A toda a parte chegam
os vampiros, poisam nos prédios, poisam nas calçadas, trazem no ventre despojos
antigos, mas nada os prende às vidas acabadas. São os mordomos do universo todo,
senhores à força, mandadores sem lei, enchem as tulhas, bebem vinho novo, dançam
a ronda no pinhal do rei!
Eles comem tudo,
Eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada...
No chão do medo
tombam os vencidos, ouvem-se os gritos na noite abafada, jazem nos fossos vítimas
dum credo, e não se esgota o sangue da manada. Se alguém se engana com seu ar
sisudo, e lhe franqueia as portas à chegada?
- Eles comem
tudo, Eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada...
Figura 1 - Quadro de (des)honra citado por Paulo Morais (mas há muitos mais...)
1 comentário:
Uma letra com tantos anos e tão actual ao mesmo tempo.
Um abraço
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