Os “covideiros-mor”, que acusam todos
aqueles que questionem o status quo instituído de “negacionistas”, recusam-se a
discutir qualquer outra visão que não seja a sua, sendo eles a portarem-se como
verdadeiros negacionistas.
Em minha opinião, tal como defendi no
Postal anterior, é abusivo defender que a atual baixa na mortalidade e
internamentos associados à covid, se deverá, quase e só, exclusivamente à
vacinação.
Se assim fosse, como se explica que
populações de países vizinhos com taxas de vacinação semelhantes, como por
exemplo Portugal e Espanha, ou Alemanha e Suécia, tivessem, nos últimos 2
meses, mortalidades tão diferentes?
Por outro lado, como poderemos falar
de imunidade e dos efeitos positivos conferidos pelas “vacinas”, e ignorar o
efeito da chamada “imunidade natural” conferida pela doença, nessa mesma
população?
Em Portugal, se é verdade que em 31
de Outubro de 2021, 86% da população tinhas 2 doses da vacina; também é verdade
que, nessa mesma data, 11% (1 200 000 pessoas) da população seria
portadora da chamada “imunidade natural”, quando nessa data em 2020 não
chegavam a 2% (150 000 pessoas).
Será que mais de 1 milhão de pessoas imunizadas
por essa via não influenciam a mortalidade atual e respetivos internamentos?
A minha resposta é claramente que sim. E essa correlação está bem evidente no Quadro 1 que publico em baixo. Assim, é claramente visível que nos últimos 2 meses, neste conjunto de países da Europa Ocidental mais Israel, aqueles que têm maior taxa de população com “imunidade natural”, são aqueles que têm menor mortalidade.
Quadro 1 – Nº de mortes associadas à covid 19, nos últimos 2 meses, em diversos países da Europa ocidental e Israel, face às taxas de pessoas portadoras de imunidade natural.
Como vimos no Postal que publiquei anteriormente, o mesmos não se pode dizer à imunidade conferida pela vacinação, como se pode ver no Quadro 2, para o mesmo conjunto de países.
Quadro 1 – Nº de mortes associadas à covid 19, nos últimos 2
meses, em diversos países da Europa ocidental e Israel, face às taxas de
pessoas portadoras de imunidade natural.
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