segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Vapores gregos...


A “canhotada” acordou hoje com uma valente bebedeira de “syriza” (bebida genuinamente grega, mas com sucedâneos por toda a europa). Em Portugal a euforia vai desde o pavão Nicolau Santos à alucinada Catarina Martins, até o comunista João Ferreira acordou com a euforia de alguns vapores (qual foi o resultado do PC grego?). Os socialistas, esses, ainda estão a reflectir sobre se esta bebida será suficientemente forte que aguente a “sua” agenda para a década (em lugar da "casca de carvalho", vão armazená-la em Évora junto do querido líder – o mártir), e o Costa está a pensar em lançar já um imposto sobre ela para autorizar a sua experiência em Lisboa, nem que tenha de fazer de "Tsipras" coração.

Na europa, Holland e Renzi, ainda não digeriram lá muito bem a coisa, e estão com alguma azia. Mas, Vladimir Putin, já apanhou uma valente piela só com o cheiro, e já se ofereceu para importar umas litradas para aquecer o inverno russo que vai frio como o caraças (não tardarão os couraçados russos no porto do Pireu)! 

Falta saber quem pagará a conta...

6 comentários:

António Nunes disse...

O KKE teve 5,5%, mais 1% que nas anteriores eleições, mais 60 mil votos e mais três deputados. Não me parece que o João Ferreira se tenha apropriado dos resultados alheios mas não deixa de ter razão quando disse que:
"...os resultados das eleições gregas representam uma derrota dos partidos que têm governado a Grécia e que, com a União Europeia, são responsáveis pela política de desastre económico e social que tem sido imposta ao povo grego."
Obviamente que o João Ferreira não poderia dizer que os resultados representaram a vitória dos partidos que têm governado a Grécia porque, como é sabido, não é verdade.

João, disse...


Meu caro António Nunes em primeiro lugar obrigado pelo seu comentário. Apesar de não concordar com ele. Para o João Ferreira o PC grego terá tido uma vitória com os seus 5,5%, já Nova Democracia com 30% terá tido uma derrota!

Já estamos habituados a esse tipo de análises cá pelo burgo onde, o PCP, nunca teve uma derrota eleitoral. Apesar da sua média de votos andar pelos 12%, e constantemente andar a pedir eleições antecipadas. O mesmo acontecerá na Grécia, se estivermos atentos, daqui a 1 mês estarão a contestar os Syrisa. Os comunistas julgam-se a si próprios, e têm uma bitola estranha de avaliação, ou talvez não.

Aposto que no próximo Outono em Portugal (e mais uma vez não passarem dos 12%), haverá um partido que não será derrotado, esse partido será o PCP. E sabe o meu amigo porquê?

António Nunes disse...

Meu caro João,

Agradeço a sua resposta ao meu comentário.

O PCP não reclamou para si a vitória do Syriza na Grécia. Sublinhou a derrota de políticas que querem destruir países e povos.

Cá em Portugal, nas próximas legislativas, antevê-se que o PSD e CDS juntos (coligados ou não) possam vir a ter um dos piores resultados desde o 25 de Abril.

No rescaldo da noite das eleições não me incomodará que o PCP, mesmo não passando dos 12 porcento (não me custa admitir), possa comentar que os resultados terão significado a derrota dessas mesmas políticas, que os portugueses terão votado na expectativa de uma mudança.

Parece-me justo que esse facto possa ser considerado positivo mesmo que o PCP não reforce a votação.

Também me parece que se o PCP eleger mais deputados, nem que seja só um, esse facto seja realçado. Se reforçar a percentagem, idem. Se reforçar a votação em número absoluto de votos, idem.

Quanto às “vitórias" do PCP são apenas caricaturas.
Não me recordo de o PCP alguma vez ter dito que ganhou as eleições legislativas...

Cordialmente,
António Nunes

João, disse...



Meu caro António, a sua opinião está em “linha” com a linha. Se de alguma coisa o PCP não pode ser acusado é de incoerência, na retórica. Existem algumas excepções, como aquela recente, de lutarem contra a presença de bases militares americanas em Portugal, mas acharem que, talvez, não se devessem ir embora porque deixam cá algum bago! Mas essa é a excepção...

Quanto à derrota desses “tais” partidos no próximo Outono, é algo que ainda está para provar e, se suceder, é porque os portugueses assim votarão e avaliarão as suas políticas, e com humildade, estes, deverão aceitar os resultados. Na nossa demo cracia o voto ainda é soberano!

No entanto, o PCP, e apesar desses míseros 12% de votos (sinal que o povo português rejeita e continuará a rejeitar, inequivocamente as suas políticas e as suas propostas), não aceitará mais uma vez os resultados, e estarão na rua aos berros e a pedir novas eleições, sejam quais forem os vencedores. A não ser que fossem eles, e aí, garanto-lhe que ninguém se manifestaria. Em simultâneo, continuarão com as greves e manifestações de todo o aparelho sindical que dominam (à custa do dinheiro dos contribuintes que pagam a leiva de dirigentes e delegados sindicais profissionais, que brotam como cogumelos, veja-se o caso da polícia, professores e administração local), na administração pública da educação aos transportes, passando pela saúde e pela administração local (porque na privada nem vê-los), e que causam ao país prejuízos quase iguais aos especuladores da alta finança, ou economia paralela.

Não admira assim, não que ganhem, mas que nunca percam eleições gerais. Aliás, para o PCP, tal nunca deveria existir, o “poder” tem outras formas de ser conquistado, não faltam provas disso...

António Nunes disse...

Já que lhe saltou a tampa, dou por terminada a polémica que, num primeiro momento, me pareceu poder ter alguma elevação.
Não volto a incomodá-lo.

Ainda assim, cordialmente
António Nunes

João, disse...

Está enganado, meu caro. A mim nunca me salta a “tampa”, sobretudo quando falo do PCP, tenho muita paciência. Gosto é de responder com os mesmos argumentos que esse partido usa em relação aos outros.

Infelizmente, essa é outra das fragilidades do PCP em particular, e dos comunistas em geral. Só foram programados para atacarem com as suas ideias retrógradas, são incapazes de suportar quem os trate de maneira igual.

Também não se pode ser perfeito...

De qualquer maneira também lhe agradeço a sua participação no debate, não somos é obrigados a estar de acordo, e ainda bem, porque com a diversidade é que se evolui. Não sou por unanimismos, nem por unicidades...