sábado, 29 de novembro de 2014

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Política à portuguesa...


Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal, deu ontem uma entrevista ao Canal 1 da RTP. Em minha opinião até nem esteve muito bem. Não na postura do “estou melhor assim? ou assim...?”, como o outro que agora está atrás das grades, mas sobretudo em relação aos conteúdos que, me parece, são o que interessa. Devia ter-se preocupado, especialmente, em realçar, de forma objectiva, como estava o país quando tomou posse do governo, o que mudou desde então, e o que pensa fazer para o futuro, de uma maneira muito clara e simples, dizendo as verdades, não cair na tentação do facilitismo, para que toda a gente o percebesse. E aí, Passos Coelho, continua a revelar algum défice de comunicação para o grande público, digo eu.

Mas o que mais me indignou foi o corrupio dos representantes da oposição a correrem, desalmadamente, para comentarem a entrevista, como quem está aflitinho para ir à casa de banho, sem um período de análise e reflexão sobre a mesma, a debitar opiniões feitas, e os gajos da comunicação social a estenderem os solícitos microfones, como quem oferece o papel higiénico para os ditos limparem o pipi ou a pilinha consoante o género. Depois, é vê-los afastarem-se para os seus camarins, como quem se aliviou de uma qualquer necessidade urgente, e, darem a vez aos papagaios comentadores, que agem como moscas, atirados a uns e a outros, como quem devora as fezes mais saborosas.

Pobre política, e que maus políticos elegemos....  

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Reflexão do dia (3)



Diz Mário Soares: "todo o PS está contra esta bandalheira".

Alguém se atreve, e tem coragem, de perguntar a António Costa se isto é verdade?

Reflexão do dia (2)

A presumível inocência de Sócrates: Assino por baixo meu caro João Miguel Tavares: 

"Da mesma forma que os gatos têm sete vidas, eu acho excelente que um cidadão tenha sete presunções de inocência. O problema de José Sócrates, tal como o de um gato que falece, é que já as gastou. Sócrates foi presumível inocente na construção de casas na Guarda, foi presumível inocente na licenciatura da Independente, foi presumível inocente na Cova da Beira, foi presumível inocente no Freeport, foi presumível inocente na casa da Braamcamp, foi presumível inocente no assalto ao BCP, foi presumível inocente na tentativa de controlar a TVI, foi presumível inocente no pequeno-almoço pago a Luís Figo. Mal começou a ser escrutinado, a presunção de inocência tornou-se uma segunda pele."

Continuar a ler aqui.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Sócrates absolvido!


“Cessem do sábio Grego e do Troiano, as navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano a fama das vitórias que tiveram (...); 

Que eu decreto....”


O “padrinho” sentenciou. Está decidido. A partir daqui tudo é legítimo...




Velho do c******, que nunca mais te calas...


Quem é esta gente? Recordar...





por Ricardo Lima

“Ao contrário da maioria das pessoas que me têm abordado para debater a detenção e do que se vai ouvindo no café e no autocarro, sou dos pouco que conheço que não considera este caso – José Sócrates – o mais importante da justiça portuguesa. Pelo contrário, não o considero o mais importante do ano. O título está reservado para o dia em que acordei com a notícia que aquele a quem apelidavam de “o Dono disto Tudo” havia sido detido. Nesse dia tomei por certo que todo o dominó de favores e apoios estabelecidos em torno do Grupo Espírito Santo e da pessoa de Ricardo Salgado havia de dar de si, mais tarde ou mais cedo.

A crise da PT foi o primeiro grande abalo do regime. Se o BES era o grande símbolo corporativista herdado do regime anterior, a PT era um dos pilares do novo, ninho dos abutres de 76, sempre de mão dada com o Estado, mesmo após a privatização. Só neste processo de deterioração de um regime cuja podridão já vinha sendo profetizada pode explicar o que aconteceu este fim-de-semana.

Mais que uma credibilização do sistema judicial – o que não o isenta do mérito – deve ser entendida como uma descredibilização de uma oligarquia enfraquecida. Tem que ser entendida numa linha de interesses económicos que floresceram no Estado Novo. Foram quase que varridos do país no putsch de 74 para retornarem e varrerem eles mesmos a III República, uns anos mais tarde, tornando-se, mais que senhores do país, seus senhorios. Amigo pessoal de reis e primeiros-ministros, Salgado esteve sempre envolvido nos momentos chave da política portuguesa. Convence Cavaco a candidatar-se à presidência e tem um papel activo na demissão de Santana Lopes. Acolhe Barroso no seio do BES, numa posição que o ajuda a manter-se até assumir a liderança do PSD. Está metido nos submarinos, nas obras públicas de Sócrates, na PT, na privatização da EDP, na Fomentinvest onde Passos Coelho foi director. É do seu grupo que sai Mário Lino, ministro da economia de Sócrates e é com o ex-PM que tem a relação mais próxima e cúmplice.

O Estado não é pessoa de bem. Em Portugal, o Estado não só não é de bem, como é controlado pelos meninos de bem das antigas famílias, como seus senhorios e pelos betinhos das jotas – muitos deles enteados do novo-riquismo – como seus senhores. Este fenómeno transversal a diversas áreas das ciências humanas devia ser estudado nas grandes universidades francesas, palcos dos mais insólitos estudos sobre o Homem e os seus devaneios. Só na academia se encontrarão cérebros capazes de explicar a ascensão deste “Engenheiro” – que nem para isso servia – a São Bento. E se só um sociólogo pode explicar a ascensão de Sócrates, só um criminólogo pode explicar o seu governo e a sua travessia do deserto – que mais foi um forrobodó de luxo financiado, directa ou indirectamente, pelo erário público, à revelia da lei e da ética. O homem que tentou limpar a comunicação social, afastando Crespo, José Manuel Fernandes, Moura Guedes, que comprou uma guerra com o Sol e se lançou em esforços para comprar a TVI. O “pai” da desgraça do Euro 2004.

