terça-feira, 7 de outubro de 2014

Colocação de professores – Um problema crónico inconcebível

Num país de memória curta, convém relembrar os seguintes títulos de Jornais:


- 24 Set. 2010: Correio da Manhã - Caos mantém-se duas semanas após o início das aulas; há 1110 vagas por preencher;

- 15 Set. 2009: Diário de Notícias - Concurso de professores gera mau estar, FENPOF diz que não foi transparente;

- 13 Set. 2005: Primeiro de Janeiro - Apenas 17,5% das escolas estão em aulas;

- 16 Out. 2004: Público - Colocação de professores continua a gerar polémica;

- 24 Set. 2002: Diário Económico - Milhares de professores não foram colocados;

- 28 Set. 2001: Correio da Manhã - Professores acusam Governo de criar instabilidade;


Como se pode ler aqui na opinião de um Deputado da maioria que apoia o Governo: 

“Mais de dez Ministros depois, dezenas de Secretários de Estado, diversos Directores gerais, muitos funcionários, e sempre com o mesmo líder sindical (o tal que não dá aulas há décadas), há milhares de professores que vivem todos os anos na insegurança de não saberem se têm ou não colocação. É verdade que, face à oscilação anual do número de alunos, seria impossível garantir um número fixo de professores, mas apesar disso tem que ser possível fazer melhor e reduzir esta instabilidade.”


Façam-se os concursos entre Janeiro e Março de cada ano, que é o que se faz em qualquer país civilizado e organizado. Incluindo as pré-matrículas de alunos. E teste-se com amostragens. 

Se o problema for a variação do nº de alunos (como diz o deputado) para o ano lectivo de 2015/2016, e se não houver “técnicos” no Ministério para calcular (bem sei que a Matemática é um problema para os portugueses), eu que sou um leigo no Ensino, vou lá fazer os cálculos (parece brincadeira mas não é). Isso pode ser muito difícil para muitos “dotôres da praça” ou digníssimos deputados, mas para um Merceeiro é como limpar o c* a meninos.

A título de exemplo: Tendo em conta estes dados, este ano entrarão para o 1º ano do Ensino Básico cerca de 102 000 alunos (alguns dos nascidos em 2007 e metade 2008); no próximo ano cerca de 101 000 (os restantes de 2008 e metade dos 2009); (...); e para o ano lectivo de 2017/2018 cerca de 98 000 (metade dos nascidos de 2010 e metade dos de 2011), e no ano seguinte perto dos 94 000 (os restantes nascidos em 2011 e metade dos nascidos em 2012). ..
As restantes contas (da continuidade) é juntar algumas variáveis que eu espero estejam calculadas!

Mas se quiserem alguém mais qualificado convoquem o Professor Valadares Tavares que ele diz que é tão fácil como saltar à corda.

É capaz é de não haver muitas organizações interessadas nisso, nomeadamente, alguns Sindicatos, e alguns professores salta-pocinhas! Vai uma apostinha...

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