Passos Coelho,
primeiro-ministro de Portugal, deu ontem uma entrevista ao Canal 1 da RTP. Em
minha opinião até nem esteve muito bem. Não na postura do “estou melhor assim? ou assim...?”, como o outro que agora está
atrás das grades, mas sobretudo em relação aos conteúdos que, me parece, são o
que interessa. Devia ter-se preocupado, especialmente, em realçar, de forma
objectiva, como estava o país quando tomou posse do governo, o que mudou desde
então, e o que pensa fazer para o futuro, de uma maneira muito clara e simples,
dizendo as verdades, não cair na tentação do facilitismo, para que toda a gente
o percebesse. E aí, Passos Coelho, continua a revelar algum défice de
comunicação para o grande público, digo eu.
Mas o que mais
me indignou foi o corrupio dos representantes da oposição a correrem,
desalmadamente, para comentarem a entrevista, como quem está aflitinho para ir
à casa de banho, sem um período de análise e reflexão sobre a mesma, a debitar
opiniões feitas, e os gajos da comunicação social a estenderem os solícitos microfones,
como quem oferece o papel higiénico para os ditos limparem o pipi ou a pilinha consoante
o género. Depois, é vê-los afastarem-se para os seus camarins, como quem se
aliviou de uma qualquer necessidade urgente, e, darem a vez aos papagaios
comentadores, que agem como moscas, atirados a uns e a outros, como quem devora
as fezes mais saborosas.
Pobre política,
e que maus políticos elegemos....
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