O homem do betão e das PPP´s, padrinho dos empreiteiros e das concessionárias que ainda hoje nos assaltam. Mentor do desgoverno financeiro que nos entregou aos credores, escudeiro do Estado forte, grande, ineficiente, metediço. Protagonista de um pós-bolivarianismo de tons ibéricos. 

Sócrates foi o último terramoto desde cataclismo que foi o regime nascido da Abrilada. Passos Coelho será, talvez, uma pequena réplica de mau gosto.

Mais que o julgamento, nos tribunais, de um dos homens que nos desgraçou a todos, este é o julgamento, público, do bando de abutres que nos vem pilhando desde sempre. Daqueles que nos ministérios e nas empresas defecaram na pouca dignidade que resta à nação, roubando – qualquer outra palavra é eufemismo – sem eira nem beira, perpetuando-se a si e aos seus no poder – político e económico. Este é o julgamento de uma terceira via, um capitalismo de socialistas caviar, um socialismo de capitais desviados. Este é o julgamento de um modelo de governação assente no compadrio, no suborno, na coerção, na corrupção aos mais altos níveis da sociedade.

Mas acima de tudo, este é o julgamento de um país e de um povo que gerou políticos à sua imagem. 

Das boleias e quotas pagas nas concelhias por uma conta mistério em vésperas de eleições. Dos clubes de futebol da terrinha e dos terrenos que vão andando de mão em mão. Este é o julgamento do chico-espertismo que tenta sempre passar à frente, no trânsito, na fila da repartição das finanças. Do menino que liga aos amigos do pai por causa daquela vaga na universidade, do pai que liga ao colega do secundário, que agora trabalha na Junta, para dar uma ajudinha ao colega que ficou desempregado. É o julgamento das garrafinhas de whiskey e dos bacalhaus pela consoada, para pagar favores do ano inteiro. Dos exames de condução feitos na marisqueira, dos vistos apressados no consulado, daquela licença para obras agilizada com uma sms ao senhor vereador.

Mais que o julgamento dos canalhas que nos governam, é o julgamento dos canalhas que se governam. E em Portugal todos se tentam governar às custas uns dos outros. O que está aqui em jogo e a reflexão que se pretende não gira em torno do debate esquerda/direita, liberalismo/conservadorismo ou este governo é pior que o outro e vice-versa. Isso são discussões pertinentes, importantes, mas devem ficar para outro dia. O que está aqui em jogo é a ausência de vergonha que grassa em Portugal e nos portugueses.

O Zé – não o Sócrates ele mesmo – que é hoje deputado sem conseguir conjugar um verbo sem calinadas e entender-se com o sujeito e o predicado podia ser você, caro leitor. Com um pouco mais de esforço e afinco e se o André que brincava consigo e com os seus primos na casa de férias não tivesse perdido aquelas eleições, na federação académica ou na distrital. Se o Carlos, seu cunhado, não tivesse perdido aquela vaga na empresa, que até costumava fazer negócio com aquele ex-secretário de estado que agora está a “trabalhar” no ramo. O que o meu caro amigo teve não foi nem a ética nem a dignidade de cuja falta se acusam os nossos políticos de ter, como se abundasse na sociedade.

O que o meu amigo teve foi falta de sorte. Mas não se queixe. Ainda há uns meses conseguiu aldrabar umas facturas para “meter no IRS”. O empregado da Junta, que pôs a tijoleira lá em casa, deixa-o sempre estacionar lá o carro. O Mendes da esquadra deu um toquezinho relativamente àquela multa, mas também ninguém o mandou estacionar num lugar para inválidos. O meu amigo dê é graças a Deus por ter passado à frente nas urgências quando lhe deu aquela coisa no ano passado ou quiçá não estivesse aqui a terminar de ler este artigo. E não tenha vergonha. Todos o fazem. Se não fosse você, seria outro a aproveitar.


E no que toca a benesses, antes nós que os outros!”

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Mais razão e menos coração - Um pouquinho de reflexão nunca fez mal a ninguém

Introdução
por João Bugalhão

Dedicado a todos os que andaram a enaltecer as qualidades “teatrais” da criatura, aqueles que dão mais valor à forma do que aos conteúdos, àqueles que promovem e defendem “o estou melhor assim? Ou assim...”, àqueles que só agora viram o que era evidente, àqueles que não ligaram quando ouviram (em escutas que não são valorizadas) o amigo vara dizer ao pinto em 2009 “... temos dois anos para sacar tudo o que pudermos”!). Mas sobretudo, para aqueles que pensam que pinto de sousa está sozinho nesta bandalheira de que todos somos responsáveis....

De facto os políticos não são todos iguais, nós, os portugueses, é que somos uns bandalhos. E muito distraídos...


É legítimo supor
por José Gomes Ferreira (tirado daqui)

“A propósito da detenção de José Sócrates, recordo por estes dias vários momentos da vida política do país e do exercício do jornalismo em Portugal.

5 de Janeiro de 2009: No final do primeiro mandato e já em ano de eleições legislativas, o primeiro-ministro aceita dar uma entrevista televisiva à SIC, conduzida por mim e por Ricardo Costa. No decurso da conversa tensa, crispada, José Sócrates é confrontado com um gráfico do próprio orçamento de Estado de 2009, que mostra o verdadeiro impacto das sete novas subconcessões rodoviárias em regime de parceria público privada: a conta a cargo do contribuinte é astronómica, mas só começará a ser paga...em 2014.

A reacção do político é de surpresa desagradável, de falta de argumentos rápidos, pela primeira vez em muitos momentos de confronto jornalístico com a realidade das políticas que estavam a ser lançadas como "as melhores para o país", sem alternativa válida. Na mesma entrevista, Ricardo Costa questiona o então primeiro-ministro sobre o verdadeiro impacto da política para o sector energético, que estava a invadir a paisagem com milhares de "ventoinhas" eólicas. A reacção evoluiu da surpresa negativa para a agressividade.

