Depois do pacóvio,
a pensar que é culto, Mário S, só outro grande ícone da política portuguesa
poderia fazer melhor. Senão vejamos:
No comentário
semanal de que foi protagonista, na segunda-feira à noite na RTP, José Sócrates
foi convidado a descrever a memória mais marcante sobre Eusébio da Silva
Ferreira, convite a que acedeu prontamente. José Sócrates escolheu o célebre Portugal – Coreia do Norte (5-3) como o
momento mais fascinante que Eusébio lhe proporcionou. Isto porque, e segundo disse, a caminho da
escola na sua Covilhã, e já com três golos de vantagem para os coreanos, foi
ouvindo os gritos dos populares que, via rádio, iam dando conta dos
espectaculares golos que o Pantera Negra debitava na baliza dos outros. E foram
quatro. Portugal havia mesmo de recuperar a desvantagem, naquela que é uma das
páginas mais brilhantes da história da Selecção Nacional. Tudo muito bonito!
Acontece que
este glorioso episódio, no saudoso Mundial de Inglaterra, decorreu a 23 de
Julho de 1966, às 15 horas, e num sábado à tarde. E quando o Eusébio desatou a “amandá-las” lá para dentro, já seriam
quase 4 da tarde. O que quer dizer que para além de nunca ter havido aulas aos
sábados de tarde, e por ser finais de Julho até, certamente, já estaria de férias
escolares.
Está, portanto,
descoberta a maior vocação do Eng. Sócrates: Frequentar escolas ao fim-de-semana, e quando
os outros estão de férias. Ele que, muitos anos depois, terminou a sua
licenciatura num domingo vulgar. Talvez pela força do hábito...
Isto levanta
ainda outra questão, e que aqui venho questionando: o Jornalismo e Jornalistas que temos, e, que são verdadeiros cúmplices
destes “bonecos animados”. O trabalho dos jornalistas, sobretudo
estes da RTP que são pagos por nós com os nossos impostos, que deveria ser o de
verificarem a veracidade dos factos. Não é necessário acusá-los de mentirosos,
mas pelo menos confrontá-lo com as inverdades. E isto tanto serve para os
feitos de Eusébio, como para os factos políticos, económicos, ou para a estatística.
Não basta apenas “sorrisos babosos e piscares de olhos cúmplices”. Assim como
aos políticos, não deveriam bastar apenas palavras bonitas e movimentos
corporais ensaiados. Porque eles cultos e actores, até podem ser, mas são
muito mentirosos!
3 comentários:
este gajo também é de esquerda, não é? daquela esquerda que te convém, não é? mas, já agora, queres que eu te envie um relatório pormenorizado das 'inverdades' do salazarito de vila real, ou das tretas do salazarinho de boliqueime, ambos com paletes de responsabilidade sobre a situação em que se encontra Portugal. Junta tudo no mesmo saco, sacode, e vais ver que, em menos de nada, o relvas até era bom moço, a marilú até é de esquerda, e a isabel jonet mais o patriarca de lisboa são perigosíssimos maoistas da albânia. um pouco de coerência, por favor, sr. bloguista!
Faz-me confusão porque é que depois do Homem morrer toda a gente se sente na obrigação de ter histórias dele e com ele para contar e idolatrá-lo, mesmo que nunca o tenham visto fazer aquilo por que era conhecido, ou seja, jogar à bola.
Não tenho nada contra o Eusébio, mas em muitos casos, parece-me, e salvo melhor opinião, que são lágrimas de crocodilo e um exagero de afectos e memórias que não se têm.
Um abraço
Meu caro Luís, sabes o respeito e a admiração que tenho por ti, pois para além dos laços familiares e do nome que nos ligam, penso que somos mais do que irmãos. Admiro, e muito, as tuas capacidades intelectuais, os teus conhecimentos gerais, e a tua carreira de vida. Só tenho pena que em termos de ascensão social e até profissional não tenhas chegado, até hoje, onde penso que merecias. Se aqui escrevo isto não é para ti, que tens a certeza do que eu penso a teu respeito, mas como isto é um espaço público, para aqueles que não nos conhecem, e poderem para aí começar a pensar outras coisas, que fiquem esclarecidos à partida.
