No meio desta
“trapalhada” toda, esta semana, senti-me um pouco vaidoso. O meu amigo António
Garraio presenteou-me com este artigo do Professor Mário Cordeiro, pediatra e especialista
de saúde pública, que desempenhou funções na DGS. Embora já aposentado, é um
dos médicos mais respeitados em Portugal, sobretudo na área da pediatria, e que
em tempos, a sua obra, me serviu de base teórica para um trabalho de
investigação que realizei na área da saúde infantil.
No princípio
fiquei um pouco desconfiado, porque o meu amigo Garraio, possuidor de um génio
muito próprio, às vezes tenho dificuldade em acompanhá-lo e saber aonde ele
quer chegar. Cheguei a pensar que me estava a remeter para que lesse e
aprendesse com quem sabe, em vez de andar, por vezes, a mandar para aqui umas postas de pescada.
Mas não, desta
vez o “artista” Garraio, estava numa positiva. Ao ler o artigo, concluí que os
números e os quadros que aqui venho publicando (que ele diz que me dão volta à
cabeça), afinal estavam perto do que o Professor Mário Cordeiro acha que deviam
ser os indicadores essenciais para avaliar esta fantochada que todos os dias
nos bombardeiam, a saber:
- Taxa de
mortalidade imputada ao covid 19;
- Nº total de
doentes internados;
- Nº de doentes
mais graves internados em cuidados intensivo;
- Taxa de
positividade encontrada, face ao nº de testes efectuados;
- Taxa de
vacinação, sobretudo da população mais vulnerável.
O resto? Bem o
resto é treta, para embalar leigos em estatísticas e epidemiologia e espalhar o
medo para reinar. Leiam o artigo.
Na semana que
terminou a 11 de Julho de 2021, e face à semana anterior, voltou a registar-se
um aumento muito significativo de todos os indicadores que aqui monitorizamos.
Como facto positivo a registar, nos últimos 4 dias, o nº de testes positivos
têm vindo a diminuir consecutivamente: 3.285 (Quarta); 3 269 (Quinta);
3 194 (Sexta; ) 3.162 (Sábado); e 2.323 (Domingo). Isto poderá ser um bom
sinal.
No entanto, a
“covidagem” não pára de nos infernizar a moleirinha: “que os casos não param de
aumentar, que para a semana teremos 4 000 casos/dia (diz a Marta), que
estamos à beira da ruptura nos cuidados intensivos com 150 internados (em
Fevereiro chegámos a ter mais de 1 000 e aguentámo-nos, agora com 1/10 é o
ai jasus), para ir aos restaurantes temos que ir de coleira e, quando toda a
Europa está a abolir a caraça em espaço público, a vovó da DGS (por quem perdi
o respeito que lhe tinha) diz que por cá, no mínimo, será para usar até Setembro: faz-me lembrar o filho da outra na tropa: "iam todos com o passo trocado..., só o meu filhinho é que vai certo"; e, não fosse a vacina “vieira”, esta semana
teria sido o apocalipse.
Pobre país, que bestas destas te dirigem!
Até apetece dizer que vão todos à m****, que já chega de tanta parvoíce.
Enfim vamos a
coisas sérias.
Como podemos observar no Quadro em baixo:
- Na última
semana registaram-se em Portugal 18 916 testes positivos à covid 19, mais
4 375 casos do que na semana anterior;
- Nos últimos 14
dias registaram-se em Portugal 328 casos/100 000 habitantes;
mais 92 casos do que há uma semana;
- A média da
última semana foi de 2 702 casos/dia; mais 625 casos/dia que na semana
anterior.
- Ao dia 11 de
Julho encontravam-se internados 672 pessoas; mais 105 internamentos do que
há uma semana.
- Os
internamentos em cuidados intensivos no dia 11 de Julho eram 153 os internados;
mais 25 do que há uma semana.
- Durante a
última semana registou-se um total de 44 óbitos associados à covid. Mais 16 que
na semana anterior.
- A Taxa de
Positividade, que mede a percentagem de testes positivos encontrados, foi de
2,8 %. Isto é, por cada 400 testes efectuados 11 deram positivo.
- No período de
25/6 a 1/7 realizaram-se em Portugal cerca de 406 796 testes, que de grosso modo,
correspondem a cerca de 405 milhões de euros de custos aos contribuintes
portugueses.
No Quadro que se
se segue apresento a evolução destes Indicadores nas últimas 6 semanas:
Quadro de minha autoria, dados da DGS
No Gráfico que
se segue, podemos verificar que, a curva de testes positivos de covid 19, está
a crescer há 9 semanas consecutivas. Nas vagas anteriores, esse período de
crescimento, nunca foi superior a 7 semanas, o que quer dizer que estamos
perante uma fase de desenvolvimento diferente das anteriores vagas.
Esperemos que na próxima semana,
se continuar a verificar-se descida nos casos, como a verificada nos últimos 4
dias, a dita comece a baixar a garupa. Ou então, teremos aí os tais 4 000
casos/dia.
A ver vamos como diz o cego!
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