No balanço dessa entrevista, boa parte do país "bem pensante" insurgiu-se contra...os jornalistas. Os nomes que então nos chamaram estão ainda na internet, basta fazer uma pesquisa rápida. Nesse ano de 2009, o Governo tinha lançado um pacote de estímulo à economia no valor de dois mil milhões de euros - obtidos a crédito no exterior porque nem Estado nem privados tinham já poupança interna suficiente. A maior parte do mega-investimento foi aplicada na renovação de escolas através da Parque Escolar. Uma crise decorrente de um brutal endividamento combatia-se com mais dívida.

No ano anterior, a Estradas de Portugal tinham visto os seus estatutos alterados por iniciativa do Governo. Passava a ser uma entidade com toda a liberdade para se endividar directamente, sem limite. Ao então primeiro-ministro, ao Ministro da tutela, ao secretário de Estado das obras públicas, perguntei muitas vezes em público se sabiam o que estavam a fazer. E fui publicamente contestado por andar a "puxar o país para baixo".

Em 2007, o então Ministro da Economia cedia por 700 milhões de euros a extensão da exploração de dezenas de barragens por mais 15 a 25 anos à EDP. Os próprios relatórios dos bancos de investimento valorizavam na altura esta extensão em mais de dois mil milhões de euros. A meados de 2009 começa a ouvir-se falar do interesse da PT em comprar a TVI. O negócio é justificado pela administração da empresa como uma necessidade de as operadoras de telecomunicações, distribuidoras de conteúdos avançarem para o controlo da produção desses mesmos conteúdos. Por aquela altura, já os casos, dos projectos da Cova da Beira, da licenciatura duvidosa e das alegadas luvas no Freeport faziam as páginas dos jornais e aberturas nas televisões.

Por aquela altura, o jornalista e gestor Luís Marques, dizia-me que era uma vergonha nacional Portugal ter um primeiro-ministro com indícios de ser corrupto. E que a nível internacional isso também já era notado. Confesso que apesar das dúvidas que tinha sobre a condução dos grandes negócios de Estado, achei exagerada a afirmação. Sublinho a altura em que foi feita - finais de 2009. 

O tempo, esse grande clarificador, fez o seu trabalho. 

Muitas mais histórias ouvimos desde então sobre a mesma personalidade política. Muitas investigações que já estavam em curso foram aprofundadas; muitas novas investigações foram iniciadas.

Desde há muito que está a ser questionada a legalidade da atribuição de concessões de barragens por valores irrisórios; que está a ser investigada a suspeita de favorecimento de decisores no processo das PPP rodoviárias; que foi investigada e estranhamente arquivada a suspeita de controlo deliberado da comunicação social através da compra de um grande grupo de comunicação social por uma empresa do regime; que se continuam a investigar a razoabilidade dos mega-investimentos em novas escolas e dos pagamentos avultados a determinados fornecedores...

Outras histórias mal-explicadas, como a da origem dos recursos para manter multiplicados sinais exteriores de riqueza, foram correndo o seu tempo e os seus termos, com ou sem intervenção das entidades de investigação...

O tempo, esse grande clarificador, faz sempre o seu trabalho.

A suspeita materializa-se agora sob a forma de detenção e prolongado interrogatório. A imprensa, desde sempre acusada de conspiração, destapa agora indícios de inquietantes de conluios com recetadores e correios de verbas muito avultadas.

Só se surpreende quem não quis ver os sinais.

É legítimo supor que mais investigações levarão a mais resultados. É legítimo perguntar porque é que no ano 2010 aparecem 20 milhões de euros na conta de um amigo na UBS, na Suíça. E é legítimo lembrar que em Julho desse ano a PT vendeu a Vivo à Telefónica por 7.500 milhões de euros. E é legítimo imaginar que negócios desse tipo requeiram "facilitadores".

Face ao que aconteceu na história recente deste país, é legítimo a um jornalista e a qualquer cidadão interrogar-se sobre tudo isto e muito mais. E é extraordinário ver que a maior parte do tempo de debate sobre esta mediática detenção é gasta em condenações à maneira de actuar das autoridades judiciais.

Como se fosse dever dos investigadores convidarem o suspeito para uma conversa amena num agradável bar de hotel, por ter ocupado o cargo que ocupou.

Não, o que está a acontecer em Portugal, com a queda do Grupo Espírito Santo e de Ricardo Salgado, as detenções de altos funcionários públicos no caso dos Vistos Gold e a detenção de José Sócrates, não é uma desgraça: é a Grande Clarificação do Regime, a derrocada do Crony Capitalism, o capitalismo lusitano dos favores e do compadrio.

É revoltante saber que o Parlamento aprovou sem hesitar todos os regimes especiais de regularização tributária, os RERT I, II e III, quando sabiam que a respectiva formulação jurídica iria apagar todos os crimes fiscais associados à repatriação do dinheiro de origem obscura que tinha sido posto lá fora. Os deputados foram previamente avisados desse gigantesco efeito de "esponja" pelos mesmos altos responsáveis tributários que me avisaram a mim... Os mesmos RERT que passaram uma esponja sobre as verbas de Ricardo Salgado e as do receptador agora identificado no caso do ex-primeiro Ministro.

Sim, o Parlamento continua lamentavelmente a ser a mesma central de interesses.

Mas há esperança. Tal como o país está a mudar, o Parlamento também há-de mudar. A nós, cidadãos e jornalistas, assiste o direito de fazer perguntas, face a sinais estranhos que alguns políticos insistem em transmitir.

Face a esses sinais, é legítimo supor.”

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Isto é o que se chama uma “valente” tareia...


Não gosto de Paulo Portas, e não me estou a ver defendê-lo, seja no que for. Mas esta sua correligionária tem “pêlo” na venta. A "papagaia" Ana Gomes deve ter ficado 3 dias de cama, com muito gelo, primeiro, e hirudoid, depois...  


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Reflexão do dia (1)


Instituto da Segurança Social vai “dispensar” 700 Funcionários no país, no distrito de Portalegre serão 22 os dispensados (*) de quem dependerão muitas famílias; os sindicatos estão com algumas dificuldades para arranjarem 4 000 assinaturas para enviar o caso à discussão na Assembleia da República. 

