quarta-feira, 25 de novembro de 2020

SOS – Senhores governantes...

Idosos e Lares de Idosos

Como parar esta “PANDEMIA” dentro da pandemia? 

É aqui que está o maior problema da Covid 19: E o FOCO deveria estar aqui. Como salvar esta gente a quem tudo devemos, são os nossos pais e avós, responsáveis pelo que somos hoje.

Uma grande percentagem destas pessoas encontra-se institucionalizada e confinada em Lares. Parte da situação epidemiológica é a seguinte:

- No dia 2 de Setembro, a DGS divulga no seu site que há 23 lares com surtos activos.

- Cerca de duas semanas depois, no dia 16 de Setembro, o Observador aponta surtos em 35 lares.

- Em 23 de Outubro, o Ministério da Saúde revela que existiam então 107 lares com surtos, afectando cerca de 1.400 utentes.

- Um mês depois, a 23 de Novembro, é divulgada a existência de 182 surtos em lares de idosos.

Em cerca de dois meses e meio, os surtos em lares aumentam 8 vezes, e 159 em termos absolutos.

Por outro lado, o que sabemos é que dos 4 056 óbitos associados à covid 19, cerca de 3 500 (86%) tinham mais de 70 anos. Uma grande maioria destas mortes aconteceu em Lares.

Em Portalegre sabemos que só na St.ª Casa da Misericórdia já vai em 11 mortos em 95 utentes (12%)!



 

Acresce ainda, que era importante saber (mas isso a DGS não tem divulgado), quantas destas pessoas necessitaram de internamentos e quantas delas de cuidados intensivos? Quantos dias necessitaram destes cuidados de saúde, no total de dias disponibilizados aos cuidados à covid? Certamente aqui encontraremos a resposta para a superlotação hospitalar que se fala. E quantos terão ainda necessidade de usá-los se não se acudir na fonte, na PREVENÇÃO, e por o foco estratégico onde está o problema.

Senhores governantes, mudem de estratégia, deixem de se preocupar, quase e só, com testagens de gente que não está doente nem irá estar. Deixem a “história natural da doença” correr onde não causa danos, ou causa poucos. 

Deixem as crianças nas escolas e adultos jovens em paz a trabalhar. Deixem a economia fluir. 

Expliquem de uma vez por todas aos doutores médicos que se não há economia sem saúde, também não há saúde sem dinheiro. O mundo não são só os hospitais e a sua chafarica especializada. De nada servirão todos os recursos, se não houver dinheirinho para os sustentar. E ele não cai do céu, nem da árvore das patacas. Deixem-se de “historietas que um jovem de 39 anos também morreu...., e até uma criancinha”. Todos os dias morrem jovens e crianças com outras doenças, e não são poucas.

Os governantes deixem de fazer política com a doença, larguem as conferências de imprensa permanentes, divulguem os dados e deixem-se de “cenas”.

A comunicação social concentre-se na objectividade das notícias. E se querem espetáculo...? Mostrem-nos teatro, cinema, futebol e outras variedades (nem que seja o espetáculo do “cu pra cima cu pra baixo” que tanto gostam, inclusive a RTP que vive dos nossos impostos). Se há tantas restrições nesta espécie de “estado de emergência”, exija-se à comunicação social que deixe de negociar com a desgraça alheia.

Lares meus senhores, o “problema” principal está nos Lares...

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