Este simpático septuagenário
chama-se Bagão Félix, é apontado
como uma das celebridades que assinou o tal “manifesto” de reestruturação da dívida pública portuguesa. Ele e
mais outros 73 sabichões da coisa, como: Manuela Ferreira Leite, João Cravinho,
Francisco Louçã, Freitas do Amaral, Carvalho da Silva, e outra “ciganada” que
por aí andam a vender-nos gato por lebre, autênticos cata-ventos senis e papagaios
falantes, agarrados às suas chorudas
reformas, que querem manter privilégios à conta daquilo que chamam “ os direitos
adquiridos”, querendo continuar a chutar para as gerações vindouras (porque não
duvidem, alguém vai ter de pagar, senão forem os pais, serão os filhos e netos).
Se hoje aqui
cito este “velhinho” simpático, é porque nutria por ele alguma admiração
intelectual, pelo seu percurso de vida e de participação na vida pública
portuguesa (sobre a outra “tralha” nem quero ouvir falar), mas com esta mudança de opinião que aqui revela em apenas 6 meses,
está também, e desde já, “desarriscado” das minhas referências. Senão oiçam com atenção e reflictam:
Dizia então o senhor, em Outubro de 2013, sobre a tal “reestruturação da dívida”, se bem ouvi:
"Quando se fala de reestruturação da dívida - entenda-se: não pagar parte da dívida, ou pagar
com mais tempo -, se isso acontecer, o FMI e os outros credores
preferenciais não se sujeitam a este corte a menos que haja acordo. E quem iria
apanhar sobretudo o corte se eventualmente houvesse acordo? Quem pagaria isso
seriam os bancos portugueses. E, apanhando os bancos portugueses um corte
desses, quem apanhava era a própria capacidade de solvabilidade dos bancos e,
por tabela, os depositantes. Por isso falar de reestruturação da dívida fora do
contexto efectivo de quem são os detentores dessa dívida, parece-me
relativamente imprudente."
E o que aconteceria se houvesse um perdão de dívida que
afectasse os bancos portugueses?
"Seria terrível. Suponha que 40 ou 50 por cento da dívida era
perdoada. Os recebimentos nacionais têm 62 mil milhões de euros neste momento.
Significava que 25 mil milhões desapareciam de repente das companhias de
seguros, dos fundos de pensões e sobretudo da banca. Alguns bancos estariam, em
termos de solvabilidade, numa solução bem pior. Depois ter-se-ia que
recapitalizar esses bancos. Em última análise, quem apanha no fim são
aqueles que emprestam dinheiro aos bancos, que são os depositantes, que são os
últimos credores."
Por mim, estou esclarecido.
1 comentário:
Eu gostava de ver era estes senhores viverem, nem que fosse um mês, com os ordenados, as reformas e pensões da maioria dos portugueses, isso é que era.
Bom fim de semana.
Um abraço
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