Como se pode ver
no Gráfico em baixo, assistiu-se em Portugal, pela segunda semana consecutiva,
à diminuição de casos semanais de testes positivos de covid 19.
Na semana que
hoje termina registaram-se menos 4 383 casos do que há 2 semanas. Isto
quer dizer que a 4ª vaga que nos afectou, entrou em fase descendente. A exemplo
das anteriores, podemos verificar que tal sucedeu ao fim de 6 a 7 semanas a crescer
(sensivelmente desde 31 de Maio).
Gráfico 1 – Curva de testes positivos de covid 19 em Portugal durante a 4ª onda (24 Mai. - 1 Agt. 2021)
Não nego algum
desses efeitos sobre a frequência (nº de casos) do fenómeno, mas tenho muitas
dúvidas sobre os seus efeitos para o momento em que se dá a inversão. E digo
isto baseado na comparação que podemos fazer do que sucedeu até agora nas
investidas anteriores. Olhemos para o 3 gráficos seguintes, e não será
necessário ser grande epidemiologista para o verificar.
Nas 4 vagas o
comportamento da evolução de casos, apesar de medidas tão diferentes para seu
controlo, foi sempre idêntico: 6 -7 semanas de ascensão, inicio decrescente.
Todos os epidemiologistas sabiam que assim seria. Mas nunca nos disseram.
Preferiram,
muitos deles, contar loas aos governantes duas semanas antes do inicio da curva
descendente (que eles sabiam quando seria), para depois virem colher os louros
que tal se devia às suas brilhantes competências e respectivas medidas. Inclusivamente,
a maioria desses conselheiros nem foram os epidemiologistas nem os
especialistas em saúde pública.
Hoje, quando
olhamos para as 3 primeiras vagas, podemos verificar que o seu desenvolvimento
foi muito semelhante (tal como nesta 4ª), como podemos observar no Gráfico 2.
Gráfico 2 - Curva de testes positivos de covid 19 em Portugal durante as 3 primeiras ondas
Olhando para
estes gráficos, podemos ter alguma condescendência para com as medidas para a
1ª vaga, porque não sabíamos o que iria acontecer. Mas depois, na segunda e
sobretudo na terceira, podemos e devemos questionar: se acreditavam tanto nas
medidas que implementaram, então porque não fizeram por volta de 18 de Setembro de 2020, e antes do Natal de 2020,
respectivamente, quando as curvas começavam a crescer? Aconselho os covideiros
a verificarem as datas de quando se tomaram as medidas. Pois é, por mero acaso,
sempre 2 semanas antes das curvas começarem a decrescer!
Quantas vezes
aqui escrevi isso? Pois será só verificarem, e não sou “especialista”, nem
bruxo.
Também como já
aqui escrevi uma vez, citando o Professor Jorge Torgal, “sempre que se faça avaliação da pandemia, convém sempre olhar para o
lado e para trás”.
Quantos dos
nossos especialistas estudaram a evolução da pneumônica ou “gripe espanhola” de
1918/1919? Talvez bastasse olharem um pouco para os gráficos desse tempo.
Infelizmente, os que publico a seguir, são apenas da mortalidade (porque outros
não havia por aqueles tempos), Mas estes fazem-nos inferir sobre como seriam os
de incidência, possivelmente, muito idênticos no seu perfil.
Gráfico 3 – Curva de mortalidade da pneumónica em Inglaterra entre 1918 e 191
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