Estão
identificados quem serão as vítimas da tão falada reestruturação do Estado. Aliás,
estavam na mirada há muito tempo.
Como aqui tenho
dito um Estado que nunca conseguiu cobrar mais de 60 000 milhões de euros de
impostos, e gasta perto de 70 000 milhões não pode continuar assim eternamente.
Um Estado que tem uma dívida pública em 1974 de cerca de 4% do seu PIB, a sobe
em menos de 40 anos para valores a rondar os 130% do seu “novo” PIB, num aumento
médio anual de 4% (e anos houve como no consulado socrático em que esse aumento
rondou os 10% ao ano, e que agora os seus discípulos dizem ter solução para
tudo); é um Estado que tem de ser de facto REESTRUTURADO, dêem lhas voltas que
quiserem.
Com a vitória
das reivindicações dos Professores (como apregoam os sindicatos); com a água
que já tinham levado ao seu moinho os Militares e os Médicos; e como ainda
acabará por chegar a sardinha aos Funcionários Públicos (de carreira); bem como
a toda a clientela das Empresas de Transportes e afins; está em marcha, mais
uma vez, a vitória das novas Corporações portuguesas.
O Governo perdeu
o leme, se é que alguma vez o teve, e partir daqui será à deriva!
Na Educação
manda, como sempre mandou, o Mário Nogueira, o adjunto Nuno Crato executa; na
saúde manda José Manuel Silva e os adjuntos dos sindicatos dos médicos; nos
transportes dominam os seus sindicatos; o coordenador desta cambada toda é o
Arménio (ministro das corporações), e o agora secretário de estado Carlos Silva.
Os agitadores
são bem conhecidos: Marcelo, Marques Mendes, Sócrates, Nelinha Ferreira, e
outros papagaios. O resto está nas mãos da Máfia: Bancos, Sociedades de
Advogados, Maçonaria e Opus.
Com todos estes protegidos, quem serão
afinal os pagadores da factura dos 4 500 milhões que a “troika” exige que se
corte nos tais 70 000 milhões:
À cabeça os Pensionistas (não têm sindicato, não
fazem greve, não berram, não atiram pedras à policia e aos ministros e ministérios);
e em seguida os Contratados a Prazo,
que só servem para os citados em epígrafe se servirem deles para as lutas e
bandeiras, mas depois, não mexem uma palha quando lhes não renovam contratos e
vão engrossar as filas do desemprego ou da emigração. Preparem-se pois para a
função: os velhos e os mais novos, a luta de gerações substitui a luta de
classes.
Sindicatos e Corporações de Portugal uni-vos!
Os velhos e os contratados não passarão.
Como dizia o outro: Siga a cegarrega,
que é a dança cá da terra, só não dança quem não quer! É encher a saca, chupar
na teta da vaca (do Estado), enquanto houver (ou nos emprestarem)....
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