domingo, 31 de maio de 2020
sábado, 30 de maio de 2020
quinta-feira, 28 de maio de 2020
terça-feira, 26 de maio de 2020
A Grande epidemia que fez parar o país (e o mundo), mas que custa a ver...
Quando penso na morte, e não penso muito, lembro-me sempre de 3 princípios que o meu pai costumava enunciar com a sua sabedoria de vida vivida:
1 - “Só se morre
uma vez”;
2 – “Quem de
novo não morrer..., de velho não escapa”;
3 - “Pode-se morrer de tanta coisa, que até é
um milagre estarmos vivos”.
Foi assim que, com
a calma possível, quando chegou a vez dele, eu aceitei a sua partida. Dois anos
depois sucederia o mesmo com minha mãe. Eu, enquanto vivo, aguardo a minha vez,
sem pressa, porque gosto de por cá andar, mas sem ignorar que, nesta lei da
vida e da natureza, se alguma coisa temos certo é que a nossa vez chegará.
Mas nos dias que correm,
para a maioria dos portugueses, a morte não existe. Sobretudo, a partir do momento em que não
vemos morrer fisicamente. Hoje morre-se longe de casa e da família, suceda ela num corredor
de um qualquer hospital, ou num lar residencial. Quando damos por ela, já foi,
estamos metidos num caixote muito bem vestidos e maquilhados ou, mais
modernamente, num pote todo catita.
Mas não duvide, a morte existe mesmo!
Tanto que em
Portugal (a maioria de nós não faz a mínima ideia disso), mas desde o dia 1 de
Janeiro e até 24 de Maio do presente ano, morreram 49 816 pessoas.
Desde
1 de Março, quando o 1º caso de covid 19 foi detectado no país, já morreram até
à data referida, 28 379 pessoas. Do total dessas mortes, dizem-nos
que 1 324 pessoas morreram com covid (sem nos poderem garantir, por
questões clínicas, se a enfermidade foi a causa de morte). Há ainda que ter em
conta que, uma grande percentagem destes mortos (70%) foram pessoas acima dos
80 anos, onde o tal princípio se aplica “se não morreres de novo..., de velho
não escapas”, ou ainda que, “acima dos 80 pode-se morrer de tanta coisa.., que
até de covid”.
- Primeira conclusão, até 24 de Maio apenas
em 4,6 % no total de óbitos foi detectado o tal “mortífero” vírus, que iria
dizimar a população. Todos os profissionais de saúde sabem que há doenças que
matam muito mais em Portugal e deixam maiores danos corporais (físicos ou
mentais).
Contudo, poderão
ainda argumentar alguns, que este ano está a morrer muita gente, sobretudo
aqueles, para quem a morte não existe, nunca viram morrer ninguém e precisam
ver e ouvir na televisão que afinal morre gente. Analisemos então os anos
anteriores e comparemos, tendo em conta que a população portuguesa está a
envelhecer de ano para ano, e que, não sendo nós eternos, algum dia havemos de
morrer.
Assim, ao comparamos
o mesmo período de tempo com os anos anteriores, o que seria de esperar, no
mínimo, era que o número de mortos disparasse para valores estratosféricos e
que nos desse um “baque” assim que olhássemos para eles.
Uma enfermidade que
fez parar o país (e o mundo?), classificada como a doença do século, que nos
fechou em casa 45 dias, que chamou de criminosos quem rompesse esse confinamento,
que iria matar, pasme-se, 12 milhões de portugueses (quando somos só 10 milhões e pouco), que nem meios teríamos para enterrar
os mortos, etc. etc., afinal, até à data, salda-se por uns 120 mortos a mais
do que em 2019 (aumento facilmente explicado só envelhecimento populacional), mas
pasme-se, menos 626 do que em 2018, como se pode ver no Quadro 1.
Claro que a grande
explicação que os políticos de pacotilha nos vão dar, é que foi assim devido
às “grandes e atempadas medidas” que tomaram, e à “grande disciplina” deste
nobre povo. No entanto, essas explicações terão de ser comprovadas e muito bem explicadas pelos epidemiologistas quando analisarem os dados e formato das curvas
epidemiológicas. E veremos, no futuro, se não foram mesmo contraproducentes.
Eu, por agora,
quando olho para a figura que em baixo publico, tenho muitas dúvidas. Não
desdenho que algum efeito terão tido (atrasar um pouco a circulação do vírus e
permitir aos serviços de saúde que se preparassem), mas grande impacto no seu
desenvolvimento (que não deveria ser o de uma curva normal), por enquanto, não
o vejo.
