Nos próximos
dias iremos assistir ao choradinho dos “reformados desgraçadinhos” que o
malandro do Coelho, com a aplicação da Contribuição Especial de Solidariedade
(CES) os deixará na miséria. Vale a pena recordar, que muitos destes queixinhas
(a CES só abrange os Reformados com mais
de 1 000 euros/mês, e o “ordenado médio em Portugal é de 950 euros), ficaram
a ganhar mais quando se reformaram, do que ganhavam quando trabalhavam, através
da aplicação de uma fórmula de cálculo aberrante.
Como se pode ler
aqui, “... o corte da CES é progressivo e começa em 3,5%. A lei garante no
entanto que, da aplicação da CES, não pode resultar uma pensão inferior a 1.000
euros. O corte de 3,5% (que começará em 1.000 euros e não em 1.350) mantém-se
inalterado até 1.800 euros. Entre este valor e 3.750 euros, a taxa vai subindo
até atingir 10%,o que significa que também não há mudanças face ao regime em
vigor. O Orçamento Rectificativo só prevê cortes diferentes dos actuais no caso
de pensões superiores a 4.611,4 euros. É que, além do corte de 10%, continuam
previstas outras duas taxas que passam agora a abranger pensões mais baixas. A
taxa de 15% (que acumula com o corte de 10%) passa a incidir sobre o valor da
pensão entre 4.611,4 e 7.126,7 euros (contra os actuais 5.030,6 e 7.546 euros,
respectivamente.) Já a parte da pensão que ultrapassa 7.126,7 euros é sujeita a
uma taxa de 40% (que até aqui só abrangia valores acima de 7.546 euros).”
Isto quer dizer
que, um reformado que ganhe 1 000 euros receberá menos 35 euros por mês, e esta
taxa manter-se-á como no ano passado até aos 1 800. Eu que ganho 1 500
receberei menos 52 euros, exactamente o mesmo que no ano passado, sem qualquer
acréscimo. A partir dos “pobrezinhos” que ganham mais de 4 600 euros, as coisas
piam mais fino, mas francamente não tenho muita pena deles, como certamente
aqueles que ganham menos de 1 000 euros (e são aproximadamente 80% dos nossos
reformados), não terão nenhuma pena de mim, e até invejariam descontar como eu.
Iremos por isso
assistir, nos próximos dias, a um linguajar que meterá, entre outros termos, “o roubo”. A liderar estas contestações
estarão Manuela Ferreira Leite, Bagão Felix, Maria do Rosário Gama, Casimiro
Meneses, António Capucho, todo o Partido Comunista e Bloco (os tais do “manifesto
dos 70” ),
e o aparelho do PS a esfregar as mãos. A nova “brigada do reumático” do costume!
Em minha opinião,
o que essa gente toda deveria estar a protestar e defender, eram aqueles que não
têm cortes (80% dos Reformados), e todos aqueles, que trabalhando, ganham menos
de 1 000 euros por mês, bem como alguns desempregados, esses sim merecem
protestar e ser defendidos. Mas não, a nova “brigada do reumático” prefere
defender os que têm cortes.
Porque será?
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