Contributo de Nuno Pires (retirado daqui)
"Decorreu no
passado sábado dia 18-04, um debate participativo de ideias para o
desenvolvimento do Projecto do Bairro da Fronteira. Abrir as portas e falar
deste assunto é positivo, mas é preciso saber qual é o objectivo, ser feito com
organização, método, para que os Marvanenses se sintam parte integrante e não
relegados para 2º plano.
Estou à vontade
para partilhar o que no meu entender esteve menos bem nesta organização, pois
tive esta manhã a oportunidade de o transmitir ao Sr. Presidente do Município o
principal responsável por nunca ter desistido da aquisição deste Empreendimento
e pelo desenvolvimento do mesmo.
Contrariamente
as expectativa de muitos, o número de pessoas presentes, superou seguramente a
meia centena de pessoas, o que revela o interesse da população por este projecto.
Alguns aspectos que devem ser corrigidos no futuro:
1- Não se deve
chamar “debate participativo” a um evento com 9 oradores. Por muito sucintos
que sejam e ocupem só 20 minutos cada, chegamos a 3 horas de intervenções, que
foi o que aconteceu. Pois a primeira intervenção do público só surgiu pelas 18
horas. No futuro que se chame “sessão informativa”. Saúdo a decisão do Sr.
Presidente que hoje mesmo me informou que brevemente será lançado novamente o
convite aos Marvanenses para desta vez poderem ser os atores principais neste
processo.
2- Perante um
elenco como o que nos foi apresentado é inaceitável que os oradores não
tivessem identificados, gerando na assistência a dúvida de quem estavam a
ouvir. No Futuro não custa nada ter na mesa a indicação do nome dos oradores e
quem representam.
3- A falta de um
moderador. O Sr. Presidente com a paixão que todos nós lhe reconhecemos quando
intervém, nunca poderia assumir as despesas da moderação. O Presidente é o
representante do povo, é a voz que nos representa, e não lhe deveria caber essa
função. Por cada intervenção que surgia do público, tínhamos o Sr. Presidente
com o seu entusiasmo a falar deste projecto, e absorver o tempo que ainda
restava a alguns Marvanenses resistentes que aguentaram, e só quase 4 horas
depois puderam intervir.
No futuro,
acredito que o Sr. Presidente reconhecerá capacidades aos profissionais que com
ele trabalham, e encontrará uma solução para que estas acções possam ter um
moderador.
4- O Registo
deste momento. Foi pena que não tenha existido quem registasse os principais
tópicos dos oradores, e as principais ideias que ainda surgiram nessa tarde de
sol. Já dizia o meu avô que, “qualquer papel escrito é sempre melhor que a
melhor das memórias”. No futuro, acredito que estará alguém a registar a
construção deste futuro e para que mais tarde possa ser recordado como
História.
Sobre o Futuro do Bairro da Fronteira!
Em primeiro
lugar há bastante tempo que venho dizendo ao Sr. Presidente, (como se pode
consultar nas actas da Assembleia Municipal e reuniões de Câmara Municipal),
que é urgente resolver a situação com os actuais moradores e todos aqueles que
o Sr. Presidente entenda que tenham direito pelas ligações históricas,
sentimentais e emocionais a adquirir a sua fracção. A situação patrimonial em
que se encontra a situação (em fase de divisão de propriedade horizontal), não
impede chegar a acordo com as pessoas. Pois a situação actual também não
impediu que o Município adquirisse tal Património.
Qualquer projecto
ou projectos que sejam pensados para este espaço, só deverão ser pensados, após
a finalização do processo com os moradores. Isto porquê?
- Qual é o projecto
que pode ser pensado para um espaço, sem se saber a quantidade de m2
disponíveis?
- Qual é o projecto
que pode ser pensado para um espaço, sem saber o nº de fogos devolutos e livres
para serem ocupados?
- Numa perspectiva
de investimento privado (que também deve ser ponderada), qual é o investidor
que investe, sem saber no que investe?
Acredito que
muito rapidamente o Sr. Presidente vai resolver os problemas com os antigos
moradores e seja possível saber na realidade que Futuro para a Fronteira.
Hoje deixo aqui
uma solução na área da Acção Social, inspirada numa ideia já anteriormente
apresentada em Assembleia Municipal pelo marvanense João Bugalhão: “Uma aldeia social para idosos”. Tal
projecto permitiria:
- Criação de
Emprego;
- Combater o
despovoamento, e aumentar a população do concelho;
- Reabilitação
urbana;
- Atrair utentes
nacionais e internacionais com poder de compra;
- Um novo
conceito de apoio social;
São estes os
eixos mais fortes que podem dar sustentabilidade a um projecto desta natureza e
contribuir para o desenvolvimento económico do nosso concelho."
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