Ser Benfiquista é ter na alma a chama imensa, que nos
conquista e leva à palma a luz intensa do sol que lá no céu, risonho, vem beijar
com orgulho muito seu as camisolas berrantes, que nos campos a vibrar são
papoilas saltitantes....
Quando não se é adepto de nenhum dos dois clubes em campo, o resultado do jogo é-nos indiferente, mas em todo o caso, ontem lembrei-me dos vários benfiquistas da minha família e de alguns amigos e sinto aquilo que penso deve sentir o ciclista que anda sozinho uma data de quilómetros e com a meta à vista o pelotão passa por ele e lá se foi a vantagem.
É mais ou menos isso, minha cara Helena; só que com menos esforço (dos praticantes), porque o ciclismo é algo quase desumano no esforço. Estes jovens do pontapé na bola são “outra coisa”...
Quanto a mim o ser benfiquista não me torna cego. Para mim um jogo tem sempre dois resultados, ganhar e perder. Sinceramente acho que até se aprende bem mais quando se perde, e ao longo da minha vida tenho perdido muitas vezes.
Perder como foi o caso de ontem (o que se passou em campo), não deveria deixar nenhum benfiquista frustrado, antes deveriam aprender a lição, nomeadamente porque é os outros ganharam. Mas as paixões futeboleiras não o permitem.
Fiquei muito triste ontem, gostava de ter ganho, mas hoje ao levantar-me pela manhã e ao ver nascer o sol, constatei que o mundo não tinha acabado, e pareceu-me, até, que a terra continuava a girar em torno do dito.
Não nasci benfiquista. Fiz-me benfiquista. Não vou deixar de o ser por perder um jogo. Fracas são as convicções daqueles que o fazem.
É assim no desporto como na vida. Ser do Benfica quando se ganha, e abandonar quando se perde, não me parece de grande coerência, nem de grande desportista. E quando não se sabe ser desportista, também não me parece que seja um grande Homem ou Mulher.
Para mim os parabéns vão todos para um homem que merece este título (se o vier a ganhar). Chama-se Vítor Pereira, é treinador do FCP, e merece-o porque até os “seus” duvidaram dele. Ser campeão sem derrotas, ou ficar em segundo sem perder, não está ao alcance de qualquer um. Vítor Pereira merece bem o título!
Eu enquanto benfiquista (mas primeiro desportista), tiro-lhe o chapéu, e dou-lhe os meus sinceros parabéns.
2 comentários:
Quando não se é adepto de nenhum dos dois clubes em campo, o resultado do jogo é-nos indiferente, mas em todo o caso, ontem lembrei-me dos vários benfiquistas da minha família e de alguns amigos e sinto aquilo que penso deve sentir o ciclista que anda sozinho uma data de quilómetros e com a meta à vista o pelotão passa por ele e lá se foi a vantagem.
Um abraço
É mais ou menos isso, minha cara Helena; só que com menos esforço (dos praticantes), porque o ciclismo é algo quase desumano no esforço. Estes jovens do pontapé na bola são “outra coisa”...
Quanto a mim o ser benfiquista não me torna cego. Para mim um jogo tem sempre dois resultados, ganhar e perder. Sinceramente acho que até se aprende bem mais quando se perde, e ao longo da minha vida tenho perdido muitas vezes.
Perder como foi o caso de ontem (o que se passou em campo), não deveria deixar nenhum benfiquista frustrado, antes deveriam aprender a lição, nomeadamente porque é os outros ganharam. Mas as paixões futeboleiras não o permitem.
Fiquei muito triste ontem, gostava de ter ganho, mas hoje ao levantar-me pela manhã e ao ver nascer o sol, constatei que o mundo não tinha acabado, e pareceu-me, até, que a terra continuava a girar em torno do dito.
Não nasci benfiquista. Fiz-me benfiquista. Não vou deixar de o ser por perder um jogo. Fracas são as convicções daqueles que o fazem.
É assim no desporto como na vida. Ser do Benfica quando se ganha, e abandonar quando se perde, não me parece de grande coerência, nem de grande desportista. E quando não se sabe ser desportista, também não me parece que seja um grande Homem ou Mulher.
Para mim os parabéns vão todos para um homem que merece este título (se o vier a ganhar). Chama-se Vítor Pereira, é treinador do FCP, e merece-o porque até os “seus” duvidaram dele. Ser campeão sem derrotas, ou ficar em segundo sem perder, não está ao alcance de qualquer um. Vítor Pereira merece bem o título!
Eu enquanto benfiquista (mas primeiro desportista), tiro-lhe o chapéu, e dou-lhe os meus sinceros parabéns.
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