(*) - Segundo a Rádio Portalegre "A UGT Portalegre denunciou hoje que 34 trabalhadores do Centro Distrital de Portalegre da Segurança Social foram notificados através de carta de que vão ser colocados no regime de requalificação. De acordo com o presidente da UGT Portalegre, Chambel Tomé, os 30 assistentes e 4 educadores, vão ser sujeitos a um processo de selecção, para apurar os 22 trabalhadores que passarão para o regime de requalificação.
O processo, que deverá estar concluído até 18 de Dezembro, prevê que os trabalhadores seleccionados, recebam 60% do salário no primeiro ano e 40% nos restantes anos, tendo como remuneração mínima durante este período o Salário Mínimo Nacional. Em declarações à Rádio Portalegre, Chambel Tomé, disse discordar desta decisão governamental, argumentando que “o que está em causa é a extinção de postos de trabalho”. O dirigente sindical referiu ainda que a redução do emprego no Alto Alentejo vem “aumentar a precariedade e a desertificação”.

Em contrapartida, Cão morre em Campo Maior (dizem que à fome), já são mais de 20 000 as assinaturas a pedir o julgamento judicial do dono, ao abrigo da nova lei dos maus tratos animais!

Ok, bate tudo certo... 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A pouca vergonha nacional: Ao menos os “chinocas” da EDP já pagaram


Nota prévia: Qual será a opinião do PS, PCP e Bloco? Até agora não lhes ouvi uma palavra! Mas a julgar pelo histórico de estarem sempre no campo oposto ao governo, ainda os hei-de ver o tomar partido pelos monopolistas da REN e GALP!!!!

Peço à Galp e à REN que façam um grande favor aos contribuintes
Por José gomes Ferreira

"Exmos. Srs. Presidentes executivos da Galp e da REN, Engenheiro Ferreira de Oliveira e Dr. Rui Vilar:

Peço-vos encarecidamente que divulguem, o mais rapidamente possível, os pareceres jurídicos que vos levam a não pagar a contribuição extraordinária sobre o sector energético de 2014.
Será um grande favor e um verdadeiro serviço público, que farão a todos os contribuintes portugueses.
Os juristas que trabalharam para as vossas empresas, pagos a preço de ouro, são, certamente, grandes especialistas. Tão bons especialistas que conseguem arranjar argumentos para não cumprir uma lei da República, a Lei do Orçamento do Estado de 2014, onde o imposto extraordinário está previsto.
Por favor, divulguem esses pareceres para todos nós, contribuintes portugueses, podermos deixar de pagar a sobretaxa de IRS ao Estado. Sabem, é que os contribuintes normais não têm possibilidade de pagar estudos desses. E certamente que os argumentos invocados para não pagar a sobretaxa de IRC, são certamente utilizáveis para nós não pagarmos a sobretaxa de IRS. Basta copiá-los.
E sabem, cada um de nós até tem muito mais autoridade moral para utilizar esses pareceres e não pagar a sobretaxa de IRS do que as vossas empresas. É que, quando nós instalamos um pequeno negócio, não temos à partida uma rentabilidade garantida dos capitais investidos como a REN tem garantido por lei; e não temos a possibilidade de andar anos a fio a vender gás natural nos mercados internacionais e encaixar 500 milhões de euros de mais-valias, por os contratos de abastecimento terem condições vantajosas, enquanto os consumidores portugueses continuam a pagar o gás nas suas casas a preço de ouro, como fez a Galp Energia.
De facto, a crise quando nasce não é para todos.
A pouca vergonha e a falta de decência chegaram a um nível inimaginável no meu País. E têm carimbo de eficiência dado pelos melhores advogados portugueses." 

(Eu assino por baixo)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Mais de 50 000!


Este pequeno espaço de reflexão pessoal - Retórica bugalhónica, ultrapassou por estes dias a bonita cifra de 50 000 Visitantes, como se pode ver no contador aqui no lado direito. Um número redondo, que me dá orgulho alcançar. Embora este Blogue tenha cerca de 8 anos, estes números devem-se, sobretudo, aos últimos 4 anos, já que nos primeiros 4 anos, a coisa esteve em mera gestação. Foi a partir de Outubro de 2010 que aqui passei a publicar regularmente, após o abandono do outro projecto colectivo em que participava, o Fórum Marvão.

          Gráfico 1 – Evolução do número de visitantes da Retórica bugalhónica 2006 - 2014


Fonte: Estatísticas Blogger

Servindo-me este espaço como forma de comunicar com o mundo, sobre as minhas reflexões pessoais, onde a prioridade é dada às coisas públicas como a política, a economia, o desporto, a música, etc., quer a nível nacional ou muito virado para o meu concelho de Marvão, é sempre com satisfação que constatamos que temos algum eco do lado de lá. Aqui, esse eco, é-me dado pelas pessoas que por aqui passam.

Não tenho a aspiração de agradar a todos, não é da minha personalidade. Nunca fui de grandes consensos, bato-me por causas em que acredito, gosto de roturas, e creio, francamente, que são elas que ajudam à mudança. Sei por isso que muitos aqui vêm apenas para coscuvilhar, reprovar, ou discordar, mas este espaço recebe todos. Pena é que não venham à discussão, ao contraditório, com educação e civismo, quem sabe senão podíamos contribuir para o mundo “avançar”.

Ao longo destes 8 anos aqui publiquei 560 artigos, que mereceram 341 comentários dos visitantes. O pico de visitantes aconteceu em Outubro de 2012 com cerca de 3 700 visitantes, numa média de 120 visitantes por dia. Mas no compute geral a média ronda os 60 visitantes/dia, aos quais aqui deixo o meu reconhecimento por aqui virem.

