Em plena
campanha para as eleições europeias, que têm como objectivo principal a eleição
de Deputados que representarão Portugal no Parlamento Europeu, veio o Partido
Socialista (PS), que acusa o Governo de ser “eleitoralista”, na Convenção: - Um novo Rumo para Portugal, e pela
voz de Tó Zé Seguro, apresentar 15, das 80 medidas para o seu Programa de Governo.
Não tenhamos a mínima
dúvida que esta é a altura ideal para apresentar um Programa de Governo, e que isto é tudo menos eleitoralismo! Lol, como dizem os putos.
Como escrevi no
Post anterior, nas contas do Estado português em 2013, depois de todos os
cortes, ainda registou um défice de cerca 8,2 mil milhões de euros; em 2014, se
se cumprir o Orçamento, o que duvido (basta o Tribunal Constitucional chumbar
algumas medidas, como parece que vai fazer), está previsto ainda rondar os 6
mil milhões de euros; e em 2015, segundo o Tratado Orçamental a que o próprio PS
está comprometido, esse défice (2,5% do PIB), terá que rondar, mais coisa menos
coisa, entre os 3 e os 4 mil milhões de euros.
Nas primeiras 15 medidas, as 6 de cariz económico-financeiro, propostas pelo PS para quando for Governo, nesse Novo Rumo, são
as seguintes:
- Acabar com a TSU dos pensionistas (Medida
1)
(Diminuir
Receita e Aumenta Despesa)
- Revogar os cortes no Complemento
Solidário de Idosos (Medida2)
(Aumenta
Despesa)
- Não despedir na função pública
(Medida 3)
(Aumenta ou
mantém Despesa)
- Acabar com a sobretaxa de IRS (Medida
4)
(Diminui
Receita)
- Não aumentar a carga fiscal (Medida
9)
(Mantém Receita)
- Procurar que, no quadro do Tratado
Orçamental, o país chegue a um saldo estrutural de 0,5% do PIB (Medida 13)
(Isto é, ter um superávite nas contas do Estado, de
cerca de 1 000 milhões de euros)
Pergunto eu parvamente:
- Então como é
que é possível, com medidas que parecem não aumentar as Receitas (antes parecem
diminuí-la); e com várias medidas que irão aumentar a Despesa. Como é que se
passa de um Défice de 8,2 mil milhões, para um “superavite” de 1 000 milhões de euros?
Ou eu não sei nada de contas, ou o Tó Zé
tem uma máquina de fazer euros, ou quer fazer de nós, não parvos, mas muito
parvos!
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