Não estou a desculpar o presente, estou a
analisar o passado. Quando chegar a vez destes, fá-lo-ei com os mesmos olhos,
se a tanto me ajudar o engenho e a pouca arte...
Tal como
prometi, venho hoje publicar mais um Post sobre o título a que denominei “Descalabro das Contas Públicas”. Esse
descalabro vem acontecendo desde o início do actual regime que se iniciou em 1974,
mas teve o seu auge nos últimos 20 anos. De grosso modo, durante esse período,
as Despesa Públicas Correntes quase triplicaram; enquanto as respectivas
Receitas que as suportaram, pouco mais que duplicaram. Devemos ter em conta que
estamos a usar como unidade de medida os “milhares
de milhões de euros”.
Como foi possível
então, o País, suportar essa situação?
Estou farto de
aqui dizer que foi com recurso ao pedido de empréstimos. A Dívida Pública, só
entre 2005-2011 (consulado Sócrates) aumentou de 60 para 120% do PIB. Isto é,
um aumento para o dobro. Em valor absoluto, a dívida aumentou cerca 100 000
milhões de euros em apenas 7 anos. Foi essa a política financeira dos governos
socialistas socráticos: pedir emprestado,
que alguém há-de pagar, ou ainda, quem vier atrás que feche a porta!
No Gráfico 1
podemos verificar que, as Despesas Correntes do Estado vieram sempre a subir
desde 1995 até ao ano de 2010. Durante esse período, não se verificaram
quaisquer diferenças significativas, apesar de 4 Primeiros-ministros diferentes
(Guterres, Barroso, Santana e Sócrates); Podemos dizer, que esse aumento foi
constante (em valores absolutos, mais de 3 mil milhões de euros todos os anos).
Em 2010 estas Despesas eram “2 vezes meia” superiores ao que eram em 1995.
Gráfico 1 – Evolução das Despesas Públicas Correntes entre 1995 - 2012
(Clicar sobre a imagem para ver melhor)
Podemos ainda verificar
no Gráfico 1, que a partir de 2011, e pela 1ª vez na história da Democracia
portuguesa, as Despesas Correntes do Estado diminuíram. Em 2011 baixaram cerca
de mil milhões de euros em relação a 2010; e em 2012, apesar de toda a
propaganda que as despesas não param de subir, a Despesa desceu em relação a
2010 cerca de 4,3 mil milhões de euros.
Em contrapartida
as Receitas Fiscais do Estado (Impostos e Segurança Social) caíram drasticamente
nos últimos dois anos. Mesmo antes, nunca deram para cobrir as Despesas, nem
pouco mais ou menos. De acordo com as minhas contas, o deficit acumulado entre 1995 – 2012 totalizou cerca de 172,2 mil
milhões de euros. Tal como já tinha afirmado no Post anterior, o “deficit médio anual” foi cerca de 10
mil milhões de euros.
Como se pode
verificar no Gráfico 2, as coisas até não andaram muito desequilibradas até ao
ano 2000, com deficits entre os 3 e
os 5 mil milhões de euros, que poderiam ser compensados com alguma venda de
Património (receitas extraordinárias); mas a partir daí, com a entrada no
“Euro”, os nossos governantes entraram na “loucura total”, com deficits que chegaram aos cerca de 20
mil milhões de euros (2009 e 2010). Só o consulado socrático, em 6 anos
(2005-2010), foi responsável por 80 mil milhões de euros (50% do deficit
acumulado em 18 anos); e comparando com o seu camarada Guterres, este não
chegou aos 40 mil milhões nos 8 anos do seu consulado (1995 – 2002).
Ah
ganda socas, com mais umas fatiotas azules e umas gravatitas vermelhas ainda te
veremos na presidência da república, porque o país estar-te-á grato eternamente
por tão ganda obra!!!!
Gráfico 2 – 20 anos de Deficits nas
Contas Correntes em Portugal
(Clicar sobre a imagem para ver melhor)
Há quem diga que
este foi o preço para comprarem os nossos votos (2009); mas as PPP´s, swaps, os
juros, BPN, BPP, Banif, e coisas que tais, também terão levado a sua parte.
E que me
desculpem todos os “papagaios do regime”, mas isto não foi culpa de conjuntura
externa, isto é incompetência, ou algo mais! Claro que, “com dinheiro alheio é
fácil fazer flores”, sobretudo, se não existir intenção de o pagar. Toda esta
gente responsável por este descalabro, deveria sentar o “cu” no banco dos réus
de um tribunal sério. Mas sobre isto, o Tribunal Constitucional disse até hoje
“nestun”; se é que eles, não deveriam também passar de julgadores a julgados. E
os portugueses deveriam olhar para isto, analisar, e assumir a co-responsabilidade
política, por terem dado o voto a esta gente.
No fundo, os
grandes responsáveis somos todos nós, porque não passamos de democratas da
treta, só sabemos dar uns berros em manifestações, e no fundo o nosso exercício de controlo democrático é ZERO. E assim, qualquer burro com olhos, desde que diga que é
“doctor ou engenhêro”, nos come as papas na cabeça.
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