Arménio era um
trolha da areosa, que tinha um par de olhinhos azuis, que quando me fixavam, no
baile, me punham indefesa e tão nervosa. Arménio tenho nas minhas gavetas, aerogramas,
cheios de erros de ortografia, perfumados entre as minhas meias pretas, aquelas
que te punham em estado de euforia!
Arménio fui tua
madrinha-de-guerra, rezei por ti, longas novenas sem fim. Para voltares
inteirinho, e sem mazelas, mas ficaste por lá tão perdido no capim. Arménio
quantos sonhos e planos? Prometeste que me levavas a Lisboa em Junho, no dia
dos meus anos, bem sabes que a
memória, é um atributo dos gémeos...
Esperemos que estes não incomodem a aviação e a marinha, mas sobretudo, não chateiem muito....
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