Há já a algum tempo que
andava para publicar esta imagem – A comparação
da evolução semanal das curvas das chamadas
1ª vaga e 2ªvaga. Não o havia feito ainda porque me parecia
demasiado cedo e fui adiando, esperando que as coisas se tornassem mais
evidentes e, hoje, decidi-me.
O que vemos na figura em
baixo é a progressão das curvas dos casos positivos da covid 19 registados em
Portugal: A 1ª entre 1 de Março e 25 de Abril de 2020; e 2ª entre 21 de Setembro
e 13 de Dezembro de 2020.
A metodologia foi fazer
coincidir os 2 picos das respectivas “ondas”, e o que verificamos é que elas são muito parecidas no seu perfil, diria praticamente
paralelas. Claro que as frequências absolutas são muito superiores na 2ª
vaga: sendo nas semanas dos picos de 5 463 casos na primeira, e de 39 082
casos na segunda.
Todos sabemos também, que as medidas tomadas nestes 2 ciclos foram
completamente diferentes, tendo na primeira
sido decretado um “confinamento total” praticamente durante 30 dias;
enquanto na segunda vaga as medidas foram o de recolher obrigatório aos fins de semana e só em determinados períodos.
Era pois de esperar, que
medidas tão diferentes, tivessem impactos diferentes, quer na ascensão das curvas,
quer na progressão do seu achatamento. Mas não parece que isso tenha
acontecido. Indiferentes às medidas tomadas os formatos das curvas parecem muito idênticas.
A questão que se coloca é
obvia:
Será que as medidas tomadas, terão tido assim um impacto tão
evidente no desenvolvimento da pandemia em Portugal ou, indiferente a essa
medidas a progressão da doença seguiu a sua história natural, típica de outras
infeções respiratórias?
Explicações precisam-se, quer por parte dos epidemiologistas, quer por parte dos políticos. Mas das várias correntes e não apenas os seus criadores e defensores...
Evolução semanal de casos positivos de covid 19 em Portugal na 1ª e 2ª vagas
Fonte: https://www.worldometers.info/coronavirus/country/portugal/
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