Os 5 Posts mais visitados de sempre foram os seguintes:

- Coisas muito feias (1) – Dezembro de 2013


- Coisas muito feias (3) – Fevereiro de 2014



Oxalá por aqui ande mais 8 anos que, o tempo, nunca pára! E isto de projectos, o mais difícil não é criá-los, mas sim mantê-los. Oxalá a meta dos 100 mil visitantes possa ser alcançada, será sinal que a “casa” continua a ter interesse.

Obrigado a todos. Os que dizem “bom-dia”, e os que passam sem nada dizerem... 

sábado, 15 de novembro de 2014

Uma das minhas, muito, preferidas...


(Dedicada ao meu amigo Nuno Mota)

Vê se pões a gargantilha porque amanhã é domingo, e eu quero, que o povo note, a maneira como brilha, no bico do teu decote. E se alguém perguntar, dizes que eu a comprei, ninguém precisa saber, que foi por ti que a roubei. E se alguém desconfiar porque não tenho um tostão, dizes que é uma vulgar, jóia de imitação.

Nunca fui grande ladrão, nunca dei golpe perfeito, acho que foi a paixão que me aguçou o jeito. Por isso põe a gargantilha, porque amanhã, é domingo, e, eu quero que o povo note, a maneira como brilha, no bico do teu decote...

Para todos os gostos:











sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Andam por aí os russos, mas hoje temos os arménios....


Arménio era um trolha da areosa, que tinha um par de olhinhos azuis, que quando me fixavam, no baile, me punham indefesa e tão nervosa. Arménio tenho nas minhas gavetas, aerogramas, cheios de erros de ortografia, perfumados entre as minhas meias pretas, aquelas que te punham em estado de euforia!

Arménio fui tua madrinha-de-guerra, rezei por ti, longas novenas sem fim. Para voltares inteirinho, e sem mazelas, mas ficaste por lá tão perdido no capim. Arménio quantos sonhos e planos? Prometeste que me levavas a Lisboa em Junho, no dia dos meus anos, bem sabes que a memória, é um atributo dos gémeos...



Esperemos que estes não incomodem a aviação e a marinha, mas sobretudo, não chateiem muito....

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Desafios: Apenas uma opinião...


Não são nada fáceis estas coisas da economia, sobretudo quando somos bombardeados continuamente com números e mais números. A maioria das vezes sem qualquer análise, fundamentação, ou explicação. Creio mesmo que, o objectivo é, baralhar o povinho.

O que hoje aqui apresento é arrojado, fruto de uma mera análise minha à evolução de alguns indicadores económicos, à sua influência na economia real, e na vida de todos nós. Uma hipótese por mim aventada, enquanto cidadão, de como se poderia, estrategicamente, contribuir para a saída desta crise que nos envolve.

1 – A Balança Comercial e o milagre das Exportações

Como já escrevi aqui, e se pode ver no Gráfico 1, o aumento das Exportações tem permitido a Portugal, nos últimos 3 anos, equilibrar a sua balança comercial com o exterior, e assim amenizar um pouco a crise. Pela primeira vez em 40 anos (em 2013) Portugal teve um saldo positivo com o exterior que se visse, no valor de 3,7 mil milhões de euros, isto é, entre o que importámos e o que exportámos, Portugal ficou a ganhar quase 4 mil milhões de euros, num só ano. Vários analistas dizem que isto foi uma oportunidade que a crise proporcionou. No entanto, não faltam também aqueles que dizem que estaremos a atingir o máximo das capacidades exportadoras, e que a partir daqui a ideia deve ser, pelo menos, tentar manter.


No entanto, apesar deste aumento significativo das exportações, que passaram de 47,6 mil milhões de euros em 2009, para 68,6 mil milhões em 2013 (um aumento de 21 mil milhões de euros), o seu impacto no PIB, apesar de existir, parece ser pouco significativo, como se pode ver no Gráfico 2, certamente devido o seu baixo valor em relação ao PIB total. Em 2013, apesar deste extraordinário aumento, as exportações representaram apenas 40% do PIB, mas em 2009 representavam apenas 30%. 


Este valor redondo dos 30% de impacto das exportações no PIB, parece ter sido a norma que acompanhou toda a primeira década deste século (2000 – 2010). Tal não admira, foi o tempo das grandes entradas de “dinheiro fresco” em Portugal, quer através de Fundos Comunitários, quer através do recurso a empréstimos. Só o Estado, nesses 10 anos, pediu emprestado cerca de 100 mil milhões de euros, e os privados ninguém sabe!

2 – O modelo do Consumo Interno como motor da Economia  

Foi uma década em que o foco estratégico foi posto no “consumir”, tal como na altura dos descobrimentos, ou do ouro do Brasil. Não admira assim que, o “consumo interno”, acompanhasse (e se confundisse), praticamente, com o crescimento do PIB, como se pode ver no Gráfico 3. O consumo sobe o PIB sobe, o consumo desce o PIB desce. Ora como o que interessava era “o crescimento” do PIB, consuma-se então, foi a palavra de ordem. O resultado está aí: Banca Rota.

Gráfico 3 - Evolução do PIB e do Consumo Interno 2000 - 2012


    Fonte: Banco de Portugal


Mas será o consumo interno, em Portugal, um mal em si mesmo? Claro que não, e se sustentável será, sem ser o motor principal, ser pelo menos, o motor auxiliar do desenvolvimento económico saudável. Assim como uma espécie de motor eléctrico dos automóveis híbridos.

Em Portugal, devido às suas dificuldades de produção dos produtos que alimentam o consumo, a solução, tem sido o recurso às Importações, e isso, é que na minha opinião tem contribuído para a nossa desgraça, e motivo pelo qual os outros países, se fazem passar por nossos amigos, indo ao ponto de nos emprestarem dinheiro para estimular esse consumo! Como habitualmente, não temos material para a troca, o resultado, é o desequilíbrio da balança de transacções, e o recurso ao endividamento.

