgraça é um banqueiro central - O
economista e ex-ministro da Economia de António Guterres, Daniel Bessa, afirmou
no Porto que “o responsável número um da nossa desgraça é um banqueiro central,
cujo nome, porém, omitiu.
“O
engenheiro Sócrates é muito responsabilizado, e não há ninguém que o
responsabilize mais do que eu, mas eu vejo-o como aquele egípcio que tomou os
comandos do Boeing que se precipitou sobre as Torres Gémeas, continuou Daniel Bessa.
(…)
Daniel
Bessa disse que já o Boeing ia a caminho das Torres Gémeas e ele (José
Sócrates), no cumprimento de um guião qualquer, sentou-se ao comando, acelerou
quanto pôde e, connosco lá dentro, enfiou-se contra as Torres Gémeas.
É
um destino, não tem nada de mal, cada um cumpre a sua função na vida e portanto
ficará para a história por isso. Mas essa não é a responsabilidade maior. A
responsabilidade maior é do mentor, não é do executante, e o mentor esteva no
Banco de Portugal”, prosseguiu Daniel Bessa, fazendo rir a assistência.
Segundo
concluiu o economista, o mentor disse que a partir da entrada no Euro, uma
pequena economia aberta e financeiramente integrada, no regime de moeda única,
não tem restrições financeiras. Endividar até sempre."
Notas
complementares:
-
23 /2/2000: Victor Constâncio na sua tomada de
posse como Governador do Banco de Portugal: “Sem
moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais
aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que
tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a
dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de
uma grande união monetária.”
- 02/07/2003: “O
governador do Banco de Portugal relativizou inclusivamente a importância (…) do
endividamento dos agentes económicos e o necessário ajustamento das suas
poupanças, do endividamento da banca ao exterior ou das questões estruturais da
competitividade.”
- 1/6/2009: Endividamento externo não é prioridade, defende Vítor Constâncio
- 1/6/2009: Endividamento externo não é prioridade, defende Vítor Constâncio
ADENDA: Os sócraticos desmentem a tese de Daniel
Bessa. Garantem que a culpa é mesmo do seu chefe.
Mas ainda falta o outro grande responsável.
Não é Sócrates, não é o Coelho, não é o Barroso, não é o Guterres, nem pensar
no Santana que nem aqueceu o lugar, o Soares já foi há tanto tempo!
Quem será?
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