quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Apenas para reflectir...


Em que mundo vivemos?  Qual o melhor local para morrer? Porque morrem as pessoas nos hospitais? Já algum morto disse onde gostaria de ter morrido? Onde estão os familiares quando as pessoas morrem? Se é moda os pais assistirem ao nascimento dos filhos, porque não se cria a moda dos filhos assistirem à morte dos pais? Acaso o morrer é menos humano que nascer? E como dizia Saramago "se de repente ninguém morresse..."? Quantos já viram como se morre para lá das portas de um serviço de urgência hospitalar? A morte ainda existe?

Haja algum decoro nesta péssima comunicação social que nos intoxica. Sejam minimamente sérios e deixem de servir interesses obscuros.

Leitura inspiradora retirada de aqui:

"... sétima pessoa a morrer nas urgências em apenas um mês. Isto é extraordinário. Nos anos anteriores, ninguém morria nas urgências. O que também era extraordinário. Isto é tudo tão extraordinário que nem sei o que é mais extraordinário.

Faz lembrar os últimos tempos de Correia de Campos como Ministro da Saúde. Se bem me lembro, de um momento para o outro, as mulheres começaram a parir em barda nas ambulâncias. Penso que até houve um bebé que nasceu num helicóptero a caminho de uma maternidade. O mais fantástico deste fenómeno foi que mal o ministro caiu as mulheres deixaram de ter filhos nas ambulâncias. Uma explicação possível é a queda de natalidade.

Adenda: Um dia depois desta entrada, foi notícia de abertura no Jornal da Tarde da SIC o caso de um idoso de 96 anos que morreu nas urgências. De acordo com um comentário do "Tiro ao Alvo" sabe-se agora que "o falecido foi atendido 9 minutos depois de chegar ao hospital e que padecia, como é compreensível, de várias doenças crónicas."

PS: Em 2014 registaram-se em Portugal 238 mortes infantis, até ao primeiro ano de vida, o valor mais baixo de sempre em números absolutos.

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