3 – O desafio: Produzir (investir) nos Produtos que nos faltam para alimentar o consumo interno

Se analisarmos bem o Gráfico 3, podemos verificar que a diminuição do consumo interno, parece arrastar o decréscimo do PIB. Entre 2010 e 2012 o consumo interno caiu cerca de 8 pontos percentuais, e PIB caiu 5. Se tivermos em conta, que parte deste consumo interno é alimentado por importações, verifica-se no Gráfico 1, e como é lógico, que as ditas também caíram entre 2010 e 2012 num valor absoluto de aproximadamente 3 mil milhões de euros; e essa diferença ainda é maior se, tivermos como referência o ano de 2008, a diferença para 2012 é de cerca 9 mil milhões de euros! Uma brutalidade, como diz o outro.

Ora em minha opinião, a saída para esta situação, seria Portugal inventariar quais produtos que levaram a esta queda “brutal”, averiguar aqueles que são indispensáveis, e os que podemos produzir em Portugal, e partir para o tal investimento. Os Fundos Comunitários 2014 – 2020 teriam aqui uma boa aplicação.

Com um aumento no consumo interno na ordem dos 4 pontos percentuais (4 a 5 mil milhões de euros/ano), e a manutenção das Exportações, o PIB poderia crescer acima dos 2% ao ano, a nossa balança comercial continuaria estável, o emprego aumentaria, o país ficaria menos dependente do estrangeiro, se conseguíssemos manter o nível das nossas exportações nos 70 mil milhões (foram 68 em 2013), poderíamos continuar a importar no valor dos 65 mil milhões (64,9 em 2013), e poderíamos começar a pensar em pagar alguma da nossa dívida ao exterior.

Para tal, talvez não fosse mal pensado, que cada português aderisse a esta campanha na hora de comprar, seja o que for, e preferir o "Produzido em Portugal". Mesmo que um pouco mais caro, todos nós estaríamos a contribuir para o tal crescimento económico de que tantos falam. E isto seria como o dar sangue: custa muito pouco a cada um mas o país agradeceria. E depois pedir sempre a tal FacturaQuem sabe não esteja aqui a solução. 

Aqui fica o meu contributo de cidadão português:

    

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Quem falou em criminalizar maus tratos a animais?


Do facebook do Manuel Issac Correia retirei este artigo, o título é meu, que me parece pertinente para reflexão de “determinados “defensores dos animais! 

E agora? E se ....




“A problemática dos animais é algo de muito complexo. Hesitei muito em publicar (ou não) esta foto pelo choque que a imagem naturalmente causa, mas cheio de dúvidas vou atrever-me a colocá-la sem garantir que não a retirarei, pois continuo indeciso. E coloco-a não para chocar, mas sim porque sem ela não seria fácil provocar o desafio para uma reflexão que me preocupa e gostaria de partilhar, esperando recolher opiniões.

Esta foto foi feita ontem à hora de almoço numa quinta junto à minha casa. Esclareço que os animais foram de imediato abatidos para não sofrerem, e se não ficaram ainda em pior estado foi porque a minha mulher se apercebeu da situação e afugentou a cadela que lhes fez isto. O que considero mais relevante é que este ataque não é propriamente um ataque de um predador, nem a cadela que fez isto é um animal perigoso. Pelo contrário, é uma cadela de porte médio para o pequeno, de cor preta. Uma “rafeirota” até simpática que pertence a outros vizinhos. A cadela não fez isto para atacar os animais nem para se alimentar. Fê-lo como uma forma de brincadeira, para "espicaçar" estes pobres animais que ficaram neste estado.

Põe-se então aqui um problema com o qual frequentemente se debatem as pessoas que vivem em minifúndio. Segundo as pessoas de mais idade ter um cão solto é arranjar de imediato brigas com os vizinhos. Os cães não conhecem os limites das "suas propriedades" (nem dos seus limites digo eu!), pisam as hortas, atacam outros animais, desassossegam os que estão presos e tudo isso incomoda todos os vizinhos e cria atritos.

Pessoalmente nunca gostei de ver cães presos, mas na prática, e por mais que goste de cães, tenho de conceder que, à solta, são por vezes um perigo, uma ameaça e uma provável fonte de conflitos de vizinhança, pelo menos em zonas de quintas. Com a confusão que vai por vezes nalgumas cabeças, entre mau trato ao animal e, realidade da vivência no espaço rural, antevejo que um cão preso possa vir a ser uma nova fonte de conflito, desta vez legal, entre os seus proprietários e as autoridades. Ou seja, mais uma oportunidade para multas, processos e chatices.
Vou dar o meu perdigueiro porque não o quero ter preso, e não estou tranquilo relativamente ao seu comportamento à solta em espaço de quintas. E vou ter uma Serra d' Aires por pensar que será um animal menos problemático para se manter à solta.

Quem tem opiniões sobre este assunto?”

domingo, 9 de novembro de 2014

O mundo dos outros...

O genial programa do Costa

pelo comendador Marques Correia in Jornal Expresso


"A Coluna de Alterne, única que vê o mundo como ele é, não tem dúvidas. Em matéria de programas políticos, António Costa leva a Palma (e a Almirante de Reis e o Martim Moniz) a todos os outros políticos. Vejamos porquê:

Costa avançou para o partido, mas com o cuidado de não revelar o que seriam as grandes linhas da sua acção. Isso - disse - ficaria para o Congresso.
Agora, que avança para o Congresso, tem o extremo cuidado de não revelar as linhas fundamentais do que fará quando chegar ao Governo. Apresenta uma agenda para a década, que como se compreende (até por ser para 10 anos, tem de ser vagamente... hum... vaga). A solução dos problemas concretos, afirma - e bem -, ficará para uma grande discussão que se fará brevemente.
Para o ano, Costa avançará para as eleições com um programa eleitoral que será o resultado das grandes linhas para o Congresso, do grande debate entretanto feito, da Agenda para a Década e de todos os contributos que receber. No entanto, ninguém espere uma concretização excessiva, porque isso terá de ficar para o programa de Governo, que será mais abrangente do que o PS, como, em boa hora, já prometeu.
O próprio programa do Governo não poderá, tendo em conta a diversidade e multiplicidade de acordos feitos, ser absolutamente específico. Essa especificidade é própria de um Orçamento, pelo que no Orçamento do Estado feito pelo Governo de António Costa teremos mais certezas sobre o caminho que o país percorrerá.
No entanto, como se sabe, Costa defende Orçamentos do Estado plurianuais, o que é bem visto. Assim sendo, o próprio Orçamento, como o próprio Costa explicou ao jornal "Público", numa inovação saudável e respeitável "é móvel e vai sendo adaptado".
Digam lá quem não fica rendido a isto? Só se for o Dr. Pires de Lima..."

