Como quem não
quer a coisa abeirei-me da janela, uma pedra na vidraça, só a entendia ela: -
Poisa o livro! Estou em pulgas, faz-me que sim de raspão, o milagre é hoje! É
hoje! Perco os bofes. Figurão!
Há que subir de mansinho não acorde a
vizinhança, há que saber o Passinho, para começar uma dança.
O olhar diz-me
que sim, vai haver aqui levante: - Dá-me um beijo, eu dou-te a ti, e passemos
adiante! Ao princípio foi um instante, todo eu era calores! A seguir fui mais
amante, ensinaram-me umas “flores”....
Há que ter
certos asseios, não vá o “ninho” dar espiga, há que saber os permeios! Não dê o
bolo em barriga. Já dei o que de mim tinha, e o que tinha para levar. Amanhã?
Nunca se sabe, vamos lá exagerar! Tenho um olho na janela, e a orelha nas
escadas, tenho sebo nas canelas, e as botas já calçadas.
Foi presságio do
diabo, mesmo agora alguém entrou! Antes morto que caçado: - Fujo mesmo como
estou...
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