Que negra sina ver-me assim, que sorte e vil degradante, ai
que saudades eu sinto em mim, do meu viver de estudante. Nesse fugaz tempo de amor,
que de um rapaz, é o melhor. Era um audaz conquistador das raparigas. De capa
ao ar, cabeça ao léu, só para amar vivia eu. Sem me ralar, a vadiar, e tudo
mais eram cantigas! Nenhuma delas me prendeu. Deixá-las? Eu era canja! Até ao
dia que apareceu, essa traidora de franja.
Sempre a tinir, sem um tostão, batina a abrir por um rasgão,
botas a rir, um bengalão, e ar descarado. A vadiar com outros mais, e a dançar
para os arraiais, para namorar, beber, folgar, cantar o fado...
Recordo agora com saudade os calhamaços que eu lia. Os
professores da faculdade, e, a mesa da anatomia! Invoco em mim recordações, que
não têm fim, dessas lições, frente ao jardim do velho campo de Santana. Aulas
que eu dava, se eu estudasse! Onde ainda estava nessa classe, a que eu faltava
sete dias por semana!
1 comentário:
Genial. É uma das recordações da minha infância, quando nas tardes de Domingo víamos estes filmes.
Um abraço
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