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Proposta de fim-de-semana...


(... mas também daria uma boa mensagem para os jihadistas. Ou para muitos portugueses azedos)

Os cidadãos no Japão, fazem, lá na China um bilhão, fazem, façamos, vamos amar!
Os espanhóis, os lapões, fazem, Lituanos e letões, fazem, façamos, vamos amar! Os alemães em Berlim, fazem, e também lá em Bom... em Bombaim, fazem, os hindus acham bom. Nisseis, nikeis e sanseis, fazem, lá em São Francisco muitos gays, fazem, façamos, vamos amar!

Os rouxinóis e os saraus, fazem, implicantes pica-paus, fazem, façamos, vamos amar! Uirapurus no Pará, fazem, tico-ticos no fubá, fazem, façamos, vamos amar! Chinfrins, galinhas, afins, fazem, e jamais dizem não... Corujas, sim, fazem, sábias como elas são. E os perus, todos nus, fazem, gaviões, pavões e urubus, fazem, façamos, vamos amar!

Dourados do Solimões, fazem, camarões e camarães, fazem, façamos, vamos amar! Piranhas só por fazer, fazem, namorados por prazer, fazem, façamos, vamos amar! Peixes elétricos bem, fazem, entre beijos e choques... Cações também, fazem, sem falar nos hadocs! Salmões no sal, em geral, fazem, bacalhaus do mar em Portugal, fazem, façamos, vamos amar!

Libélulas e nambus, fazem, centopéias sem tabus, fazem, façamos, vamos amar! Os louva-deuses, por fé, fazem, dizem que bichos de pé, fazem, façamos, vamos amar! As taturanas também, fazem, com ardor incomum, grilos meu bem, fazem, e sem grilo nenhum. Com seus ferrões, os zangões, fazem, pulgas em calcinhas e calções, fazem, façamos, vamos amar!

Tamanduás e tatus, fazem, corajosos cangurus, fazem, façamos, vamos amar! Coelhos só, e tão só, fazem, macaquinhos no cipó, fazem, façamos, vamos amar! Gatinhas com seus gatões, fazem, dando gritos de ais... Os garanhões, fazem, esses fazem demais. Leões ao léu, sob o céu, fazem, ursos lambuzando-se no mel, fazem, façamos, vamos amar!

Façamos, vamos amar!!


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Que pensará disto a poderosa Ordem dos doutores médicos?



" ...Os investigadores do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz analisaram exaustivamente a medicação de 126 idosos que vivem em três lares das regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo. As conclusões  do estudo publicado na última edição da Revista Portuguesa de Farmacoterapia são preocupantes: cerca de um sexto dos 1315 fármacos receitados diariamente foram identificados como “medicamentos potencialmente inadequados” e, em média, cada idoso tomava dois remédios que não faziam sentido tendo em conta o seu estado de saúde e a sua idade. No total, três quartos destes idosos estavam a tomar medicamentos potencialmente inadequados. Em média, cada um deles sofria de mais de quatro comorbilidades (patologias) e tomava mais de dez medicamentos por dia. Havia um idoso a quem tinham sido receitados 28 remédios..."

Eu já conheci um com 35!!!!!

Piadas de caserna...


"Avião" russo de novo sob escolta de português!!!


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ai esta merkel tem cá cada uma...



Esta fräulein não se atura, e não diz coisa com coisa! Então Portugal e Espanha têm licenciados a mais? Que parvoíce, claro que não têm! 

"Um vizinho do meu pai também dizia que não tinha burros a mais, não tinha era nada para lhes dar que fazer! Por isso, os ditos, era coice que até fervia. Dizia-se que era do «vício»."


Mas então pergunto eu, se não temos licenciados a mais, então porque é que existem tantos desempregados com Ensino Superior? E só não são muitos mais, porque têm emigrado como as aves. Note-se que, "desempregados", é o que por aí não falta. Mas os "licenciados desempregados" são em muito maior percentagem, dizem!

Se olharmos para o Gráfico 1 podemos verificar que, desde o ano 2000 o desemprego em jovens com o ensino superior não tem parado de aumentar, afectando em 2012 praticamente 40% dos jovens entre os 15 e os 24 anos. E nestes dois últimos anos, apesar de ter descido um pouco, de acordo com os últimos dados esses valores continuam superiores a 30%. Contrariamente ao que se tenta também fazer crer, parece que o problema (apesar de ter sido agravado), não é apenas deste governo e da troika, já que como se pode ver no Gráfico, desde 2000 que o percurso parece uma daquelas etapas de montanha na volta à França em bicicleta.


Podemos ainda observar que, mesmo quando comparamos os "jovens licenciados", com os jovens da mesma idade apenas com "ensino secundário completo" (apesar destes terem pouca formação profissional), o desemprego afecta sempre mais significativamente os jovens licenciados. Isto para já não questionar onde estão a trabalhar muitos dos licenciados? Muitos dos quais em caixas de hiper-mercados, balcões de centros comerciais, e coisas que tais.

Com o que acabo de afirmar em cima, não faltarão aqueles que, pelo menos, me estarão a acusar de estar a apelar à iliteracia e/ou mesmo ao analfabetismo, mas estão enganados. O que eu defendo é que, há muito, este país deveria ter algum planeamento, porque os recursos são poucos, e sempre foram. Desbaratá-los com o que não precisamos só para dizermos que temos muitos "dotôres", para subirmos nos "rankings", não me parece lá grande coisa, que é como quem diz uma boa política de formação.

