O dinheiro não aparece sempre, há coisas
que, afinal, acabam por mudar. Até quando menos se espera.
“A espiral de dívida que engoliu o grupo (Espírito Santo) é
fruto de erros de gestão e de muita megalomania, da convicção de que o imenso
poder da família e de Ricardo Salgado – associado a um nome antigo e
prestigiado – continuaria a abrir todas as portes, e cofres, que fosse
necessário. Mas isso não sucedeu porque nunca sucede de forma indefinida.
Quando essas portas ficaram reduzidas à PT, percebeu-se que tudo tinha acabado
– e acabou agora para o GES como tinha acabado em 2011 para o nosso país e o
governo de José Sócrates. Como país aflito, tivemos então a ajuda de quem nos
assegurou o financiamento destes três anos; como família endividada, os
Espírito Santos não tiveram, nem poderiam ter, a ajuda do erário público ou do
banco do Estado. É isso que explica que a família tenha falido e nós ainda não.”
(...) Pelo que sabemos até ao momento, há pelo
menos duas coisas que se passaram de forma muito diferente do que antes era
hábito. Primeiro, o Banco de Portugal, mesmo sem fazer estardalhaço público,
estava há muito tempo a tratar de separar o BES dos activos contaminados do
grupo. Se não o tivesse feito não sei como estaríamos hoje. Depois, houve um
governo e um primeiro-ministro que disseram não a Ricardo Salgado, alguém que
se recusou a pedir ao banco do Estado para ajudar a família em dificuldades,
uma recusa que, sejamos claros e francos, não era sequer imaginável há dois ou
três anos. Sobretudo não seria imaginável no tempo no tempo do governo
anterior, no tempo em que Ricardo Salgado era cúmplice (e parceiro) da
estratégia política de José Sócrates.”
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