terça-feira, 2 de junho de 2020

Diário de uma pandemia: 2 de Junho de 20

A linguagem dos números que tanto aguentam

Terminou o mês de Maio e com ele os primeiros 5 meses deste ano 2020 que irá ficar na nossa memória e, quem sabe, talvez para a história, não pela mortandade apregoada, mas pelos efeitos económicos e sociais. Mas olhemos então para os tais números que tanto aguentam.

No Quadro 1 podemos verificar, que nestes primeiros 5 meses dos últimos 4 anos, 2020, nem sequer foi o ano em que morreu mais gente em Portugal. Em 2018, no mesmo período de tempo, morreram mais 450 pessoas do que neste ano. E em relação ao ano de 2019 o número de óbitos foi apenas superior em 438 mortes (em 5 meses), e que poderá até ser explicado devido ao envelhecimento da população.



No Gráfico que se segue sobre a mortalidade geral em Portugal, podemos verificar e confirmar que durante o mês de Abril de 2020 (linha a preto) se verificou de facto um aumento de mortalidade, mas o mês de Maio, salvo um ligeiro pico no final do mês, já manteve um perfil integrado com anos anteriores. Em Junho iremos assistir, previsivelmente, a taxas de mortalidade inferiores aos últimos anos.


        Fonte: https://evm.min-saude.pt/#shiny-tab-a_total


Em Março anunciaram-nos o apocalipse, vinha aí uma doença (pandemia) que iria arrasar a humanidade com uma mortandade nunca vista. Fecharam-nos em casa praticamente 2 meses; fechou-se a economia e a vida social; mascaram-nos como cães com açaime; proibiram-nos de andar de carro e até a pé; a comunicação social massacrou-nos 24 sobre 24 horas com o horror causada pela “peste” do século XXI; a esquerda cultivou como nunca se havia ouvido o conceito de “distanciamento social” como solução milagrosa; fizeram de nós meros autómatos dizendo como nos deveríamos lavar, comer, coçar e quase f****, etc., etc.;

Alguém um dia vai ter de nos explicar porquê?

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