segunda-feira, 5 de julho de 2021

O que eu vos quero dizer é que a “coisa” por aqui está ficando preta!

 Ponto de Situação da pandemia em Portugal a 4 de Julho de 2021

Na semana que terminou a 4 de Julho de 2021, e face à semana anterior, voltou a registar-se um aumento muito significativo de todos os indicadores que aqui monitorizamos e, no espaço de 1 mês, praticamente, triplicaram os casos semanais. Contrariamente ao que eu previ há uma semana, o cume desta 4ª vaga, parece ainda não ter sido atingido. Desta vez não acertei e, reconheço.

Como podemos observar no Quadro em baixo:

- Na última semana registaram-se em Portugal 14 541 testes positivos à covid 19, mais 5 115 casos do que na semana anterior.

- Nos últimos 14 dias registaram-se em Portugal 236 casos/100 000 habitantes (à beira dos 240); mais 69 casos do que há uma semana.

- A média da última semana foi de 2 077 casos/dia; mais 730 casos/dia que na semana anterior.

- Ao dia 4 de Julho encontravam-se internados 567 pessoas; mais 90 internamentos do que há uma semana.

- Os internamentos em cuidados intensivos no dia 4 de Julho eram 128 os internados; mais 12 do que há uma semana.

- Durante a última semana registou-se um total de 28 óbitos associados à covid. Mais 9 que na semana anterior.

- A Taxa de Positividade, que mede a percentagem de testes positivos encontrados, foi de 3,0 %. Isto é, por cada 100 testes efectuados 3 deram positivo.

- No período de 25/6 a 1/7 realizaram-se em Portugal cerca de 410 796 testes, que de grosso modo, correspondem a cerca de 41 milhões de euros de custos aos contribuintes portugueses.

No Quadro que se se segue apresento a evolução destes Indicadores nas últimas 6 semanas:


Gráfico de minha autoria. Fonte DGS

No Gráfico que se segue, podemos verificar que, a curva de testes positivos de covid 19, está a crescer há 8 semanas consecutivas. Nas vagas anteriores, esse período de crescimento, nunca foi superior a 7 semanas, o que quer dizer que estamos perante uma fase de desenvolvimento diferente das anteriores vagas.

Possivelmente, a razão do comportamento diferente desta 4ª vaga, face às anteriores, estará nas dificuldades que o vírus começa a enfrentar na sua progressão natural (muitas pessoas imunizadas), logo levará mais tempo a fazer o seu percurso e só depois iniciará a descida. Em perspectiva: esta onda terá menos casos semanais em comparação com a anterior, mas demorará mais tempo.



Gráfico de minha autoria. Fonte DGS

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