1 – Situação no concelho de Marvão em 16 de
Janeiro
(Base populacional por estimativa: 3 050 habitantes)
Na semana de 10 a 16 de Janeiro, os casos de testes positivos no concelho de Marvão voltaram a subir, foram registados mais 7 novos casos.
Como se pode ver no Gráfico em baixo, esta
situação surge após 3 semanas em que se verificaram descidas.
Estes novos casos
parecem surgir agora na comunidade, após o surto da St.ª Casa da Misericórdia
ter sido dado como extinto. É uma situação que merece toda a atenção e cuidados
dos contagiados, seus familiares e contactos mais próximos, para se evitar uma
contaminação mais generalizada, sobretudo dos mais idosos.
O surto na St.ª
Casa da Misericórdia, de acordo com um comunicado da instituição provocou 10
óbitos, infetou cerca de 50 utentes e mais de uma dezena de colaboradores.
Um outro dado a ter em conta é que no concelho, actualmente, a imunidade rondará uma Taxa não superior a 10% da população (cerca de 300 pessoas), entre vacinados com a 1ª dose e nº de contagiados com a doença (se os falsos positivos não forem muito grandes). Esta Taxa é ainda demasiado baixa para se pensar na imunidade de grupo, que terá de atingir números superiores a, pelo menos, 40%. Pelo que, todo o cuidado é pouco nas medidas de prevenção.
Nesta data os
indicadores epidemiológicos no concelho são os seguintes:
- Taxa de Incidência (total de casos) -
44,3 casos/1 000habitantes;
- Taxa de Prevalência (casos activos) -
8,5 casos/1 000 habitantes;
- Taxa de Mortalidade - 3,6 óbitos/1 000 habitantes.
2 – Situação no Distrito de Portalegre em 17 de Janeiro 2021
(Base populacional por estimativa: 111 400 habitantes)
No quadro em baixo podemos verificar a situação epidemiológica nos 15 concelhos do distrito de Portalegre. Procedemos à sua ordenação, por ordem decrescente da Taxa de Prevalência (nº de casos activos nesta data).
Podemos assim verificar, que as situações que requerem maior atenção por estes dias, por apresentarem as maiores Taxas de Prevalência, são nos concelhos de:
- Alter (38
casos/1 000 habitantes);
- C. Maior (28
casos/1 000 habitantes);
- Crato (25
casos/1 000 habitantes);
- Arronches (22
casos/ 1 000 habitantes).
Podemos também verificar que os concelhos com maior número de casos até à data são os seguintes:
- Crato (88
casos/1 000 habitantes);
- Alter (67
casos/1 000 habitantes);
- Monforte (48
casos/1 000 habitantes);
- Nisa (46
casos/1 000 habitantes);
Já no que toca à
Taxa de Mortalidade os concelhos mais afectados são:
- Marvão (3,6
óbitos/1 000 habitantes);
- Nisa e Alter
(2 óbitos/1 000 habitantes;
- Crato (1,9
óbitos/1 000 habitantes);
- Portalegre
(1,5 óbitos/1 000 habitantes.
Da análise destes
dados podemos concluir que, até esta data, o concelho mais afectado é Alter do
Chão: Maior taxa de prevalência; 2ª maior Taxa de Incidência; e uma das maiores
Taxas de Mortalidade.
Em sentido
inverso está o concelho de Fronteira, que tem a menor Taxa de Incidência no distrito: praticamente metade da que tem
o concelho imediatamente a seguir (Sousel); e 6 vezes inferior ao Crato que é o concelho que apresenta a maior Taxa de Incidência do distrito.
Esta situação levanta a questão sobre a influência da “alcalinidade das suas águas em Cabeço de Vide” (concelho de Fronteira), já que também Monchique (Algarve) com águas alcalinas, apresenta uma das menores Taxas de Incidência do país.
Coincidências? Ou situação que, a confirmar-se,
deveriam ser alvo de estudos sérios.
Nota: Nos concelhos “a verde”, os dados foram colhidos nos sites oficiais dos respectivos municípios; nos restantes, os dados são os publicados pela ULSNA.
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