“Hoje (ontem) ficou bem demonstrado o que o PS tem
para oferecer aos portugueses: candidatos que são um vazio de ideias e
estratégias para o país: a única coisa que os move é o poder; o argumento que
António Costa usa para justificar esta palhaçada onde meteu o partido dele, é
que ele, Costa, tem mais condições para lá chegar que o Tozé. Patético. Esta
campanha para eleger um "candidato a 1º ministro" tem pelo menos uma
virtude: eles têm de mostrar o que valem. E até ao dia 28 de Setembro os
portugueses "há-dem" perceber que eles valem muito pouco.
(Alexandre Carvalho da Silveira)”
Elejo este comentário, dos muitos que li por aí, a respeito do debate entre António Costa e António José Seguro. E cito-o por me rever nele um pouco. Quem assistiu ontem a este 1º confronto entre estas duas personalidades que querem governar Portugal e os ecos que se seguiram nas televisões, acho eu que tem que se sentir defraudado, e pensar que este país assim não vai lá.
Começando pelo
debate, que inclui a jornalista moderadora pelas perguntas que fez e pelas que
não fez, mais parecia uma entrevista para seleccionar um candidato a um
qualquer “big brother”, ou outro qualquer “reality show”, todos mais
preocupados com a “imagem” do que com os conteúdos, e privilegiado o supérfluo
em detrimento do essencial. Assim não pode ser.
E desculpem-me
senhores jornalistas e comentadores militantes, eu estou-me nas tintas para que
o primeiro-ministro seja "um gajo bonito e porreiro", ou "esteja sereno perante as
câmaras ou mais ansioso", se é "um doutor de Vila Real ou um camponês de Lisboa, ou vice-versa",
se um é "melhor actor do que o outro", ou de coisas do género "Seguro aparentou ter um feitio
perigoso", "arma-se em cão raivoso", "fez biquinho",
"António Costa conseguiu aguentar todas as ofensas" ou Seguro "faz uns esgares que fazem lembrar uma cobra-cascavel";
o que eu quero saber, e penso que a maioria dos portugueses, é se estes
dois estão bem preparados para governarem o país e quais as ideias e estratégias
que apresentam para governarem.
O que eu quero
saber é:
- Quais as
propostas concretas, exequíveis e calendarizadas que têm para diminuírem a maior chaga social que é o desemprego.
- Que valor para
o salário mínimo nacional e quais as medidas para promoveram a sua
sustentabilidade, sobretudo nas micro e pequenas empresas.
- Como vão ser
capazes de manter os custos do actual SNS, com os parcos recursos que possui o
Estado.
- Que propostas
para o Ensino Superior, que continua a formar cursos em áreas que ninguém
precisa. Veja-se o caso das áreas das humanidades/engenharias.
- O que vão fazer com as "rendas" excessivas que ainda pagamos com as PPP´s, e que o próprio partido deles (PS) criaram.
- Como vão no futuro melhorar e controlar a supervisão ao sistema bancário e financeiro para se evitarem coisas como o BPN e BES.
- O que vão fazer às Empresa Públicas, nomeadamente, as de transportes, e como as vão financiar no futuro.
- O que vão fazer com as "rendas" excessivas que ainda pagamos com as PPP´s, e que o próprio partido deles (PS) criaram.
- Como vão no futuro melhorar e controlar a supervisão ao sistema bancário e financeiro para se evitarem coisas como o BPN e BES.
- O que vão fazer às Empresa Públicas, nomeadamente, as de transportes, e como as vão financiar no futuro.
- Como vão eles
aumentar as Receitas do Estado (com números concretos), para fazerem face às
Despesas que se propõem aumentar (com a reposição de salários e parar os cortes
nas pensões, reabrir Tribunais e Escolas, etc., como andam a prometer).
- Qual a “receita”
ou “poção mágica” (enquanto estadistas) que têm para fazerem o tal crescimento
económico de que tanto falam. E porque não o fizeram no passado quando tiveram
responsabilidades governativas e políticas (no caso do António Costa), ou se
descobriram novas estratégias.
- Como é que vão
fazer a sustentabilidade da Segurança Social. Onde vão eles há procuras das
Receitas que cubram os custos insustentáveis (38 000 milhões de euros em 2013)
que são hoje praticamente 50% das Receitas totais do estado. E com tendência
para se agravarem drasticamente, por razões demográficas e não só, no futuro.
- Para quanto
terá de crescer o PIB português (o tal aumento de riqueza de que falam) para
sustentar uma Despesa Pública superior a 80 000 milhões de euros. Como vão
conseguir um PIB de 200 000 milhões, quando actualmente não chega aos 170 000
milhões de euros.
- Como vão ser
capazes de aumentar as Exportações e terem uma Balança Comercial equilibrada,
se no passado nunca o fizeram, e porquê?
- E por fim,
qual a estratégia que têm para diminuir a Dívida Pública e respeitarem o
Tratado Orçamental, que assinaram e se comprometeram a respeitar (o PS) com défice
inferior a 2,5%?
Se me
responderem concretamente, e com simplicidade, a estas questões, eu até me vou
inscrever ainda hoje, como simpatizante, e votarei nos dois....
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