segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Um presidente à beira de um ataque de nervos! Uma crónica muito pessoal...


Foi penoso, muito penoso, assistir hoje à 1ª parte da reunião de câmara em Marvão. Hoje, senti-me sensibilizado pelo que, em termos humanos, vi na reacção emocional e de sofrimento do presidente Vítor Frutuoso, que só a muito esforço conseguiu conter um choro convulsivo, em que a todo o momento parecia ir cair.

Não fossem as histórias das “choraminguisses” de  vitimização que se contam por aí, em que o senhor a sua excelsa esposa são useiros em campanha eleitoral, e não só, quando mendigam alguns votos ou favores junto dos marvanenses mais sensíveis; ou por outro lado achar que, o senhor fez tudo por merecer esta situação em que se encontra ao afastar todos aqueles que o protegeram e defenderam no passado, preferindo ficar refém de todos aqueles que só o apoiam por interesses pessoais e nunca são capazes de levantar a voz em público para o defender ou as suas políticas; e eu garanto, teria tido pena e talvez até chorasse também!

Não vou aqui descrever o processo que levou a esta situação, ela virá a ser falada por aí. Mas sempre acrescento que a ingratidão, o não reconhecimento dos outros e do seu trabalho, o egocentrismo, o favorecimento de uns em detrimento de outros, nunca deveriam ser princípios que um qualquer líder, ou administrador da coisa pública, devessem privilegiar.

Quando eu era seu confidente e seu companheiro político, lembro-me de termos comentado sobre o herói do livro “o Equador” do Miguel Sousa Tavares, enquanto situação de risco em que ambos poderíamos cair caso não tivéssemos sucesso na tarefa que então tínhamos em mão, lembra-se? Eu fui o primeiro a cair, ou por outra o Vítor e os seus “amiguinhos” empurraram-me! Mas eu caí de pé, se é que tal é possível; ou por outra, caí mas levantei-me livre, independente, e sem ceder aos jogos de interesses que sempre rodeiam estes processos. Tenha cuidado agora consigo, o Luís Bernardo não é apenas uma figura de ficção!

Desejo, sinceramente, que o meu amigo recupere. A CM de Marvão precisa de um presidente forte como o seu Castelo altaneiro que não precisa ser associado à tal “ammaia” (os seus dirigentes já têm que lhes chegue nessa “empresa”, e não sei se têm feito tudo o que seria possível) ou das rochas graníticas que o rodeiam. Mas também precisam de um presidente razoável, sensato, honesto, não traiçoeiro, não vingativo, e que acabe com dignidade o seu longo mandato de 12 anos.

Prepare a sua saída Vítor. Não apadrinhe opções bacocas de caciquismo puro. Deixe o seu trabalho para avaliação futura. A história e o tempo o julgarão...

2 comentários:

Pedro Sobreiro disse...

Tu, João... és um bom homem. Não te conhecesse esse o teu sentir ateu, e diria até que és um bom católico em potência. Um homem que perdoa e ama o próximo. Que dá conselhos e estende a mão.
Já eu, sempre rebelde e insatisfeito, só me apetece virar costas e, quem sabe, cuspir em quem tanto mal me fez.
Não tenhas pena de quem te fez o mesmo a ti e te meteu de lado, com os ouvidos cheios de maldade do séquito que o continua a bajular.
Esquece, passa ao lado e olha para a frente. Para os companheiros que te acompanham e para o futuro, que se quer risonho.
Vamos a ver dele e agarrá-lo.
Grande abraço

João, disse...


Obrigado Pedro Sobreiro, mas eu sou assim, e acho que já não estou a tempo de mudar! A excepção será essa coisa da " fé divina", quem sabe um dia, sou humano e, enquanto tal, não digo que não! A carne é fraca, que é como quem diz o corpo, que às vezes, nas curvas da vida, nos fazem crer naquilo que sempre renegámos.

Quanto a ti? Só tens que ser tu, como tu dizes: eu sou o Pedro! Para mim chega. Umas vezes concordo, outras não, mas respeito-te. Às vezes não tenho resposta para ti, e então calo-me. Sou teu amigo e, isso basta.

Grande abraço para ti...