Existe na CM de Marvão uma situação que me vem deixando intrigado, e que não vi no passado nem no presente, alguém questionar o porquê, nomeadamente a Oposição, tanto na Vereação como na Assembleia Municipal.
A CM de Marvão, de acordo com a Acta da sua última Reunião, possui um Saldo de Tesouraria que ronda os 3 milhões de euros (2, 8 milhões), como se pode verificar no Quadro 1. Este valor representa, aproximadamente, 40% do Orçamento total da autarquia para 1 ano.
Quadro 1 - Resumo de Tesouraria da CM de Marvão em Outubro 2012
Fonte: Acta da CM de Marvão
Convém ainda esclarecer, que este valor não é circunstancial (devido a um qualquer recebimento ocasional), já que esse saldo no presente ano (10 meses), teve uma Média superior a 2, 2 milhões, como se pode verificar no Quadro 2. E para melhor fundamentar o que acabo de referir, há mais de 2 anos que a média desse valor é superior a 1,5 milhões de euros.
Esta situação poderia até ser considerada muito positiva, pois nos tempos que correm, ter uma Instituição com este desafogo financeiro, representa muito “juízo” por parte dos actuais dirigentes, e pode representar uma “mais-valia” para os tempos que se avizinham.
Mas numa Autarquia sem dívidas, como faz questão de ser sempre reafirmado pelo Presidente (confirmado pela análise aos Relatórios de Contas), sem conhecimento público de um qualquer grande Projecto para o próximo ano, e sabendo-se que se aproxima um período eleitoral para o próximo ano, convém questionar e alertar o seguinte:
- Que pretende o Executivo fazer com estas verbas?
- Elas irão manter as médias até ao próximo acto eleitoral? Ou irão ser gastas em “obrinhas” de última hora para contentar clientela, conquistar votos de ocasião e desfrutar de armas desiguais da concorrência?
- Poderão ficar estas verbas de “alicerce” para um próximo executivo, para não se verificar aquilo de que se queixou Vítor Frutuoso em 2005, de ter encontrado os cofres vazios e uma grave crise financeira?
As perguntas aqui ficam para quem tem a responsabilidade, nos órgãos próprios, questionar os dirigentes. Depois não se queixem!
Eu, enquanto cidadão, vou ficar atento ao desenvolvimento, tanto do executivo como daqueles que se dizem seus opositores.
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