Excelente artigo de Helena Matos: Os Condescendentes - “Findo o serviço militar obrigatório,escaqueirada a escola pública em nome da pedagogia, sobram os estádios e os centros comerciais onde os jovens se cruzam independentemente da origem social e étnica.”
Como leitura
complementar fica este artigo de Leonardo Santana-Maia escrito e publicado em
2009. Fala da comunidade cigana, mas em minha opinião também serve para outras:
“Com o advento da democracia, tornou-se
obrigatório levar a cabo uma série de medidas com vista à integração das
comunidades ciganas na sociedade portuguesa, em nome dos princípios
civilizacionais de combate ao racismo e de luta contra a discriminação social e
racial.
Acontece que um número muito significativo de
ciganos recusa, liminarmente, fazer qualquer esforço de integração e, à boa
maneira cigana, só aceita a lei portuguesa para colher os benefícios das
políticas de integração, porque, quanto ao resto, continua a reger-se pelas
suas próprias leis.
E, num país onde a autoridade do Estado se
evaporou, até os pequenos marginais começaram a sonhar em grande. E muitas
comunidades ciganas adaptaram-se rapidamente à nova realidade, evoluindo
naturalmente do contrabando de tabaco e dos pequenos furtos para o tráfico de
droga e para os roubos violentos, muitas vezes sobre pessoas idosas ou que
vivem isoladas. E tudo isto perante a passividade das autoridades públicas que
lhes continuam a dar religiosamente os subsídios de reinserção social como se
isso, por si só, tivesse o efeito miraculoso de os converter ao cumprimento das
leis portuguesas.
Em Abrantes a situação começa já a tornar-se
preocupante, havendo bairros, localidades e pessoas que vivem absolutamente
aterrorizadas. E já não basta serem assaltadas e agredidas como são ainda
forçadas a viver sob ameaça permanente de verem os filhos mortos, caso
apresentem queixa ou, se a tiverem apresentado, a não retirem. É caso para se
dizer que, neste momento, a “lei cigana” já se começa a sobrepor à lei
portuguesa na regulação de conflitos.
Sou, obviamente, a favor de políticas de
reinserção social. Mas quem recebe apoios sociais tem de perceber que também
tem deveres para com aqueles que pagam impostos para que eles possam receber
esses apoios. O que não é admissível é que, sob o pretexto da reinserção
social, o Governo e as câmaras estejam apenas a financiar o crime e a promover
a marginalidade.
Com efeito, relativamente às comunidades
ciganas, o Estado português limita-se apenas a despejar dinheiro, fechando os
olhos a todos os incumprimentos das obrigações impostas, aos comportamentos
marginais e aos flagrantes sinais exteriores de riqueza que muitas destas
comunidades apresentam.
Por este andar, isto ainda vai acabar mal.
Quem te avisa…”
E já agora, a respeito destas tretas, cito eu:
Ò i o ai, disse-me um dia um careca
Ò i o ai, quando uma cobra tem sede
Ò i o ai, corta-lhe logo a cabeça
E encosta-a bem à parede
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