Foi penoso,
muito penoso, assistir hoje à 1ª parte da reunião de câmara em Marvão. Hoje,
senti-me sensibilizado pelo que, em termos humanos, vi na reacção emocional e
de sofrimento do presidente Vítor Frutuoso, que só a muito esforço conseguiu
conter um choro convulsivo, em que a todo o momento parecia ir cair.
Não fossem as
histórias das “choraminguisses” de vitimização que
se contam por aí, em que o senhor a sua excelsa esposa são useiros em campanha
eleitoral, e não só, quando mendigam alguns votos ou favores junto dos
marvanenses mais sensíveis; ou por outro lado achar que, o senhor fez tudo por
merecer esta situação em que se encontra ao afastar todos aqueles que o
protegeram e defenderam no passado, preferindo ficar refém de todos aqueles que
só o apoiam por interesses pessoais e nunca são capazes de levantar a voz em público
para o defender ou as suas políticas; e
eu garanto, teria tido pena e talvez até chorasse também!
Não vou aqui
descrever o processo que levou a esta situação, ela virá a ser falada por aí. Mas
sempre acrescento que a ingratidão, o não reconhecimento dos outros e do seu
trabalho, o egocentrismo, o favorecimento de uns em detrimento de outros, nunca
deveriam ser princípios que um qualquer líder, ou administrador da coisa pública,
devessem privilegiar.
Quando eu era
seu confidente e seu companheiro político, lembro-me de termos comentado sobre
o herói do livro “o Equador” do Miguel Sousa Tavares, enquanto situação de
risco em que ambos poderíamos cair caso não tivéssemos sucesso na tarefa que
então tínhamos em mão, lembra-se? Eu fui o primeiro a cair, ou por outra o Vítor
e os seus “amiguinhos” empurraram-me! Mas eu caí de pé, se é que tal é possível;
ou por outra, caí mas levantei-me livre, independente, e sem ceder aos jogos de
interesses que sempre rodeiam estes processos. Tenha cuidado agora consigo, o
Luís Bernardo não é apenas uma figura de ficção!
Desejo,
sinceramente, que o meu amigo recupere. A CM de Marvão precisa de um presidente
forte como o seu Castelo altaneiro que não precisa ser associado à tal “ammaia”
(os seus dirigentes já têm que lhes chegue nessa “empresa”, e não sei se têm feito
tudo o que seria possível) ou das rochas graníticas que o rodeiam. Mas também
precisam de um presidente razoável, sensato, honesto, não traiçoeiro, não vingativo,
e que acabe com dignidade o seu longo mandato de 12 anos.
Prepare a sua saída
Vítor. Não apadrinhe opções bacocas de caciquismo puro. Deixe o seu trabalho
para avaliação futura. A história e o tempo o julgarão...
2 comentários:
Tu, João... és um bom homem. Não te conhecesse esse o teu sentir ateu, e diria até que és um bom católico em potência. Um homem que perdoa e ama o próximo. Que dá conselhos e estende a mão.
Já eu, sempre rebelde e insatisfeito, só me apetece virar costas e, quem sabe, cuspir em quem tanto mal me fez.
Não tenhas pena de quem te fez o mesmo a ti e te meteu de lado, com os ouvidos cheios de maldade do séquito que o continua a bajular.
Esquece, passa ao lado e olha para a frente. Para os companheiros que te acompanham e para o futuro, que se quer risonho.
Vamos a ver dele e agarrá-lo.
Grande abraço
Obrigado Pedro Sobreiro, mas eu sou assim, e acho que já não estou a tempo de mudar! A excepção será essa coisa da " fé divina", quem sabe um dia, sou humano e, enquanto tal, não digo que não! A carne é fraca, que é como quem diz o corpo, que às vezes, nas curvas da vida, nos fazem crer naquilo que sempre renegámos.
Quanto a ti? Só tens que ser tu, como tu dizes: eu sou o Pedro! Para mim chega. Umas vezes concordo, outras não, mas respeito-te. Às vezes não tenho resposta para ti, e então calo-me. Sou teu amigo e, isso basta.
Grande abraço para ti...
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