De manhã cedinho
eu salto do ninho e vou para a paragem, de bandolete à espera do sete, mas não
pela viagem! Eu bem que não queria mas, um belo dia, eu vi-o passar, e o meu
peito, que é céptico, por um pica de eléctrico, voltou a sonhar.
Em cada repique
que salta do clique daquele alicate, de um modo frenético, o peito que é
céptico, toca a rebate. Se o trem descarrila o povo refila, e eu fico num sino, porque um mero trajecto, no meu caso concreto, é já o destino.
Ninguém acredita
o estado em que fica o meu coração quando o sete me apanha, até acho que, a
senha, me salta da mão! Pois na carreira desta vida vão, mas nada me dá, a pica
que o pica, do sete me dá!
Que triste fadário e que itinerário tão infeliz, traçar meu horário com o de um funcionário, de um trem, da carris. Se eu lhe perguntasse se tem livre passe para o peito de alguém? Vá-se lá saber, talvez eu, lhe oblitere o peito, também...
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