(Adaptado do célebre
poema de Bertolt Brecht (?))
Primeiro deixaram de comparticipar nos testes de diagnóstico
à covid 19 para não vacinados!
- Acho bem, vacinem-se, seus prevaricadores à saúde
pública;
Depois deixaram de financiar os tratamentos aos doentes de
SIDA e Hepatites infecciosas!
- Acho bem, quem os manda andar
metidos nas drogas e outras promiscuidades;
De seguida foram os abortos e afins!
- Acho bem, com tantos meios
anticoncepcionais, quem as manda ser descuidadas;
Também acabaram com o financiamento para tratamento do
cancro do pulmão para fumadores!
- Até aplaudi, acabem com esse vício
de merda (como dizia a minha mãe) se têm dinheiro para o tabaco, que tenham
também para o tratamento das doenças que ele provoca;
As comparticipações no tratamentos das pílulas da
felicidade (antidepressivos e afins) e para dormir também estão na lista e
espera-se que terminem no próximo mês!
- Não me importei, que deprimam à
vontade e, olhem, vejam televisão até às 5 da matina, ou vão passear para a rua
que descontrai;
Ouvi dizer que também vão deixar de financiar os
acidentados de trânsito, sobretudo aqueles em que se provar que não cumpriam
escrupulosamente as regras de trânsito!
- Logo, pensei, ainda bem. A comunidade não tem de pagar consequências de bebedeiras e velocidade loucas!
Na lista estão ainda todas as doenças do aparelho
digestivo, sobretudo, todos os tipos de cancro, que dizem os médicos que têm a
ver com o consumo de carne e bebidas alcoólicas!
- Também concordei. Comam ervas e
bebam água, que os burros também o fazem e andam valentes e, contribuam para
preservar o planeta que bem necessitado está;
A última, e que afecta quase 15% da população (em
Portugal 1,5 milhões de pessoas) é a poupança de tratamentos com os diabéticos!
- E eu? Até que enfim, quem os manda
ser gordos e comer que nem brutos e não quererem mexer o cu dos sofás. Paguem a
gula e a preguiça, pois então!
Agora, um qualquer achaque, tocou-me a mim, dizem-me que o SNS
universal e semi gratuito acabou, finou-se. Dizem que a maior parte das doenças
são evitáveis desde que mudem de estilos de vida.
- Quem me acode! Pois, possivelmente, ninguém. Eu também não lhes acudi quando
precisaram...
Uma das muitas versões sobre o poema
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