O genial programa do Costa
pelo comendador Marques Correia in Jornal Expresso
"A Coluna de Alterne, única que vê o mundo como ele é, não tem dúvidas. Em matéria de programas políticos, António Costa leva a Palma (e a Almirante de Reis e o Martim Moniz) a todos os outros políticos. Vejamos porquê:
Costa avançou para o partido, mas com o cuidado de não revelar o que seriam as grandes linhas da sua acção. Isso - disse - ficaria para o Congresso.
Agora, que avança para o Congresso, tem o extremo cuidado de não revelar as linhas fundamentais do que fará quando chegar ao Governo. Apresenta uma agenda para a década, que como se compreende (até por ser para 10 anos, tem de ser vagamente... hum... vaga). A solução dos problemas concretos, afirma - e bem -, ficará para uma grande discussão que se fará brevemente.
Para o ano, Costa avançará para as eleições com um programa eleitoral que será o resultado das grandes linhas para o Congresso, do grande debate entretanto feito, da Agenda para a Década e de todos os contributos que receber. No entanto, ninguém espere uma concretização excessiva, porque isso terá de ficar para o programa de Governo, que será mais abrangente do que o PS, como, em boa hora, já prometeu.
O próprio programa do Governo não poderá, tendo em conta a diversidade e multiplicidade de acordos feitos, ser absolutamente específico. Essa especificidade é própria de um Orçamento, pelo que no Orçamento do Estado feito pelo Governo de António Costa teremos mais certezas sobre o caminho que o país percorrerá.
No entanto, como se sabe, Costa defende Orçamentos do Estado plurianuais, o que é bem visto. Assim sendo, o próprio Orçamento, como o próprio Costa explicou ao jornal "Público", numa inovação saudável e respeitável "é móvel e vai sendo adaptado".
Digam lá quem não fica rendido a isto? Só se for o Dr. Pires de Lima..."
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