Divergimos, no entanto, e sem qualquer dúvida, em alguns caminhos, penso eu, que não os objectivos da vida. Mas não duvido que nos iremos “encontrar” mais adiante. Nesses caminhos distintos, o que não tenho dúvidas, e que jamais tu me farias, foi o que fez o “grande líder” coreano a seu tio (mandado comer vivo pelos cães) e, certamente, também, eu nunca seria um “thaek” qualquer que te trairia.
Toda esta introdução para te falar de (in) coerências, que às vezes podemos cometer. Todos o fazemos, tenho para mim, que não serei dos piores! Estes 6 anos que aqui levo postando as minhas ideias e convicções, no que aqui escrevo, poderão atestar por mim. Mas algumas hei-de ter cometido. Vamos crescendo, envelhecendo, vamos modificando as ideias; e o mundo, também vai mudando, e nós com ele.
Só conheço uma corrente/filosofia política, alinhada em partido, que anda sempre em contraponto e numa coerência incoerente. Senão façamos uso da memória: em 1976, queriam regressar a 1975; em 1980 queriam regressar a 1977 e 1978; em 1986 queriam regressar à primeira década de 80; chegados ao ano 2000 com o guterrismo, até chegaram a ter saudades do cavaquismo; quando em 2005 chegou o direitista pinto de sousa, já diziam que afinal no tempo do guterres as coisa eram melhores; para acabarem, ultimamente, numa linguagem e comportamentos vergonhosos querendo voltar até, se possível ao reinado do socrático e do dinheiro emprestado (não por cuba, coreia, ou venezuela; mas pelos liberais alemães e franceses), já que estes 3 últimos anos (para eles) foram os piores da nossa história...;
Realmente isto é gente coerente, mas nos quais eu não me revejo. Cultivam o imaginário (o paraíso na terra), mas nunca, na prática, nos mostraram que são capazes de construir, pelo menos um purgatório. São gente retrógrada, fixada no tempo que já passou, incapazes de se adaptarem aos novos tempos, e nos quais não me revejo e tento combater com ideias e opiniões.
De uma vez por todas te quero dizer: nunca me cultivaram os cavacos (o político de quem menos gosto, e ficas a saber em quem nunca votei nem voarei, nem apoiarei; não sou fã incondicional do gaspar nem do coelho (nem de ninguém, sou livre tanto quanto a minha condição de vida mo permite, só vou onde a minha consciência me levar), mas admiro alguma da sua coragem, e da luta terrível que vem travando numa sociedade inundada por ideias e princípio marxistas, fixados num bem-estar imaginário caído do céu, das dívidas, do dinheiro emprestado (sem que se construa riqueza, através do trabalho, para o sustentar), e crentes num tempo do “volta pra trás”, e que antes é que era bom. Talvez um dia, o tal tempo, ainda venha a fazer dele um exemplo para os comunistas portugueses. Basta que se cumpram as suas coerências do passado...
Entretanto, deixo-te, para análise a notícia desta semana do JN, já por mim referida no Post anterior:
“Cinco funcionários da União de Sindicatos de Braga ainda não receberam o salário do mês de Dezembro e o subsídio de Natal. “Há alguns meses que os salários têm sido pagos atrasados e agora estamos mesmo sem receber”, disse ao JN um dos trabalhadores. Os alegados problemas financeiros levaram já a que, pelo menos um administrativo tenha recebido uma carta de despedimento evocando a extinção do posto de trabalho.”
Será que também esta organização “exemplar” começa a estar infiltrada por perigosos “neo-liberais” obcecados pelo lucro selvagem!!!
Enviar um comentário