Fonte: https://expresso.pt/coronavirus/2020-05-26-Covid-19.-96-dos-novos-casos-tem-origem-na-regiao-de-Lisboa-o-surto-em-Portugal--em-graficos-e-mapas-A gravidade de uma enfermidade deveria medir-se, sobretudo, através de 2 indicadores:
- A mortandade que
provoca;
- O impacto das sequelas incapacitantes que deixa na comunidade.
Ora, nenhumas
dessas consequências se verificaram na actual pandemia em Portugal. Das
sequelas (as corporais), se existem, não há notícias; e a tal grande mortandade
que ia provocar o “fim do mundo”, até à data, ela não se vê.
Um dia destes
falaremos de outros impactos do covid 19, esses sim importantes, de que são
exemplos a mortalidade por outras doenças que foram descuradas e quase abandonadas por decisões políticas irresponsáveis; e as sequelas económicas que, essas sim irão doer,
não aos mortos, mas muito aos vivos.
segunda-feira, 25 de maio de 2020
Mas quem é esta gente e o que pensam da vida?
Com o maior dos desplantes, como quem
convida um amigo para ir beber uma cerveja e comer uns caracóis, ouvi agora o
sr. Pedro Proença, presidente da Liga de Futebol, dizer o seguinte:
“- Continuo a defender a transmissão dos jogos em canal aberto. O Estado
(com dinheiro dos contribuintes), injecta (mais) dinheiro nas televisões, as
televisões pagam às operadoras e, as operadoras, pagam aos clubes.”
Tudo fácil, meu burgesso...
domingo, 24 de maio de 2020
Diário de uma pandemia: 24 de Maio de 2020
A Grande epidemia que fez parar o país (e o mundo), mas que custa
a ver...
(Nota: Ter em atenção que esta análise se refere até à presente data)
Seria de
esperar que a “linha preta” (2020) cilindrasse todas as outras linhas mas não,
o que vemos, com excepção do pico do dia 4 de Abril, é um gráfico perfeitamente
normal e de acordo com anos anteriores.
A média de mortos atribuídas ao covid, na totalidade de mortos em
Portugal, anda à volta dos 5%. No Quadro 1, podemos ver alguns exemplos, em alguns dias
aleatórios, desde que começou a pandemia.
As pessoas têm a convicção que em Portugal ninguém morre. Mas a
verdade é que todos os dias morrem à volta de 350 pessoas. O pico dos últimos
anos foi no dia 2 de Janeiro de 2017 em que morreram 578 pessoas, mais de metade estima-se que devido ao vírus influenza (à volta de 300 num só dia), mas o país não fechou, nem foi notícia nos meios de comunicação.
Agora tirem as vossas ilações!!!
sábado, 23 de maio de 2020
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Diário de uma pandemia: 21 de Maio de 2020
Em jeito de balanço:
Indiferente
aos estados (de alma), o "bicho" parece fazer o seu caminho dentro da
"normal"....
Gráfico 1 - Evolução diária de novos casos de covid 19 em Portugal, entre 2 de Março e 20 de Maio de 2020
segunda-feira, 18 de maio de 2020
Diário de uma pandemia: 18 de Maio de 2020
Os conceitos importam
Tal como já se começou a ouvir “afastamento
físico” em vez de “afastamento social” (que para os socialistas deveria ser de
lesa pátria); para quando a fórmula “morreu com covid”, em vez de “morreu por
covid”???
É que não é bem a mesma coisa, senhores
jornalistas avençados com dinheiros públicos. Vejam se dinheirinho vos serve
para alguma formação...
domingo, 17 de maio de 2020
sábado, 16 de maio de 2020
Diário de uma pandemia: 16 de Maio de 2020
As frases do dia:
(António
Costa, 1º ministro de Portugal, hoje depois de uma visita às lojas da baixa de
Lisboa).
2 –
“O grande inimigo dos portugueses não é o vírus..., é o medo!”
(Marta
Temido, Ministra da Saúde de Portugal, hoje no final da conferência de imprensa
diária na DGS).
Depois
do que andaram a dizer e a fazer durante 2 meses, alguém tem de responsabilizar estes, e outros políticos pelo que andaram a fazer ao país..., e ao mundo.
sexta-feira, 15 de maio de 2020
Diário de uma pandemia: 15 de Maio de 2020
Para reflectir e mais tarde comparar:
(Aconselho a ver, com calma do princípio ao fim)
(Aconselho a ver, com calma do princípio ao fim)
(André Dias, PhD., é Doutorado em Modelação de Doenças Pulmonares pela Universidade de Tromso, na Noruega. A instituição que o acolheu é uma das mais prestigiadas do mundo na área de investigação em epidemiologia).
domingo, 10 de maio de 2020
Diário de uma pandemia: 10 de Maio de 2020
Quem
hoje tenha contacto com os canais televisivos de notícias, no mínimo questionará
– Então, mas que é feito da tal doença que está a diziminar a
população portuguesa (só não são mais devido ao “milagre luso” como diz trump a
Marcelo) e que irá exterminar metade da população mundial, etc. etc.
