quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Coisas curiosas..., ou talvez não!

Há já a algum tempo que andava para publicar esta imagem – A comparação da evolução semanal das curvas das chamadas  1ª vaga e 2ªvaga. Não o havia feito ainda porque me parecia demasiado cedo e fui adiando, esperando que as coisas se tornassem mais evidentes e, hoje, decidi-me.

O que vemos na figura em baixo é a progressão das curvas dos casos positivos da covid 19 registados em Portugal: A 1ª entre 1 de Março e 25 de Abril de 2020; e 2ª entre 21 de Setembro e 13 de Dezembro de 2020.

A metodologia foi fazer coincidir os 2 picos das respectivas “ondas”, e o que verificamos é que elas são muito parecidas no seu perfil, diria praticamente paralelas. Claro que as frequências absolutas são muito superiores na 2ª vaga: sendo nas semanas dos picos de 5 463 casos na primeira, e de 39 082 casos na segunda.

Todos sabemos também,  que as medidas tomadas nestes 2 ciclos foram completamente diferentes, tendo na primeira sido decretado um “confinamento total” praticamente durante 30 dias; enquanto na segunda vaga as medidas foram o de recolher obrigatório aos fins de semana e só em determinados períodos.

Era pois de esperar, que medidas tão diferentes, tivessem impactos diferentes, quer na ascensão das curvas, quer na progressão do seu achatamento. Mas não parece que isso tenha acontecido. Indiferentes às medidas tomadas os formatos das curvas parecem muito idênticas.

A questão que se coloca é obvia:

Será que as medidas tomadas, terão tido assim um impacto tão evidente no desenvolvimento da pandemia em Portugal ou, indiferente a essa medidas a progressão da doença seguiu a sua história natural, típica de outras infeções respiratórias?

Explicações precisam-se, quer por parte dos epidemiologistas, quer por parte dos políticos. Mas das várias correntes e não apenas os seus criadores e defensores...


Evolução semanal de casos positivos de covid 19 em Portugal na 1ª e 2ª vagas

Fonte: https://www.worldometers.info/coronavirus/country/portugal/

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