quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Covid 19: Uma outra abordagem da pandemia (5)

As nossas autoridades, governantes e alguns peritos, todos os dias nos bombardeiam, perante a evidência que as atuais “vacinas” (eu diria terapêutica imunológica) não têm qualquer efeito sobre a incidência pelo SARVS COV 2, refugiam-se agora que o seu efeito se faz sentir sobretudo na gravidade da doença, mortalidade e nos internamentos. E a comunidade, incluindo a científica, pouco se interroga perante esta “verdade absoluta”, como se uma das funções fundamentais da ciência não fosse questionar e como se a vacinação fosse a única variável que influencia esses resultados.

E então outras variáveis como:

- A evolução da história natural da doença;

- A imunidade transmitida pelos contagiados;

- E o nº elevadíssimo de pessoas que morreram em Janeiro e Fevereiro de 2021, que se encontrava com saúde muito debilitada e que, possivelmente, morreriam durante o ano de 2021 e que como já morreram (6 meses a 1 ano antes), não morrem agora. Isto é evidente não só para a covid, como para outras doenças. A mortalidade geral está a níveis mais baixos dos últimos invernos, como pode ver aqui.

Hoje, para reflexão daqueles que me leem, apresento um pequeno quadro sobre diversos países nossos vizinhos, as taxas das pessoas inoculadas com 2 doses até 31 de Outubro de 2021; e as mortes ocorridas nos últimos 2 meses por 100 000 habitantes (1 de Novembro a 31 de Dezembro de 2021).

Os resultados obtidos, em minha opinião, mostram claramente que a tal “vacinação” não será a única variável a influenciar a diminuição da mortalidade e talvez nem seja a mais importante. Senão vejamos:

- Porque razão, tendo Portugal uma taxa superior em 7 pontos percentuais do que Espanha, morreram em Portugal o dobro das pessoas nesse período do que na vizinha Espanha?

- Porque razão, tendo Portugal uma taxa superior em quase 20 pontos percentuais do que a Suécia e Israel, terão morrido nesse período em Portugal mais do triplo das pessoas do que nesses 2 países?

- Porque razão tendo a Alemanha e a Suécia as mesmas taxas de “vacinação”, nesses 2 meses morreram na Alemanha 8 vezes mais pessoas do que na Suécia?

- Porque razão, tendo a Dinamarca uma taxa superior em 9 pontos percentuais do que a Suécia, terão morrido nesse período na Dinamarca mais do triplo das pessoas do na sua vizinha Suécia?

O resto das perguntas? Cada um faça as que quiser! Mas, ontem no Infarmed ninguém perguntou por isto aos peritos, nem eles acham importante ser investigado...

Eu faço a minhas:

- Será a vacinação a única ou a mais importante variável responsável pela diminuição da mortalidade por SARVS COV 2?

- E quem diz a mortalidade acrescenta as hospitalizações: as ligeiras e as mais graves?

- Ou será que perguntar ofende suas eminências?


 Quadro 1 – Taxas de inoculação contra o SARVS COV 2 até Outubro de 2021 e mortalidade por       100 000 habitantes nos 2  últimos meses de 2021 em diversos países da Europa Ocidental.



Leitura Complementar: https://paginaum.pt/2022/01/03/raio-x-a-pandemia-na-uniao-europeia-uma-analise-descritiva-e-grafica/


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