Assisti na
última Quinta-Feira, em Reunião de Câmara, à discussão e aprovação das Grandes
Opções e do Plano (GOP) 2015-2018, e ao Orçamento para 2015 do município de Marvão.
No que toca às
GOP, parece que a coisa se resume a “não
haver plano”, quanto mais opções! A provar o que acabo de dizer está, que o
presidente Vítor Frutuoso não perdeu mais de 2 minutos a apresentá-las, e só
depois de ter sido instigado a fazê-lo pelo vereador da oposição Nuno Pires,
senão nem isso faria, tal a importância que parece dar aos Documentos mais relevantes
da vida de um município ou, o à vontade com que pensa estar a governar. Os
únicos projectos no horizonte de que ouvi falar, que até nem são novos, foram as
aquisições do Bairro da Fronteira de
Galegos (358 000 euros) e dos Terrenos
da antiga Celtex em SA das Areias (150 000 euros); e o melhoramento da Rede Águas também em SA das Areias (239
000 euros). O resto é o seguimento dos diversos eventos que vêm do passado.
Quanto ao
Orçamento, como é lógico, não havendo projectos, nada de novo em relação aos anteriores. É desfrutar de rendimentos. Nada que qualquer dona de casa não soubesse
administrar com a maior das facilidades.
No que às Receitas diz respeito, estas estão previstas no valor de 5 448 milhões de euros.
- 3 271 milhões de euros (60%) serão assegurados pelos nossos
impostos através OGE;
- 667 mil euros
virão de Fundos Comunitários (13%);
- 400 mil virão
do IMI e afins (7%);
- 500 mil da
venda de bens e serviços (9%).
- Ficam a faltar
600 mil euros de outras receitas (11%).
Qual é a
Organização que tendo uma fonte de Receitas assim assegurada, tem dificuldades
de gestão? Só se forem muito burros (ou andem a brincar com o nosso dinheiro),
e isso é o que não tem faltado noutros lados. Pelo menos, nesta situação,
faça-se justiça a Vítor Frutuoso que tem tido “alguma” sensatez, e dirige um município
exemplar a nível financeiro.
Quanto às Despesas aqui deixo a previsão para as
mais significativas:
- Despesas com
pessoal: 1 800 milhões de euros (33%)
- Aquisição de
bens e serviços: 1 754 milhões de euros (30%)
- Investimentos:
1 253 milhões de euros (23%)
Para cumprir o
Orçamento sobram cerca de 600 mil euros para outras despesas. Como
se vê nada difícil.
Espero não ter
sido demasiado reducionista na minha análise, mas isto foi ao que eu assisti.
Por isso sou defensor que os executivos municipais não deveriam durar mais de 2
mandatos. Se assim fosse, certamente, que o balanço de Vítor Frutuoso à frente
da Câmara Municipal de Marvão, teria de ser reconhecido como o de um bom
autarca.
Perpetuar-se
mais 4 anos no poder (a gastar 5 milhões ao ano), quando já esgotou o seu
programa para o concelho, em mera gestão corrente, suportado por um grupo
amorfo que só lhe complicam a vida e de onde não sai uma ideia ou proposta
(vereadores e membros da assembleia municipal), apenas para manter privilégios,
não irá abonar nada a favor dos marvanenses e do concelho de Marvão.
Tal acabou por
ser reconhecido, implicitamente, pelo próprio Vítor Frutuoso quando teve
conhecimento da Declaração de Voto apresentada pelo Vereador Nuno Pires onde
enunciou meia-dúzia de propostas, e sobre o qual teceu o seguinte desabafo:
- Este Declaração vai ser para mim como uma
bíblia!
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