quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Historietas de uma pandemia (4)

 Estórias para cachopos..., e cachopas:

Imagine um país repleto de corações (não os do amor, os de verdade mesmo), fraquinhos pela idade e pelo uso de 80 anos e mais de vida. Imaginem os quilómetros de canalizações (vasos), que levam e trazem o sangue que neles circula, também muito fraquinhos pela idade e pelo uso.

Imagine que umas geringonças destas (que não são as da política das esquerdas), a precisarem com regularidade de pequenos acertos, reparações e aditivos, para se manterem a trabalhar e dentro de determinados parâmetros (como por exemplo a pressão); estão afastados e abandonados das suas oficinas (centros de saúde e hospitais), que lá lhes iam permitindo desempenhar a sua função.

Imagine agora que durante 15 dias aparece em Portugal, também sabe-se lá vindo de onde, um frio de rachar o “cu aos velhos”, como dizia o meu pai, como há muitos anos não se sentia. A última vez que por cá tinha aparecido, ainda esse “exército” de corações velhinhos de 80 anos de vida andava por metade. E o que faz o frio aos corpos? Claro, dizem as leis da física que os contrai. Logo, esse líquido circulante que andava pelas superfícies, a que chamamos sangue, é obrigado a recolher-se para o interior. E o que acontece? A tal magana da pressão aumenta nas canalizações interiores e, os corações e os tais vasos fraquinhos, não aguentam, sobretudo se as “válvulas” não forem afinadas e os aditivos doseados.

Imagine que, repentinamente, aparece do nada outra maleita, que dizem que mata, por estes dias, cerca de 100 pessoas /dia, a quem  apenas se faz um teste (não 5 contraditórios, em 12 horas, como ao Marcelo), e zumba, morreste: FOI COVID, e não se fala mais nisso. Quantos seriam verdadeiramente se, a cada uma destas pessoas, se fizessem os mesmos 5 testes?

Dia 6 de Janeiro morreram em Portugal 648 pessoas. O recorde dos últimos 12 anos, que estava em 578 no dia 2 de Janeiro de 2017. Isto é, mais 500 a juntar às 150 que imputam à covid (que serão muito menos devido à falta de fiabilidade dos tais testes). Podem crer que uma grande parte destas mortes (bem mais que as 155 associadas à covid) se deve à magana da tal ONDA polar, mas sobretudo, porque as tais afinações de “válvulas” não estão a funcionar, porque apenas a covid é que interessa.

Chega de hipocrisia, todos temos direito à saúde, e a ser cuidados de forma igual por aquilo que ainda chamam de SNS.

Ou será que muitas dessas 500 mortes não seriam evitáveis? 


 

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