Afinal para esta comunicação
social da treta, uns psicopatas de Atouguia da Baleia são mais importante que
tudo isto!
É
esta a comunicação social que vai ter ajudas de 15 milhões de euros dos
contribuintes portugueses, pelos bons serviços prestados...
Oh
My Good, diria o tal trampas...
sexta-feira, 8 de maio de 2020
Diário de uma pandemia: 8 de Maio de 2020
Ponto de
situação em 8/5/2020 do número de
óbitos confirmados por milhão de habitantes, em 15 países.
Nota: Entre parênteses os dados registados em 7/4/2020)
Nota: Entre parênteses os dados registados em 7/4/2020)
1º - Bélgica:
726 (193)
2º - Espanha: 558 (311)
3º - Itália: 495 (283)
4º - Reino Unido: 451 (91)
5º - França: 398 (158)
6º - Holanda: 309 (123)
7º - Suécia: 301 (59)
8º - Irlanda: 284 (43)
9º - EUA: 232 (39)
10º - Suíça: 209 (95)
11º - Canadá: 117 (-)
12º - Portugal: 108 (33)
13º - Equador: 94 (-)
14º - Dinamarca: 89 (35)
Diário de uma pandemia: 8 de Maio de 2020
Mensagens reais que nos chegam do
mundo, para compararmos e reflectirmos com o que por cá se vai passando neste
país dos "milagres":
"Nós
aqui no Canadá, todos que trabalham receberam logo a partir de Março 2000
dólares por mês, para fazerem face às despesas do dia a dia. Os donos das casas
e lojas receberam linhas de crédito de 40.000 dólares, e só começam a pagar
daqui a 2 anos sem juro, mas se daqui a dois anos quiserem pagar tudo só pagam
30 mil, 10 é bónus. Aqui nesse campo
estamos bem.
O meu Salão de
Cabeleireira ainda está fechado mas estou confortável estou recebendo os meus
5000 dólares que me dão, porque quem mais declarou o ano passado mais recebe.
Há
por aqui muitos pobres e pessoas ilegais, mas temos centros e supermercados que
se juntam e ajudam essas famílias a viverem o dia a dia e não há correrias
porque há muita comida . Eu acho que aí, o governo acordou tarde, demorou a dar
ajuda e compensar as pessoas.
Já
na saúde, meu amigo, é muito mau o serviço.
Assim,
desculpa às vezes não concordar contigo, mas gosto de ti meu amigo, já são
muitos anos, abraço do coração."
quinta-feira, 7 de maio de 2020
Diário de uma pandemia: 7 de Maio de 2020
Alguns dados que nos devem fazer reflectir:
- Muita gente não o sabe, mas a mortalidade geral
considerada como “normal” em Portugal é de cerca de 300 pessoas. Por dia!
- Segundo dados da DG Saúde, no dia 01 de Janeiro de 2017
morreu em Portugal um total de 578 pessoas, cerca de 300 por gripe. Não abriu
os telejornais. Ou seja, num ÚNICO dia morreram de gripe quase 1/3 do total de
mortos por Covid 19, durante todo o surto epidémico!
- Na época de 2017-18, e apesar da vacina, morreram em
Portugal 3.700 pessoas por gripe;
- No dia do fecho das escolas (12 de Março), a
mortalidade geral em Portugal foi de 317. No ano anterior 2019, foi de 309
pessoas (8 óbitos de diferença);
- A média diária dos óbitos por COVID 19 é, até 01 de
Maio, de 21,9/dia. Durante o ano de 2018 morreram por AVC 30,8 pessoas por dia;
- Até 1 de Maio, os óbitos havidos em Portugal por COVID
19 de pessoas com idade entre os 60 e os 69 foram 88; no intervalo 50 – 59 anos
houve 31 óbitos; entre os 40 e os 49, houve 10 óbitos. Abaixo dos 40 anos não
houve nenhum;
Os compromissos noutras áreas da Saúde
são enormes. Com todo o sistema centrado no COVID 19, desmarcam-se consultas em
massa, adiam-se cirurgias, os serviços de urgência dos hospitais estão vazios
por receio dos doentes em se deslocarem. Mas, decerto, as vítimas de AVC, enfarte,
cancro, diabetes, etc, não desapareceram…, bem como as de gripe sazonal, claro.
Os contactos sociais prolongam a vida. Poderão morrer muito mais pessoas por
falta de assistência do que por esta doença.
A questão que eventualmente se coloca poderá
ser esta: será que, despoletado pelos “media” o pânico colectivo, os políticos foram
atrás, por motivos óbvios?
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