Numa rua de má fama faz negócio um charlatão, vende perfumes
de lama, anéis doiro a um tostão: enriquece o charlatão!
No beco mal-afamado, as mulheres não têm marido, um está
preso, outro é soldado, um está morto, o outro ferido e outro em França anda
perdido!
É entrar, senhorias a ver o que cá se lavra, sete ratos,
três enguias, uma cabra abracadabra...
Na ruela de má fama o charlatão vive à larga, chegam-lhe
toda a semana, em camionetas de carga, rezas doces, paga amarga!
No beco dos malfadados os catraios passam fome, têm os
dentes enterrados no pão que ninguém mais come, os catraios passam fome!
Na travessa dos defuntos, charlatões e charlatonas, discutem
dos seus assuntos e repartem-se quatro zonas, instalados em poltronas!
Para rua saem toupeiras, entra o frio nos buracos, dorme a
gente nas soleiras das casas feitas em cacos, em troca dalguns patacos!
Entre a rua (o clube) e o país vai o passo dum anão, vai o rei que
ninguém quis, vai o tiro dum canhão e o trono é do charlatão...
É entrar, senhorias
É entrar, senhorias
É entrar?
- É sair porra....
- É sair porra....
2 comentários:
O que mais gostei de ver ontem no jogo da final da taça foi os jogadores do Vitória de Guimarães a cantar o hino, ao contrário dos do Benfica.
Um abraço
E foram muito simpáticos e desportistas no final ao abandonarem o campo sem respeito por quem venceu. Sem cumprimentarem o Presidente da Republica, sobretudo os estrangeiros (que eram quase todos).
Uma situação que deveria envergonhar os benfiquistas, que deveriam repudiar estas atitudes de algumas "bestas" que vestem aquela camisola.
Os resultados alcançados não são mais que a consequência desta forma de estar. Assim não!
Responsáveis? Vieira e Jesus.
Para se vestir aquela camisola não deveria ser apenas condição de dar uns pontapés na bola, mas sim saberem o que é ou deveria ser o clube da maioria dos portugueses.
Por tudo isto, acho que quer o presidente, quer o treinador só lhes resta uma saída airosa: A porta da rua...
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