terça-feira, 20 de maio de 2014

Novos Rumos, contos velhos...

Em plena campanha para as eleições europeias, que têm como objectivo principal a eleição de Deputados que representarão Portugal no Parlamento Europeu, veio o Partido Socialista (PS), que acusa o Governo de ser “eleitoralista”, na Convenção: - Um novo Rumo para Portugal, e pela voz de Tó Zé Seguro, apresentar 15, das 80 medidas para o seu Programa de Governo.

Não tenhamos a mínima dúvida que esta é a altura ideal para apresentar um Programa de Governo, e que isto é tudo menos eleitoralismo! Lol, como dizem os putos.

Como escrevi no Post anterior, nas contas do Estado português em 2013, depois de todos os cortes, ainda registou um défice de cerca 8,2 mil milhões de euros; em 2014, se se cumprir o Orçamento, o que duvido (basta o Tribunal Constitucional chumbar algumas medidas, como parece que vai fazer), está previsto ainda rondar os 6 mil milhões de euros; e em 2015, segundo o Tratado Orçamental a que o próprio PS está comprometido, esse défice (2,5% do PIB), terá que rondar, mais coisa menos coisa, entre os 3 e os 4 mil milhões de euros.

Nas primeiras 15 medidas, as 6 de cariz económico-financeiro, propostas pelo PS para quando for Governo, nesse Novo Rumo, são as seguintes:

- Acabar com a TSU dos pensionistas (Medida 1)
(Diminuir Receita e Aumenta Despesa)

- Revogar os cortes no Complemento Solidário de Idosos (Medida2)
(Aumenta Despesa)

- Não despedir na função pública (Medida 3)
(Aumenta ou mantém Despesa)

- Acabar com a sobretaxa de IRS (Medida 4)
(Diminui Receita)

- Não aumentar a carga fiscal (Medida 9)
(Mantém Receita)

- Procurar que, no quadro do Tratado Orçamental, o país chegue a um saldo estrutural de 0,5% do PIB (Medida 13)
(Isto é, ter um superávite nas contas do Estado, de cerca de 1 000 milhões de euros)

Pergunto eu parvamente:

- Então como é que é possível, com medidas que parecem não aumentar as Receitas (antes parecem diminuí-la); e com várias medidas que irão aumentar a Despesa. Como é que se passa de um Défice de 8,2 mil milhões, para um “superavite” de 1 000 milhões de euros?

Ou eu não sei nada de contas, ou o Tó Zé tem uma máquina de fazer euros, ou quer fazer de nós, não parvos, mas muito parvos!

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