sexta-feira, 14 de março de 2014

O que muda nas pensões em 2014

Nos próximos dias iremos assistir ao choradinho dos “reformados desgraçadinhos” que o malandro do Coelho, com a aplicação da Contribuição Especial de Solidariedade (CES) os deixará na miséria. Vale a pena recordar, que muitos destes queixinhas (a CES só abrange os Reformados com mais de 1 000 euros/mês, e o “ordenado médio em Portugal é de 950 euros), ficaram a ganhar mais quando se reformaram, do que ganhavam quando trabalhavam, através da aplicação de uma fórmula de cálculo aberrante.

Como se pode ler aqui, “... o corte da CES é progressivo e começa em 3,5%. A lei garante no entanto que, da aplicação da CES, não pode resultar uma pensão inferior a 1.000 euros. O corte de 3,5% (que começará em 1.000 euros e não em 1.350) mantém-se inalterado até 1.800 euros. Entre este valor e 3.750 euros, a taxa vai subindo até atingir 10%,o que significa que também não há mudanças face ao regime em vigor. O Orçamento Rectificativo só prevê cortes diferentes dos actuais no caso de pensões superiores a 4.611,4 euros. É que, além do corte de 10%, continuam previstas outras duas taxas que passam agora a abranger pensões mais baixas. A taxa de 15% (que acumula com o corte de 10%) passa a incidir sobre o valor da pensão entre 4.611,4 e 7.126,7 euros (contra os actuais 5.030,6 e 7.546 euros, respectivamente.) Já a parte da pensão que ultrapassa 7.126,7 euros é sujeita a uma taxa de 40% (que até aqui só abrangia valores acima de 7.546 euros).”

Isto quer dizer que, um reformado que ganhe 1 000 euros receberá menos 35 euros por mês, e esta taxa manter-se-á como no ano passado até aos 1 800. Eu que ganho 1 500 receberei menos 52 euros, exactamente o mesmo que no ano passado, sem qualquer acréscimo. A partir dos “pobrezinhos” que ganham mais de 4 600 euros, as coisas piam mais fino, mas francamente não tenho muita pena deles, como certamente aqueles que ganham menos de 1 000 euros (e são aproximadamente 80% dos nossos reformados), não terão nenhuma pena de mim, e até invejariam descontar como eu.

Iremos por isso assistir, nos próximos dias, a um linguajar que meterá, entre outros termos, “o roubo”. A liderar estas contestações estarão Manuela Ferreira Leite, Bagão Felix, Maria do Rosário Gama, Casimiro Meneses, António Capucho, todo o Partido Comunista e Bloco (os tais do “manifesto dos 70”), e o aparelho do PS a esfregar as mãos. A nova “brigada do reumático” do costume!

Em minha opinião, o que essa gente toda deveria estar a protestar e defender, eram aqueles que não têm cortes (80% dos Reformados), e todos aqueles, que trabalhando, ganham menos de 1 000 euros por mês, bem como alguns desempregados, esses sim merecem protestar e ser defendidos. Mas não, a nova “brigada do reumático” prefere defender os que têm cortes.

Porque será?


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