Mas então o que fazer? Isso deve ter sido o que a merkel também disse, mas isso não interessa aos papagaios do regime, incluindo o até ministro Crato, que tão “acagachado” anda pelo Mário Nogueira & companhia, que até ele veio alinhar no coro. 

Assim não Crato, digo eu agora! E perdeste mais um apoiante.

O que este país deveria planear é quantos licenciados, ou outro grau académico precisa, bem como áreas que deve privilegiar. E depois, por mãos à obra e formar. Abandonar a massificarão que só trás problemas. E também não chegar sempre atrasado às mudanças, como  aqui já escrevi, e que se está a verificar em outros países que já perceberam o que se está a passar na área da formação há muito tempo, e mudaram de rumo. 

Observe-se, no Gráfico em baixo, o que se passava já em 2008 neste conjunto de países em análise. A Alemanha, a Holanda, e a Dinamarca, já mudaram há muito o seu paradigma de formação. Portugal ainda não percebeu, e parece que vai levar muito tempo a percebê-lo. Porque o que é preciso é privilegiar a quantidade de "dotôres" (os tais licenciados).

O que os governantes e os governados (sobretudo os jovens) se deveriam preocupar, era se o que se anda a aprender vai servir para ganhar o pão no futuro, e se possível os restantes bens de consumo. Ter um canudo para pôr na parede não dá, muitas vezes, para nada, sobretudo, se for numa área que ninguém precisa. Não vale a pena "servir" teatro ou ópera a famintos. 

Muitas vezes uma boa formação profissional, numa área de carência, será bem mais importante que o tal "canudo". E isto, o Estado, enquanto gestor do dinheiro dos contribuintes, tinha a obrigação de dar alguma orientação. Claro que ninguém seria obrigado a segui-la, desde que os custos saíssem do seu bolso particular. Parece-me elementar.


Talvez se esse tal vizinho do meu pai, tivesse resolvido substituir os “burros” por algumas vacas, porcos, galinhas, ou mesmo “patos”, talvez a coisa se tornasse mais rentável, e, evitaria de andar a levar uns coices no “focinho” de vez em quando...

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A Retórica em números (1)


A partir de agora, e pelo menos uma vez por mês, darei a conhecer a todos aqueles que visitam este espaço, alguns dados sobre os que por aqui passam (à beira dos 50 000 em 4 anos de publicações regulares), e os temas que por aqui vou postando que mais interesse parecem despertar.

Tendo em conta que esta é uma das minhas formas de comunicar com o mundo sobre aquilo que dele observo, não me preocupando muito se tenho muitas ou poucas pessoas que me lêem, já que muitas vezes escrevo apenas para mim próprio e para quando chegar a minha hora do esquecimento vir aqui como quem consulta uma cábula sobre o meu passado. No entanto, alguns dos meus amigos que me lêem (ou olham, pelo menos, para os títulos), ficam admirados quando lhes digo os dados que possuo, e por isso, a partir de agora vou passar a partilha-los. Não porque isso me importe demasiado, mas sobretudo, para dar a conhecer, que no universo, há sempre alguém que nos serve de eco.

Mesmo a propósito, sobre estas coisas da blogosfera, escrevia hoje, aqui, o Pedro Correia no seu Delito de Opinião: 

"Um dia hei-de escrever algo mais profundo e consistente sobre a blogosfera. A possibilidade de trocarmos ideias, experiências e contactos - mesmo com gente que pensa de maneira muito diferente - é absolutamente inestimável. Isto só é possível quando escrevemos num meio em que aquilo que mais importa é comunicar. Não para convencer ninguém, mas para persuadir. Não para exibir códigos tribais, mas para captar sinais de outras "tribos". Nada a ver, portanto, com os eflúvios narcisistas agora tão em voga com a febre das "redes sociais" onde apenas uma palavra importa. A palavra eu..."

Assim nos últimos 30 dias, como se pode ver no Gráfico 1, passaram por aqui 1 740 visitantes, que dá uma média de 60 visitas/dia. O dia que registou maior número de entradas foi atingido ontem com 155 visitantes, sobretudo devido ao Post sobre a discussão do Orçamento da CM de Marvão para 2015. Esta demanda é recorrente, sempre que escrevo algo sobre o concelho de Marvão o “contador” dispara! Sinal que há nos marvanenses alguma “sede” de lerem algo sobre o concelho e desfrutaram de alguma informação, tão carente, e descurada, no concelho.


Durante estes últimos 30 dias, 2 dos 5 Posts mais procurados foram, com alguma surpresa minha, coisas que já escrevi há alguns tempos atrás – Um dedicado ao meu amigo Pedro Sobreiro; e outro sobre as minhas experiências “grevistas” antes do 25 de Abril, mas que, surpreendentemente, parecem agora despertar alguma curiosidade. O ranking dos 5 mais procurados foi o seguinte:  

1º - Post para o meu amigo Pedro Sobreiro(publicado em 24/2/2013)
2º - Mais uma época “futeboleira” (publicado em 10/10/2014)
3º - Memórias do dia 22 de Janeiro de 1974 (publicada em 22/01/2014)
4º - Questões de fé ou o marasmo do 3º mandato (publicado em 03/11/2014)
5º - Com a “saúde” não se deveria brincar (publicado em 22/10/2014)

Quanto á origem do público, a grande maioria é de Portugal (65%); os restantes são oriundos de: Estados Unidos (11%); França, Ucrânia e China (6% cada). Os restantes 6% são de outros países.

Por fim, os 2 temas mais procurados de sempre, dizem também respeito, a 2 assuntos sobre o concelho de Marvão, nomeadamente, sobre o imbróglio do Concurso sobre o Restaurante da Piscina da Portagem:

1º - Coisasmuito feias (1) – Publicado em 2/12/2013
2º - Coisasmuito feias (3) – Publicado em 27/2/2014

Entretanto, por aqui irei continuando, e um obrigado pela vossa visita. Aporta está sempre aberta, é só entrarem, não precisam pedir licença...